A UnB instituiu um Grupo de Trabalho (GT) para atuar no combate a possíveis focos de proliferação do mosquito da dengue em áreas dos campi. Nesta terça (6), a Faculdade de Comunicação (FAC), localizada no extremo norte do ICC, campus Darcy Ribeiro, recebeu a visita da equipe. O grupo está em ação desde o início do mês e conta com nove servidores. Eles realizam vistorias, desmancham e monitoram eventuais focos de larva e orientam sobre práticas de prevenção.
A força-tarefa é apoiada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) da UnB e pela Prefeitura da Universidade (PRC) e segue cronograma pré-definido. A equipe realizará inspeções ao longo de 60 dias, em esforço para eliminar focos de proliferação do mosquito, que também transmite Zika e Chikungunya.
Antes da visita do GT, a FAC, sob direção da professora Dione Moura, já havia adotado medidas preventivas, como uso de raquetes mata-mosquito, manutenção de janelas fechadas e uso de repelentes de produção caseira para evitar a propagação do mosquito.
“A ação da PRC e da Sema é estrutural. A visita da equipe à FAC é para analisar a infraestrutura, o que envolve demandas para instalação de telas mosquiteiras, observação de poças de água e depósitos de lixo. Isso são ações que não podemos realizar, mas dentro da faculdade já conseguimos reduzir a população de mosquitos com uma série de outras ações”, detalha a diretora.
“Fotografamos locais possivelmente vulneráveis, que podem ter pontos de acumulação das larvas do Aedes aegypti “, aponta Dione Moura.
Os servidores Antônio Abreu, Eluzai Rodrigues, Luiz Gustavo Padovani, Rogério Pfeiffer e Luiz Henrique de Macedo mapearam as áreas internas, externas e subsolo da FAC, procurando espaços que podem favorecer o desenvolvimento da larva do mosquito transmissor da dengue. Exemplo são as poças de água criadas após as chuvas, em resultado ao acúmulo de folhas embaixo das árvores.
“A ideia é fazer o papel institucional de levar a orientação para as pessoas sobre correção de atitudes, recolhimento de resíduos. O objetivo principal é corrigir fragilidades o mais rápido possível”, enfatiza o secretário de Meio Ambiente, Pedro Zuchi.
Após a inspeção, a equipe concluiu que há necessidade de aumentar a frequência do recolhimento dos contêineres, que armazenam materiais de descarte; inserir telas mosquiteiras nas janelas; resolver o acúmulo de água nos declives em que estão instaladas as caixas condensadoras dos aparelhos de ar-condicionado, e a manutenção das telas nesses aparelhos.
AÇÃO COLETIVA – O GT das vistorias foi instaurado pelo Ato da Prefeitura da UnB nº 0007/2024, começou a atuar em 1º de fevereiro e vai realizar as atividades de inspeção, por meio de um cronograma de visitação até 28 de março.
“Para surtir um efeito permanente, é necessária a participação de todos, porque uma comissão com nove pessoas não consegue. Temos de fazer uma campanha de ação coletiva, para conscientização e incentivo dos servidores técnicos, com a colaboração dos estudantes e professores. A comunidade universitária necessita entender o que está acontecendo em seu setor”, esclarece Pfeiffer.
No esforço de combate à dengue na UnB, a Reitoria criou, por meio do Ato nº 0206/2024, GT para coordenar de maneira ampla as ações de enfrentamento na instituição.
A equipe é composta pelo professor Pedro Zuchi (Sema); por Carla Pintas Marquesa, à frente da Coordenação de Atenção e Vigilância em Saúde (CoAVS/Dasu/DAC); pela prefeita substituta Ana Cristina Brandão; e pela chefe da Secretaria de Comunicação da UnB (Secom) Mônica Nogueira.
Zuchi destaca que o resultado aguardado é a redução dos pontos de foco da dengue na instituição. “É um trabalho em que buscamos uma ação institucional de tentar mover, movimentar, conscientizar, envolver as pessoas no sentido de que o combate à dengue é um trabalho de todos, e que devem estar preparados e atentos a executar esse trabalho. A nossa preocupação maior é mostrar para comunidade universitária que ela é um agente fundamental no combate desse mosquito”, ressalta.
Pfeiffer informa que a primeira ação realizada pelo GT foi na PRC, e destaca que a experiência foi positiva. “Conseguimos entrar em contato com cooperativa de coleta, acionamos o pessoal das empresas terceirizadas e foi retirado entulho, composto por latas de tinta, ferro, madeira, lixeira, baldes e lâmpadas quebradas”, relembra. “Essa força-tarefa é uma ação coletiva e depende da participação de todos. Os resultados são para o bem-estar comunitário, então é preciso destacar que cada um deve fazer sua parte”, completa.
“Queremos que os resíduos sejam efetivamente descartados, corretamente levados para os pontos de coleta. Isso é fundamental. É mais do que virar a garrafa de boca para baixo: é destinar efetivamente para o ponto em que será eliminada. Desse modo, a comunidade deve perceber que não é simplesmente virar a garrafa, mas uma questão de mudança de comportamento e destinação correta de todo o resíduo”, explica Pedro Zuchi.
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*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.