INTERNACIONAL

Gerson Penna, do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, publicou mais de 200 artigos com importantes contribuições no combate à hanseníase

Em ranking elaborado pela Expertscape, Gerson Penna aparece em oitavo lugar na classificação geral e na primeira posição na lista dedicada a dermatologistas. Foto: Hill House

 

A Universidade de Brasília está representada no ranking da consultoria Expertscape que divulga os cientistas que mais contribuíram com estudos relacionados a doenças negligenciadas no mundo na última década. Gerson Penna, docente do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical (PPGMT) da Universidade de Brasília e ex-diretor da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília, figura em oitavo lugar na lista entre cientistas de diversos países atuantes em pesquisas sobre a hanseníase. Médico especialista em Dermatologia, o professor também alcançou a primeira colocação no ranking entre profissionais desta área.

 

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“Estar entre os dez cientistas que mais contribuíram no mundo para as doenças negligenciadas e ser o primeiro colocado entre os dermatologistas me honra. Mas não trabalho sozinho. Para o nosso grupo de pesquisa, é um reconhecimento à entrega e ao trabalho diários", ressalta o professor sobre os esforços de pesquisadores da UnB e da Fiocruz em estudos sobre a hanseníase.

 

O levantamento é baseado em 3.489 artigos publicados na base de dados Publimed entre 2010 e 2021. Em sua carreira, Penna tem mais de 200 artigos publicados sobre o assunto, relacionados a pesquisas em novos tratamentos e medicamentos, determinantes sociais e determinação genética de transmissão da doença.

 

Para ele, ser citado em um ranking mundial de pesquisadores é gratificante, além de mostrar que os estudos realizados por cientistas de ambas as instituições as quais ele se vincula contribuíram e tiveram impacto sobre as vidas das pessoas na última década. O pesquisador alerta que ainda existe um longo caminho a ser percorrido no combate às doenças negligenciadas.

 

CARREIRA E FORMAÇÃO – Membro do Comitê Assessor em Hanseníase do Ministério da Saúde, Penna passou toda a vida profissional no serviço público, dividindo as atividades entre a academia e a gestão de alta complexidade, de forma que convivia diretamente com as necessidades de pesquisa para as populações mais vulneráveis. “Costumo dizer que as pessoas pelas quais a gente trabalha nem sabem e nunca sequer saberão que existimos. Isso nos dá a humildade necessária [para atuar] nesses momentos”, diz.

 

O professor reconhece o valor da UnB como instituição que contribuiu em sua formação. “Particularmente, aqui na nossa Universidade de Brasília, é gratificante ter sido forjado pelas mãos da professora Vanize Macedo, no Núcleo de Medicina Tropical, em uma instituição de ponta, que incentiva e valoriza a ciência, a tecnologia e a pesquisa. Adicionalmente, tive a oportunidade de fazer o pós-doutoramento em Saúde Pública no Instituto de Saúde Coletiva da UFBA [Universidade Federal da Bahia], forte parceira da UnB”, completa.

 

CENÁRIO PREOCUPANTE – Considerada uma doença negligenciada, a hanseníase esteve, por volta dos anos 2000, próxima da erradicação. Atualmente, a patologia infectocontagiosa tem avançado em muitos países, incluindo o Brasil, que perde apenas para a Índia em número de novos registros. O boletim epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2017 mostra que o Brasil teve 25.218 novos casos de hanseníase em 2016, o equivalente a 12% das ocorrências no mundo todo (214.783). 

 

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“O Brasil é o segundo país mais endêmico do mundo e já foi autossuficiente na produção dos medicamentos necessários a tratar pacientes. Essa estrutura foi desmontada e ficamos reféns de doação da OMS. Hoje convivemos com a escassez de remédios para os pacientes”, destaca Penna. O docente da UnB lembra que é necessário desenvolver novos medicamentos para tratar as doenças negligenciadas e que os investimentos da indústria farmacêutica ainda são escassos.

 

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