Devido ao alto nível de infecções pelo novo coronavírus, as festas carnavalescas de 2021 foram canceladas em várias capitais do país, como Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Considerando as aglomerações que ocorreram nas festividades do fim de ano (o que gerou considerável aumento no número de casos de covid-19), os especialistas estão preocupados com o carnaval. Epidemiologistas da Sala de Situação da Universidade de Brasília (SDS/FS) alertam os brasileiros a respeitar as medidas de biossegurança.
De acordo com o epidemiologista e vice-coordenador da SDS/UnB, Mauro Sanchez, com a proximidade do carnaval, é importante lembrar que o início da vacinação não é passe livre e nem motivo para o relaxamento das medidas de prevenção. Segundo ele, os grupos vacinados, até agora, são os mais vulneráveis e prioritários, para que o serviço de saúde consiga atender as pessoas que precisam. Isto inclui proteger a força de trabalho que está na linha de frente da resposta à pandemia.
“Neste primeiro momento da vacinação, a tentativa é diminuir o número de pessoas que adoecerá e que pode evoluir para um quadro mais grave, como os idosos, para, assim, proteger a capacidade do sistema de saúde. Mas para a população em geral, nada mudou ainda. Se nada mudou ainda, não é hora de aglomerar”, alerta o epidemiologista.
As medidas de biossegurança continuam as mesmas: usar máscaras, manter distanciamento social e boa ventilação dos ambientes, higienizar as mãos com sabão ou álcool 70% INPM e evitar tocar o rosto com elas não higienizadas. Mauro Sanchez espera que a cobertura vacinal da população aumente para que se chegue a um nível em que, de fato, a população possa viver o que se tem chamado de "nova normalidade”.
Até lá, é importante ter consciência que não se pode deixar de lado as medidas já conhecidas e que funcionam para evitar a proliferação do vírus e o contágio entre as pessoas. “Não se descuidem que ainda não é o momento. Em breve, a gente poderá voltar a estar mais próximos, da família e dos amigos, e ter o contato físico que todos sentem falta”, reforça o epidemiologista.
SOBRE A SDS – A Sala de Situação em Saúde é um ambiente de aproximação de estudantes, professores, colaboradores e profissionais de saúde. O objetivo é promover a participação no processo de ensino-aprendizagem dos saberes teóricos e práticos de forma multidisciplinar, por meio da construção de conhecimento coletivo. É um espaço de desenvolvimento de tecnologia de inteligência em saúde dentro da Universidade de Brasília, para apoiar no monitoramento, na análise e definição de ações na área, junto aos estudantes e gestores, para a tomada de decisão e formulação de respostas em emergências de saúde pública.
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