IMPLICAÇÕES DA COVID-19

Pesquisadores irão identificar impactos psicossociais a partir das expressões das pessoas sobre o cotidiano e a saúde emocional. Questionário está disponível

Projeto visa levantar informações que possam contribuir para a promoção de políticas públicas com foco em saúde mental. Foto: Nik Shuliahin/Unsplash

 

Em decorrência da pandemia de covid-19, a Universidade de Brasília vem desenvolvendo diversas iniciativas de pesquisa, extensão e inovação na tentativa de reduzir os impactos causados pelo quadro epidemiológico no país. Na perspectiva da promoção à saúde mental, o projeto da Faculdade UnB Ceilândia (FCEExpressão cotidiana e sofrimento psíquico na rotina originária da Covid-19 pretende categorizar as percepções de mulheres e homens sobre seu dia a dia e saúde emocional com relação à covid-19, além de promover reflexões sobre a vida.

 

O estudo foca a necessidade de oferecer subsídios para a elaboração de intervenções psicossociais de escuta e mitigação do sofrimento humano em catástrofes naturais e sociais, como a vista no atual contexto de pandemia.

 

Coordenado pela professora da FCE Maria de Nazareth Rodrigues Malcher, o projeto conta com parceria do Núcleo de Pesquisas Fenomenológicas (Nufem), ligado ao Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), e da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

 

“Esse projeto estuda a expressão cotidiana, como essas pessoas vêm se organizando e as questões emocionais relacionadas ao atual período de isolamento social”, destaca Maria de Nazareth.

 

A iniciativa está vinculada ao projeto de extensão e pesquisa Foco   Fenomenologia e Cotidiano, que atua diretamente com usuários dos centros de Atenção Psicossocial (Caps) que sofrem com distúrbios de escuta de outras vozes, relacionando os processos de ocupação, cotidiano, sofrimento e saúde mental. São desenvolvidas atividades de intervenção no campo do cotidiano e da vida.

Equipe, coordenada pela professora Maria de Nazareth Malcher (centro), é formada por pesquisadores e alunos de graduação da FCE. Foto: Arquivo pessoal

 

COLETA DE DADOS – O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da FCE e será realizado em três etapas. Até o momento, a primeira já foi concluída e envolveu pesquisa na literatura sobre o assunto. O estudo documental resultou em duas publicações: uma, intitulada Emoções à flor da pele: Riscos à saúde psíquica em tempos de coronavírus, foi publicada no livro Covid-19: Saúde da Mente e do Corpo; o outro artigo, Saúde psíquica em tempos de coronavírus, saiu na revista Research, Society and Development. 

 

Agora, está em andamento a aplicação de pesquisa on-line em voluntários (homens e mulheres) de todo o Brasil, com perguntas fechadas e abertas em relação às condições de saúde antes e durante a pandemia e a aspectos emocionais.

 

Os participantes também têm espaço para narrar seu cotidiano neste período de crise sanitária. O questionário já está disponível e pode ser respondido por qualquer pessoa com idade a partir de 18 anos. Após a coleta, os dados passarão por análise quantitativa e qualitativa.

 

>> Clique aqui para responder ao questionário da pesquisa

 

Para a professora Maria de Nazareth, o projeto traz impactos positivos para a caracterização da percepção da população sobre o cotidiano e suas emoções na situação de isolamento social e permite identificar como as pessoas vêm organizando seu dia a dia nesse momento. Além disso, a proposta é que os pesquisadores possam apresentar contribuições para as políticas públicas de saúde mental.

 

“As pessoas vivenciam diversos contextos durante a pandemia, no campo da vulnerabilidade social, do financeiro, da saúde e ao lidar com a questão do óbito, do isolamento social, da reclusão domiciliar e do excesso de trabalho remoto. Então, uma série de contextos da pandemia podem ocasionar o sofrimento psíquico, o que pode gerar adoecimento, sobrecarga no uso de psicotrópicos e de medicamentos e necessidades de serviços no campo das políticas públicas. Vejo o impacto [do projeto] nesse sentido, poderemos dar encaminhamentos de ações de políticas públicas de saúde mental ”, destaca a coordenadora da pesquisa.

 

INCENTIVO – A equipe do projeto foi contemplada com o valor de R$ 14 mil em edital lançado pelo Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão de combate à covid-19 (Copei) e pelos decanatos de Pesquisa e Inovação (DPI) e de Extensão (DEX) para viabilizar apoio às ações da UnB de enfrentamento à pandemia.

 

Para captar recursos financeiros a outras iniciativas da Universidade contra a covid-19, o Copei criou, em convênio com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), um fundo de doações.

 

>> Acesse aqui o link para contribuir

 

As doações podem ser feitas por boleto, depósito bancário, cartão de crédito ou PayPal, sendo designadas a projetos específicos ou ao fundo geral. O comitê gestor do fundo irá direcionar as contribuições, seguindo critério de classificação nas chamadas prospectivas de iniciativas da UnB de combate à covid-19.

 
Serviços, materiais ou equipamentos também podem ser doados. Para isso, é preciso, primeiro, articular a ação junto ao Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI), pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

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