ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS

Pesquisadores acompanharão professores e suas salas de aula on-line para entenderem as dificuldades educacionais e buscarem soluções

Projeto irá promover reflexões sobre o impacto da pandemia na educação no DF. Foto: Lucas Sabino/Fotos Públicas

 

A pandemia de covid-19 impôs desafios às estratégias de ensino e aprendizagem nas escolas e universidades e a necessidade de adaptação das atividades presenciais para o modo remoto. A adequação das metodologias de ensino e a ambientação aos recursos tecnológicos são apenas algumas das dificuldades enfrentadas por professores no desempenho de atividades na modalidade.

 

Diante desta nova realidade, uma iniciativa da Faculdade de Educação (FE) da Universidade de Brasília busca investigar quais tecnologias sociais e educacionais, empregadas na formação continuada de professores da rede pública de ensino no Distrito Federal, estão contribuindo para a melhoria das atividades de ensino remoto e da qualidade de vida das pessoas envolvidas nos processo educacionais.

 

O projeto irá promover oficinas pedagógicas que possibilitem a interação e a troca de conhecimentos entre professores acerca do ambiente de vida, do trabalho e da escola, com intenção de focar esses docentes que estão atuando no ensino remoto. Além disso, serão desenvolvidos produtos e serviços educacionais e sociais, por meio de tecnologias que possam atender as demandas da área.

 

Entre eles, incluem-se a formação continuada dos docentes, com ênfase em videoaulas e ambientes virtuais; a elaboração de portfólios; e o desenvolvimento de ferramentas voltadas à qualidade de vida dos atores na educação, além de outros serviços. 

À frente do projeto, o professor Geraldo Eustáquio acredita que produtos e serviços resultantes trarão avanços na qualidade da educação neste período de pandemia. Foto: Arquivo pessoal

 

“Acredito que os produtos e serviços elaborados no seio da Universidade podem ser ricos instrumentos de inovação, tanto no processo de formação continuada dos professores participantes deste projeto quanto na necessidade de reinvenção e drible das condições atuais de ensino e aprendizagem”, avalia o coordenador do projeto e professor da FE, Geraldo Eustáquio Moreira.

 

Estão envolvidos no projeto Do ensino presencial ao ensino remoto emergencial em função da Covid-19: Apoios educacionais, sociais e tecnológicos para professores da rede pública de ensino do Distrito Federal uma equipe de docentes e discentes da FE, além de egressos do mestrado e doutorado em Educação da UnB.

 

FASES DA PESQUISA – De acordo com o professor Geraldo Eustáquio, haverá nove etapas, que abrangem preparação e realização de encontros do grupo de formação, duas etapas de oficinas; acompanhamento e avaliação da aplicação de atividades; apresentação e análise dos resultados; elaboração de trabalhos e, por fim, a socialização dos resultados.

 

A proposta é utilizar a abordagem da pesquisa colaborativa, devido à relevância para a transformação da realidade dos atores participantes, com a promoção de espaço para o autoconhecimento e o enfrentamento às barreiras do ensino remoto neste período de pandemia.

 

“Este modelo proposto tem como objetivos acompanhar de perto e continuamente os professores e suas respectivas salas de aula remotas; realizar reflexões conjuntas sobre os impactos e realidades encontradas na educação em tempos de pandemia; utilizar diagnósticos para agir sobre as dificuldades dos professores; compartilhar experiências de professores da rede pública que enfrentam problemas; instituir um grupo de pesquisa comprometido com o processo de ensino e aprendizagem na modalidade virtual, e, por fim, apresentar à sociedade materiais capazes de melhorar a qualidade da educação e de vida das pessoas envolvidas no ensino remoto”, aponta Geraldo.

 

IMPACTO SOCIAL – O dilema de realização das aulas, em modo remoto emergencial, durante a pandemia intensificou o debate acerca dos novos moldes para o processo educacional, além dos desafios enfrentados por docentes e demais profissionais da educação. Foi preciso a adequação dos docentes às atuais condições de ensino, o que, segundo Geraldo Eustáquio, também traz consequências sociais, trabalhistas, tecnológicas, emocionais e, até mesmo, existenciais aos professores.

Equipe do projeto está engajada em solucionar os problemas enfrentados na adaptação ao ensino remoto. Foto: Arquivo pessoal

 

Para o professor, o projeto vai ajudar no reconhecimento da atual realidade educacional, que, na sua avaliação, não considera todos os atores educacionais envolvidos. “Entendo que coligar universidade, formação inicial, pesquisadores e professores da educação básica pode revelar-se altamente inovador do ponto de vista teórico-prático, pois, ao final, os produtos e serviços desenvolvidos ressoarão, certamente, na qualidade da educação”, analisa o coordenador da iniciativa.


As possibilidades a serem desenvolvidas para o ensino remoto são diversas. Nesse sentido, o projeto poderá contribuir possibilitando uma relação inovadora com o processo de ensino e aprendizagem, com foco na melhoria da qualidade da educação, ao promover a formação continuada de professores e oferecer ferramentas para que eles aprimorarem suas habilidades no uso de plataformas virtuais. 

 

INCENTIVO – A UnB tem aprovado iniciativas em diferentes áreas do conhecimento voltadas ao enfrentamento da pandemia de covid-19, em chamadas prospectivas realizadas conjuntamente pelos decanatos de Pesquisa e Inovação (DPI) e de Extensão (DEX) e pelo Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão de combate à covid-19 (Copei). O projeto da FE foi um dos selecionados e, recentemente, foi contemplado com financiamento no valor de R$ 28 mil em edital lançado pelos decanatos e comitê. A equipe aguarda a liberação da verba. 

 

Com intenção de viabilizar novos recursos a projetos de combate à covid-19 da Universidade, o Copei criou, em convênio com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), um fundo para arrecadar doações. Para destinar recursos às iniciativas, basta acessar o link https://www.finatec.org.br/doacaoprojetos/form.

 

Outro caminho é fazer a doação por meio de depósito (Banco do Brasil, agência 3382-0, conta 7274-5), boleto, cartão de crédito ou PayPal. Para doações em serviços, materiais ou equipamentos, é preciso, primeiro, articular a ação junto ao DPI, por meio do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

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