Com o objetivo de dificultar o acesso não autorizado de terceiros a informações pessoais e evitar problemas como perda e roubo de dados, invasões e golpes ou outros tipos de transtornos, a Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) tem recomendado aos usuários dos sistemas da Universidade a adoção de novos hábitos, como manter mesas e telas de trabalho limpas.
São medidas simples, mas que podem fazer a diferença quando o assunto é segurança na rede. Manter mesas de trabalho sem objetos em cima que possam facilmente identificar o usuário, bloquear telas quando o computador não estiver em uso e guardar à chave pertences e cadernos de anotações ao final do expediente são algumas das recomendações previstas na ISO 27001. Também não é recomendado deixar documentos impressos à vista nem mídias eletrônicas, como pen drive e HD externo, à mostra ou inseridas no computador ou na impressora, seja ao sair do ambiente de trabalho por período prolongado ou após o horário de expediente.
“Assim como existem dados pessoais sensíveis, existem dados institucionais sensíveis, então o cuidado com as credenciais precisa ser muito grande”, diz o coordenador de Segurança da Informação e da Equipe de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos (Etir/STI) na UnB, Juvenal dos Santos Barreto.
Ele lembra que a segurança da informação deve ser trabalhada em camadas, do firewall geral da rede, passando pelos sistemas operacionais até o comportamento do usuário, seguindo a filosofia de “zero confiança”.
“O comportamento do usuário é um dos principais pontos vulneráveis de qualquer instituição. Se o usuário acha que é seguro compartilhar sua senha com o colega, por exemplo, isso é um risco”, diz.
Por isso, se você é aquela pessoa que ainda usa a data de aniversário como senha, tem o costume de guardá-la debaixo do teclado, na gaveta sem chave, colada em post-its no monitor ou marca o seu nome em cadeiras e mesas, deixando sobre os móveis objetos pessoais que o identifiquem como usuário de determinado computador, está na hora de rever o seu comportamento.
CUIDADO COM AS SENHAS – “Temos hoje dois mundos, o real e o virtual, que são equivalentes. Alguém hoje em dia sai de casa sem fechar a porta ou deixa o carro aberto com objetos dentro? Deixar as senhas de acesso aos sistemas expostas é como deixar o cartão de crédito exposto com a senha, é um risco que se está correndo”, observa o diretor da Divisão de Operações e Serviços da STI, Domingos Costa.
“Temos todo um ambiente de segurança que pouco adianta se uma pessoa estranha tiver acesso fácil à senha do usuário. Senhas a gente pode deixar anotado porque não é possível lembrar de tudo, mas guardadas em lugar realmente protegido”, alerta.
“A gente também tem que passar a ter o hábito de fazer senhas fortes, com letras, números, caracteres especiais e trocá-las de tempos em tempos, pois algoritmos sofisticados fazem a quebra de senhas em pouquíssimo tempo”, acrescenta.
Outra dica é evitar usar redes públicas de aeroportos, cafés e restaurantes, por exemplo, para acessar contas pessoais, como o e-mail do trabalho. “O mais seguro é usar o 4G ou 3G da própria operadora do seu plano”, diz Domingos. “Dificilmente alguém hoje não utiliza o celular pessoal no trabalho", considera.
Parece óbvio? São pequenos descuidos como esses que acabam mantendo as portas abertas para hackers e cyber criminosos, sendo um dos principais riscos à segurança ainda hoje.
Confira aqui algumas dicas da Etir para reduzir o risco de acesso não autorizado, perda e dano de informação sensível tanto em formato digital quanto físico, durante e fora do horário normal de trabalho.
Outras recomendações podem ser encontradas na Cartilha de Segurança para Internet do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil, o Cert.br.
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