QUADRIÊNIO 2020/2024

Maria do Socorro Gomes também priorizará retomada de espaços de diálogo sobre carreiras e tratativas sobre flexibilização de jornada e trabalho remoto  

A série publicada pela Secretaria de Comunicação (Secom) e pela UnBTV com os decanos da Universidade de Brasília segue com entrevista à servidora técnico-administrativa Maria do Socorro Gomes, escolhida para estar à frente do Decanato de Gestão de Pessoas (DGP) no novo mandato da reitora Márcia Abrahão, no quadriênio 2020-2024. Ela assume o cargo no lugar do servidor Carlos Mota. A decana fala sobre pautas prioritárias de sua gestão, como fortalecimento de carreiras e das ofertas de capacitação, e aborda temas como trabalho remoto e flexibilização. 

Foto: arquivo pessoal
Maria do Socorro deixa o cargo de diretora de Desenvolvimento Social do Decanato de Assuntos Comunitários (DDS/DAC) da UnB para tornar -se decana da pasta. Foto: Arquivo pessoal

 

O currículo de Maria do Socorro Gomes explica sua facilidade em discorrer com segurança e propriedade quando o assunto é gestão de pessoas. Mestre em Gestão Pública e graduada em Serviço Social pela UnB, ela segue carreira como servidora técnico-administrativa em educação desde 1987. Nesse percurso, além da UnB, atuou em cargos de gestão na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); no Ministério da Educação (MEC); no antigo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP); e na Casa Civil da Presidência da República. Em janeiro deste ano, ela aceitou o convite para estender sua vivência ao Decanato de Gestão de Pessoas (DGP), à frente da gestão.

 

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Entre as prioridades da nova decana para o DGP estão: retomar a Câmara de Gestão de Pessoas, criar um fórum para discussão permanente com os servidores e fortalecer as ações de capacitação e as políticas de qualidade de vida no trabalho. Para isso, sua gestão terá como foco a busca permanente pela “humanização do atendimento”. A gestora acredita que “atender bem as pessoas e trabalhar na perspectiva humana é fundamental para termos êxito” e que essa diretriz deve embasar a “identidade institucional dos servidores da UnB”.

 

Sobre o legado recebido da gestão anterior, Maria do Socorro pretende dar continuidade e aprimorar a implantação de sistemas, como o Integrado de Gestão de Recursos Humanos (SIGRH) e o Eletrônico de Informações (SEI). A decana afirma o compromisso em, dentro do que a legislação prevê, seguir com os avanços na flexibilização de jornada e implementar o trabalho remoto como política institucional, quando a pandemia estiver controlada e os servidores já estiverem em trabalho presencial (de acordo com a proposta encaminhada ao Ministério da Educação para aprovação). Confira a entrevista:

 

Quais serão as prioridades de sua gestão à frente do Decanato de Gestão de Pessoas (DGP)?

O Decanato cuida da vida funcional do servidor, desde antes de ingressar no serviço público até depois da aposentadoria. Isso envolve planejamento das contratações, realização de concursos, integração de novos servidores, desenvolvimento de carreiras, qualidade de vida no trabalho, cuidado com a saúde e promoção de serviços que viabilizem a gestão de pessoas. Com esse grau de complexidade, o DGP não pode atuar isolado e sozinho. 

 

Vamos trabalhar na perspectiva de reorganizar os fóruns de debate e participação sobre as carreiras na Universidade. Uma das questões é a retomada da Câmara de Gestão de Pessoas, que é um órgão auxiliar do Conselho de Administração (CAD), e também a criação de um fórum para discussão permanente com os servidores, que foi um dos compromissos de campanha dos professores Márcia e Enrique. 

 

Também vamos atuar muito no fortalecimento da capacitação dos servidores, considerando as especificidades da carreira de técnicos administrativos e de docentes, na perspectiva de que a capacitação é um processo estratégico e uma necessidade da instituição. 

 

Outro objetivo é fortalecer as políticas de qualidade de vida no trabalho e aprimorar os fluxos e procedimentos para melhorar o dia a dia. Temos como foco, principalmente, a busca pela humanização permanente do atendimento, tanto do DGP quanto do conjunto da Universidade de Brasília. Atender bem as pessoas e trabalhar na perspectiva humana é fundamental para termos êxito e para a criação de uma identidade institucional dos servidores que trabalham na UnB. 

