#TMJ PRA FAZER A DIFERENÇA

Desde maio, comunidade universitária se reúne para discutir temas positivos para a sociedade

Durante o debate, foi apontado que, para a criação da cultura da paz, é necessário fomentar o indivíduo. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Todas as segundas-feiras, pontualmente às 17h, o projeto Tribuna Livre pela Paz reúne pessoas para dialogar sobre temas de interesse da sociedade. Os debates acontecem desde maio, com o apoio do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam) e da organização da sociedade civil União Planetária. Os encontros ocorrem no café Utopia, do Memorial Darcy Ribeiro (Beijódromo), no campus Darcy Ribeiro, Asa Norte.

 

Na primeira segunda-feira de junho (3), foi a vez da neuropsiquiatra Henriqueta Camarotti falar sobre autotransformação e cultura da paz. Integrada à temática, a pesquisadora abordou as aplicações da Terapia Transessencial (TTE). Com inscrições feitas com antecendência, semanalmente, um orador aborda tema de sua preferência e, após a apresentação, os ouvintes discutem a respeito.

 

“A TTE é uma abordagem biopsíquica, consciencial e espiritual, que visa entender a essência humana em seis dimensões. A dimensão físico-biológica, vibracional, emocional, mental, consciencial e selfico-espiritual. É uma proposta do cuidado que se destina aos profissionais da saúde, educação e áreas sociais”, apontou Camarotti.

A neuropsiquiatra Henriqueta Camarotti abordou alguns princípios da Terapia Transessencial (TTE), como a cura e a relação terapeuta e paciente. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

A médica também destacou a importância de desenvolver instrumentos práticos para trabalhar indivíduos, famílias, grupos, sociedades e povos. “É relevante a existência de grupo de estudo, fala, troca e, como o criador da terapia comunitária afirma, onde há sofrimento existe uma solução”, completou.

 

No evento, estavam presentes o idealizador do projeto e professor emérito da UnB, Isaac Roitman, junto aos docentes Roberto Cavalcanti, do Departamento de Zoologia (ZOO/IB/UnB), Antonio Teixeira, emérito da Faculdade Medicina (FM/UnB), e Mário Lima Brasil, diretor do Ceam. Estavam também estudantes da graduação e pós, terapeutas, advogados e economistas.

 

No momento das perguntas, Isaac Roitman questionou a oradora acerca dos variados graus de sofrimento considerados invisíveis na população: “por muitas vezes, cruzamos com pessoas com sofrimentos difíceis de identificar, ou aparentes. Sob o ponto de vista humanístico, o ser humano poderia se indignar e ser um vetor de mudanças, em vez de se conformar?”, questionou.

 

Camarotti, em resposta, citou sua experiência em grupos de escuta e fala com mulheres em situações de dificuldade financeira em que trabalha a construção de autoestima, resiliência e cidadania. A pesquisadora explicou a importância de, a partir dessa terapia, despertar a capacidade do indivíduo de “seguir seu caminho e sair do sofrimento vivenciado”.

 

A neuropsiquiatra finalizou sua apresentação inspirada na frase “seja a mudança que você quer ver no mundo”, do ativista indiano Mahatma Gandhi, adaptando-a para o tema do projeto. “Seja a paz que queremos pelo mundo”, frisou.

 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

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