60 ANOS

Parte das comemorações dos 60 anos da Universidade, homenagem reuniu parlamentares do DF e comunidade acadêmica

Representantes da administração superior prestigiaram homenagem pelos 60 anos da instituição. Maria do Socorro Gomes (DGP), Rozana Naves (DAF), Diêgo Madureira (DEG), Márcia Abrahão, Enrique Huelva, Denise Imbroisi (DPO), Olgamir Amancia (DEX), Lucio Rennó (DPG), Maria Emília Walter (DPI), Ileno Izídio (DAC). Foto: Beto Monteiro/Ascom UnB

 

As realizações da Universidade de Brasília (UnB) ao longo de seus 60 anos foram lembradas em sessão solene no Senado Federal na tarde de segunda-feira (25). A comemoração contou com a participação expressiva dos parlamentares da bancada do Distrito Federal e de representantes da comunidade universitária.

A senadora Leila Barros descreveu um pouco a trajetória da UnB. “Essa história de pioneirismo e resistência faz com que a instituição complete seis décadas de sucesso, antenada com o presente e esbanjando o vigor necessário para concretizar os planos para o futuro”, disse.

O senador Izalci Lucas reforçou o papel inclusivo da Universidade. "A UnB recebe um recorde de estudantes formados em escolas públicas", frisou. "Assumi um compromisso com a reitora para aperfeiçoar no Senado o projeto já aprovado na Câmara que cria uma legislação para permitir doações privadas a universidades públicas."

O senador Reguffe registrou que a UnB foi fundamental para a sua vida política. “Não se faz 60 anos todo dia e a paixão que sinto por essa Universidade é muito forte, porque eu não estaria aqui hoje se não fosse a minha passagem pela Universidade de Brasília. Parabéns a cada um que faz essa Universidade ser o que ela é hoje”, afirmou.

A deputada Erika Kokay, também egressa da UnB, ressaltou o poder de diálogo da instituição com a sociedade. “Temos que homenagear sempre a Universidade de Brasília pelo que ela representa de resistência, de generosidade e de projeto. A UnB carrega o ensino, pesquisa e extensão e a capacidade de andar e dialogar com a sociedade”, defendeu.

 

 

Outro egresso da UnB, o deputado Professor Israel relembrou sua história com a Universidade. “Eu era um garoto muito pobre, o mais velho da família e o primeiro a entrar numa universidade. No momento em que entrei na UnB, a minha vizinhança se juntou e formamos um cursinho social e vários dos meus vizinhos entraram nas universidades para fazerem cursos e passaram a acreditar em si”, contou.

O futuro da Universidade foi destaque no discurso da deputada Paula Belmonte: “Temos uma boa notícia para esses 60 anos que é a construção de uma creche, que será aberta para a população, e do primeiro centro de pesquisa em infância dentro de uma universidade federal, que dará muitas oportunidades para os jovens estudantes da UnB”.

A reitora Márcia Abrahão ressaltou o papel fundamental da bancada no Congresso Nacional no apoio à UnB: “Senadores e deputados têm sido fundamentais para a Universidade de Brasília, principalmente neste período de severa restrição orçamentária”. Além de pontos altos da trajetória da UnB, ela apontou os bons posicionamentos recentes em rankings nacionais e internacionais de ensino, além da atuação da UnB e do Hospital Universitário de Brasília na linha de frente do combate à pandemia de covid-19.

Reitora Márcia Abrahão discursou na sessão solene no Senado pelos 60 anos da UnB. Foto: William Sant'Anna/Agência Senado

 

“A UnB continuará sem esmorecer, sendo estratégica para o nosso país e com enorme vontade de ser tornar cada vez mais competitiva internacionalmente. Continuaremos firmes na defesa da democracia e da liberdade de cátedra”, ratificou.

O período da ditadura militar foi relembrado em vários momentos durante a sessão, assim como as formas que a Universidade encontrou para se reconstruir.
 
“A UnB foi criada no período democrático, ficamos dois anos sob a democracia e 20 anos no período da ditadura. Vivemos o processo de redemocratização, inclusive com uma candidatura de funcionário à reitoria”, recordou o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Edmilson Lima.  
 
“O movimento estudantil da UnB, assim como foi linha de frente durante a ditadura, continua sendo linha de frente hoje”, afirmou Monna Rodrigues, coordenadora-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE). A estudante também trouxe à tona a história do líder estudantil Honestino Guimarães.  
 
Entrando na esfera das políticas atuais de governo para a educação, o presidente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), Jacques de Novion, sublinhou as tentativas de manchar a imagem da Universidade. “Nos vinculam ao narcotráfico, ao crime organizado e com a balbúrdia, na tentativa de voltar a opinião pública contra o ensino superior e a ciência. Governos vêm e vão, mas nós seguimos firmes, comprometidos e determinados com a sociedade e o futuro”, defendeu o professor.  
 
As celebrações dos 60 anos da UnB se estenderão durante todo o ano de 2022. Na próxima sexta-feira (29), será realizada uma sessão especial do Consuni em celebração à data.  

 

Confira a íntegra da sessão solene do Senado

 

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