INCLUSÃO

Atividades de turismo social com jovens em regime socioeducativo foram desenvolvidas em 2024

O projeto conquistou o prêmio de melhor iniciativa de turismo social em 2024. Foto: Arquivo Pessoal

 

O projeto de extensão Turismo social no DF: vivendo Brasília para além do tempo de trabalho, do Centro de Excelência em Turismo (CET/UnB), recebeu prêmio da Organização Internacional de Turismo Social (ISTO, da sigla em inglês) na categoria Academia e Pesquisadores, pelo trabalho realizado em 2024. Criada em 2023, a proposta da premiação é, a partir do turismo social, democratizar o acesso ao turismo para grupos excluídos.

 

Segundo a coordenadora do projeto, a professora Angela Teberga, “o turismo social nasce com a proposta de democratizar o acesso ao turismo, porque parte do pressuposto de que o turismo convencional ainda é muito elitista”.

O projeto levou jovens para visitar o campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte. Foto: Arquivo Pessoal

 

Em 2024, o projeto trabalhou semanalmente com jovens entre 14 e 18 anos em regime socioeducativo de meio aberto (no qual são cumpridas atividades pedagógicas) e de semiliberdade (neste, os adolescentes ficam, segundo Teberga, “internados” de segunda a sexta-feira). “É um público negligenciado por todos os tipos de políticas de acesso à cultura e ao lazer”, afirmou. 

 

A princípio, o projeto de extensão entrava em contato com programas vinculados ao Governo do Distrito Federal, mas, conforme realizavam ações, a dinâmica se inverteu e órgãos, como Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Centros de Atenção Psicossocial (Caps), passaram a entrar em contato com o projeto.

O projeto é composto por Emily dos Santos, Gabriel Rahone, Gabriela Ferreira, a professora Angela Teberga, Mariana Lima, Caroline Marque e João Vitor Araújo. Foto: Arquivo Pessoal

 

A ação de extensão atuou em diferentes Regiões Administrativas (RAs) do DF, como Gama, Itapoã e Paranoá. Nos encontros semanais, havia conversas a respeito da percepção dos adolescentes sobre turismo, direito e pertencimento à cidade. Para encerrar as atividades naquele núcleo, foram realizadas visitas locais que promovem inclusão, como ao campus Darcy Ribeiro. 

 

“Achavam que a UnB era paga, por exemplo. São várias ideias preconcebidas que vamos quebrando. Ficaram encantados com a grandiosidade. Como era grande poder circular pela Universidade de Brasília”, contou Teberga.

 

Para o extensionista João Vitor Araújo, a importância do projeto é “mostrar que aqueles lugares visitados também pertencem aos jovens do projeto e que eles podem ter outra perspectiva para além da periferia”. O aluno destacou que a visita que mais o marcou foi o passeio de bicicleta pela Esplanada dos Ministérios: “Eu os vi se divertindo. Eram crianças que cresceram muito rápido e em meio tão excludente e violento e que esqueceram essas questões por algumas horas”.

 

PRÊMIO – A premiação ocorreu em outubro na Costa Rica. Para Teberga, o prêmio recebido “é um reconhecimento pela qualidade e pelo pioneirismo”, além de uma certificação que o projeto impacta vidas por meio do turismo social. Fundada em 1963, a ISTO é uma associação sem fins lucrativos focada em turismo social. 

 

Acompanhe as ações do projeto pelo site https://www.labormovens.com/turismo-social e pelo Instagram @turismosocialunb. 

 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

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