RECOMEÇO

As primeiras três semanas do retorno das aulas serão de adaptação ao ensino em modo remoto

Editais do Decanato de Assuntos Comunitários permitiram inclusão digital a estudantes. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

  

Depois de período de preparo, ansiedade e empolgação, as atividades acadêmicas da UnB foram retomadas, em modo remoto, em 17 de agosto, após terem sido suspensas ainda em março, em razão da pandemia do novo coronavírus. Toda a Universidade está mobilizada para o início das aulas em um esforço conjunto que envolve, entre outros, os decanatos de Ensino de Graduação (DEG), de Assuntos Comunitários (DAC) e de Pós-Graduação (DPG) e o Centro de Educação a Distância (Cead).

 

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O DEG reforça que o momento demanda ambientação e que, junta, a comunidade universitária completará o semestre da melhor forma possível. As três primeiras semanas da retomada estão dedicadas, entre outros fatores, a ambientação para o uso das plataformas virtuais em que se darão as interações entre docentes e discentes. Como haverá grande fluxo logo neste início, é prevista alguma instabilidade nas plataformas, que será ajustada ao longo do percurso. Os problemas devem ser reportados à equipe de suporte, por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Essa fase de adaptação vai até 4 de setembro.

 

"Estamos vivendo uma situação totalmente nova, por isso são importantes essas três semanas de ambientação”, explica o decano de Ensino de Graduação, professor Sérgio Freitas.

Decano de Ensino de Graduação, Sérgio Freitas falou sobre a nova experiência. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

UM PASSO DE CADA VEZ – Neste início, recomenda-se que os professores realizem atividades com o uso das ferramentas, como fóruns e enquetes para verificação do perfil da turma, além de solicitações de envio de tarefas simples. O intuito é avaliar se os alunos conseguem executá-las e observar o funcionamento das tecnologias.

 

O novo semestre terá alguns desafios. Na modalidade ensino não presencial adotada para o momento, caberá aos discentes uma postura ativa para o aprendizado junto ao professor. "Na sala virtual, não basta apenas o professor ficar falando e o aluno ouvindo. Levará um tempo para todos se acostumarem com o novo processo de ensino e aprendizagem", observa o decano.

 

"O período que isso vai levar, vai depender das condições. Todos estamos tentando garantir o melhor, respeitando sempre as possibilidades do momento”, diz Freitas.

  

PLATAFORMAS – Uma nova versão do ambiente virtual Aprender 3, com novos recursos, também foi implantada para dar suporte à realização das atividades acadêmicas. A Secretaria de Administração Acadêmica (SAA) também está trabalhando para concluir os ajustes nas matrículas.

 

Para se comunicar com os estudantes, os professores têm acesso à lista de matriculados e e-mails no SIGAA. Ademais, a comunidade universitária está cadastrada no Office 365 e pode utilizar a plataforma Teams para realizar videochamadas, por exemplo. 

 

 >> Estudante, tire aqui suas dúvidas sobre acesso ao SIGAA e ao Office 365 

  

INCLUSÃO DIGITAL – Pesquisa realizada pela UnB entre a comunidade universitária mostrou que 6% dos estudantes não tinham acesso à internet e, por isso, foram tomadas medidas para auxiliá-los. Cerca de 3 mil alunos foram contemplados com pacote de dados para acesso à internet ou com computador ou ambos. Houve também doações de computadores para estudantes que declararam não ter acesso a equipamentos de informática. Os computadores passaram por avaliação técnica antes da distribuição. 

 

No período de preparação para o retorno, destaca-se o esforço do corpo docente na adaptação ao modo remoto. “Temos feito reuniões regulares com os professores. Cerca de mil docentes foram capacitados pelo Centro de Ensino a Distância (Cead) e 150 estudantes vão atuar como tutores para auxiliar nas dúvidas dos alunos e professores por meio do núcleo de apoio às atividades remotas”, conta Freitas.

 

Além dos novos espaços de aprendizado, os alunos enfrentarão outras questões em casa, como uso de computador compartilhado, execução de tarefas domiciliares e identificação de um ambiente propício para o aprendizado. Na avaliação do decano, o que se sabe é que não será um retorno comum. "A instituição está trabalhando de uma forma colaborativa e cooperativa em meio a uma pandemia. Vai ser diferente e não podemos perder a oportunidade de estarmos atentos para como se desenvolverá esse processo”, afirma Freitas.   

 

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