 

Em relação ao legado recebido da gestão anterior, quais projetos serão continuados?

São inegáveis os avanços que tivemos nos últimos anos no campo de gestão de pessoas da Universidade, a despeito de toda dificuldade enfrentada com contingenciamento orçamentário, não autorização de concursos e extinção de funções gratificadas. Ainda assim, houve um grande esforço, no primeiro mandato da professora Márcia, no sentido de tornar a gestão de pessoas uma área de ponta e estratégica.

 

Podemos destacar a implementação de sistemas operacionais, como o SEI e o SIGRH. Eles têm facilitado não só o cotidiano do trabalho na tramitação de processos, como também na transparência e na publicidade do que a Universidade faz. Iremos continuar, e até aprimorar, a implementação desses sistemas.

 

A Comissão de Flexibilização designada pelo Conselho de Administração (CAD) realizou um trabalho importante em relação aos desafios de flexibilizar a jornada de trabalho. A Comissão atuou para identificar a necessidade da instituição e para adequá-la aos normativos estabelecidos pelos órgãos de controle. Hoje podemos dizer que é uma política normalizada e normatizada na UnB. São avanços que pretendemos continuar.

 

Outra prioridade é o aprimoramento das relações da Universidade com o Hospital Universitário de Brasília (HUB), principalmente no trato e no cuidado com os servidores que estão em exercício descentralizado lá, para atender as especificidades desses trabalhadores. 

 

O trabalho remoto tornou-se realidade na Universidade em decorrência da pandemia. Quais os desafios nesse sentido? Existe a intenção de dar continuidade?

Fomos jogados, de um dia para outro, no trabalho remoto. Essa experiência imposta pela pandemia e pela necessidade do isolamento social vai nos ajudar a pensar a melhor estratégia para adoção do trabalho remoto na Universidade. Tanto as vantagens quanto as desvantagens puderam ser vistas e sentidas na pele por todos os servidores. O mais interessante é que a Universidade não parou, o que mostra que o nosso corpo de servidores está se capacitando no próprio fazer da instituição remotamente. Esse modo de trabalho é importante em vários aspectos da instituição e também para o servidor.

 

Quanto à regulamentação, houve uma longa discussão junto aos órgãos colegiados e foi desenvolvida uma regulamentação, que já passou pelos trâmites internos e hoje se encontra no Ministério da Educação (MEC). Tão logo haja validação pelo MEC, trataremos o projeto com a maior celeridade possível para que, numa eventual retomada das atividades presenciais, estejamos preparados para implementar essa nova forma de trabalho.

 

Como será tratada a flexibilização de jornada em sua gestão?

Tanto do ponto de vista do trabalho remoto quanto da flexibilização, vamos trabalhar alinhados com o que a lei estabelece, a depender do setor e da natureza da atividade prestada. O que pode ser flexibilizado vai continuar sendo. A Comissão de Flexibilização está sendo renovada e a ideia agora é dar continuidade a esse trabalho.

 

Quais serão os principais planos de estímulo à capacitação profissional?

A capacitação dos servidores não pode estar deslocada da estratégia de desenvolvimento institucional. A UnB estabeleceu desafios a si própria: no campo da formação de recursos humanos altamente qualificados; no desenvolvimento de ciência, tecnologia e humanidades; na troca de saberes com a comunidade por meio da extensão; na internacionalização. A capacitação de servidores técnico-administrativos e docentes não pode estar descolada desses desafios, sendo uma necessidade institucional que, de alguma maneira, deve ser priorizada na relação de trabalho cotidiana com os servidores.

 

É importante pensar na formação continuada de docentes, principalmente daqueles em início de carreira e que estão em estágio probatório. Ninguém nasce sabendo ser professor de uma universidade.

 

A qualificação e capacitação é importante, inclusive, para reter esses quadros. Queremos ampliar a oferta dos cursos de capacitação que já temos, fazer uma grande revisão nos programas ofertados hoje, fortalecendo parcerias externas. A oferta de mestrado e doutorado pode ser melhorada e ter parcerias ampliadas. Por fim, temos que mobilizar os servidores para se capacitarem.

 

Assista também à íntegra da entrevista da UnBTV:

 

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