O grande fluxo de informações da atualidade tem benefícios, mas também pode facilitar a disseminação de inverdades. Atenta a isso, a Universidade de Brasília elaborou perguntas e respostas acerca do processo de retomada do calendário acadêmico, que foi suspenso em 23 de março, por conta da pandemia de covid-19.
É importante saber, por exemplo, que ainda não há data definida para as aulas voltarem, e que cautela e responsabilidade estarão como princípios de qualquer medida tomada pela Universidade. Leia as informações a seguir e fique tranquilo e bem informado!
Quando as aulas serão retomadas?
Ainda não há uma data para a retomada das atividades de ensino. O calendário acadêmico foi suspenso pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) – um dos três órgãos colegiados superiores da UnB – em 23 de março e está interrompido desde então.
Soube que as aulas iriam retornar em setembro. É verdade?
Não há previsão para a retomada, que só vai acontecer quando a instituição estiver pronta e após a decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). O comitê que está preparando a fase de recuperação da pandemia na UnB trabalha com prazos para a realização de etapas de preparo para a volta. Entretanto, tais prazos só passarão a contar quando a data estiver definida.
Como saberemos quando o calendário vai ser retomado? Quem decide isso?
A decisão sobre a volta às aulas compete ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), colegiado da UnB que delibera sobre o calendário acadêmico. Ou seja, não cabe à Reitoria decidir sobre o assunto.
O tema da retomada do calendário será, em momento oportuno, levado para a discussão pelo Cepe, que, então, tomará a decisão, por meio de votação. O Cepe é um dos três colegiados superiores da UnB e possui representantes de todos os institutos e faculdades e de estudantes (de graduação e de pós-graduação).
O que a UnB está fazendo para se preparar?
A administração instituiu, no início de maio, um comitê para estruturar a retomada das atividades acadêmicas. O Comitê de Coordenação de Acompanhamento das Ações de Recuperação (Ccar), presidido pelo vice-reitor, Enrique Huelva, trabalha para incorporar as diversas informações trazidas por áreas acadêmicas e administrativas a respeito de suas especificidades, para que o retorno das atividades ocorra de maneira ordenada.
O Ccar também está ouvindo estudantes, técnicos e docentes, por meio do diálogo com diretores, coordenadores, representantes do DCE, da ADUnB e do Sintfub, de centros acadêmicos e outras lideranças estudantis. As contribuições de todos estão sendo levadas em conta no plano de retomada.
As aulas serão presenciais? A distância?
O plano em discussão prevê uma etapa de retomada 100% remota e outras etapas parcialmente remotas (com atividades presenciais e a distância). O planejamento foi feito considerando as diferentes fases da pandemia do novo coronavírus e as recomendações das autoridades de saúde para a prevenção do contágio. A prioridade é garantir a saúde de todos os membros da comunidade acadêmica.
Desse modo, é provável que haja realização de atividades acadêmicas remotas por determinado período. Tal possibilidade não é o mesmo que educação a distância (modalidade de ensino com pedagogia própria), apenas uma forma de manter exercícios domiciliares por um prazo estabelecido.
Para isso tudo ser colocado em prática, porém, é preciso aprovação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), colegiado da UnB que decide sobre temas acadêmicos.
Como ficará a situação de quem não tem acesso à internet?
Essa é uma das principais preocupações da administração – tanto é que parte importante da retomada é a realização de pesquisa social com todos os membros da comunidade universitária, principalmente estudantes. Este levantamento vai dar uma noção mais real de quantas pessoas precisarão de apoio para a eventual realização de atividades domiciliares.
A retomada do calendário, quando ocorrer, será para todos, que precisam ter condições equânimes de acesso às ferramentas. A administração está em contato com a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), em busca de uma solução institucional de conectividade, que abarque todo o território nacional (cerca de 36% dos estudantes da UnB vêm de fora do Distrito Federal, por isso a atenção a este detalhe).
Só o CCAR está envolvido?
Não. O CCAR cuida da parte operacional do preparo para a retomada. Ou seja, faz o levantamento das diferentes realidades acadêmicas e articula ações de logística para deixar os campi preparados (mesmo que não haja atividades presenciais). Todo o trabalho, porém, é feito em diálogo constante com diretores de institutos e faculdades, representantes dos conselhos superiores e dos três segmentos que compõem a Universidade (estudantes, técnicos e docentes).
Por que tanta demora em retomar as atividades?
A pandemia exige de todos – indivíduos, sociedade e instituições – cautela e responsabilidade. O objetivo principal, neste momento, é salvar vidas. A UnB fará a retomada no momento adequado, com o cuidado exigido pela situação e sem prejudicar ninguém.
Importante lembrar que, mesmo com o calendário acadêmico suspenso, a Universidade não parou: estão em curso dezenas de projetos de combate à covid-19, atividades virtuais, acolhimento em saúde mental e tantas outras iniciativas. A UnB permanece viva, ativa e servindo à sociedade brasileira.
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