Pela primeira vez, a Universidade de Brasília (UnB) aparece no Times Higher Education (THE) Impact, divulgado no começo desta semana. O ranking vai além do desempenho das universidades em pesquisa. Avalia as políticas internas e o compromisso com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. No ranking geral de 2022, a UnB ocupa a primeira posição entre as federais e aparece empatada em terceiro lugar nacionalmente com a Universidade Estadual Paulista (Unesp). A UnB também obteve a 1ª posição nacional nos ODS 3 – Saúde e Bem-estar – e ODS 4 – Educação de Qualidade.
“É um resultado excelente. Fruto de esforço coletivo de muitas áreas da Universidade comprometidas com a sustentabilidade em seu sentido mais profundo. A instituição universidade precisa, cada vez mais, pautar suas ações com foco na sustentabilidade e estabelecer o patamar necessário para o desenvolvimento do país", explica a decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional da UnB, Denise Imbroisi. "Muitos parceiros auxiliaram no processo de coleta das informações e se dedicaram para entender e analisar o que esse ranking avalia.”
No THE Impact Rankings, embora os números relacionados à pesquisa também sejam considerados, as análises levam em conta, predominantemente, ações e políticas institucionais comprovadas por evidências. São avaliados dados relacionados aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Para ser classificada, uma instituição precisa enviar evidências do ODS 17 (Parcerias e Meios de implementação) e pelo menos outros três, à sua escolha.
No mundo, a UnB classificou-se na faixa 201-300 entre 1.406 instituições analisadas. A melhor colocação da Universidade ocorreu no ODS 4 – Qualidade da Educação –, ficando na posição 55 entre 1.180 instituições do mundo; no ODS 3 – Saúde e Bem-estar –, classificou-se no 95° lugar de 1.101 universidades; e no ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico –, ficou na faixa 101-200, de um total de 849 instituições. No ODS 17, está entre 401- 600 de 1.438 universidades. O ODS 17 tem o peso de 22% e os demais, 26% na avaliação.
O processo de ingresso no THE Impact começou em 2019, com o estudo feito pela Diretoria de Avaliação e Informações Gerenciais (DAI), do Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO), de mapeamento de cada ODS e os indicadores que precisariam ser coletados.
Em 2020, a UnB reuniu especialistas de diferentes áreas da instituição em um Grupo de Trabalho para coletar as informações. E, no ano passado, a Comissão de Indicadores de Desempenho Acadêmico criou grupos temáticos de trabalho e um deles ficou responsável por levantar os dados dos ODS na UnB e sistematizar as informações para o ranking. O projeto de desenvolvimento institucional, sob a coordenação do professor Dalton Lopes Martins (FCI), em conjunto com a Diretoria de Avaliação e Informações Gerenciais (DAI/DPO), coletou os dados em várias bases. "O desafio agora é continuar com esse trabalho para os próximos anos”, avalia o diretor da DAI, Guilherme Viana.
A UnB submeteu informações também relacionadas ao ODS 1 – Erradicação da Pobreza e ao ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes. “Fomos bem também, mas o destaque maior foi para os ODS 3 e 4. Temos mais um instrumento importante para acompanhar o trabalho de sustentabilidade da Universidade e também para nos certificarmos de que estamos em sintonia com as melhores práticas de todo o mundo na temática”, afirma Denise Imbroisi.
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