MAPEAMENTO

Até sexta-feira (19), mais de 50% dos professores já haviam respondido ao questionário. Prazo foi prorrogado até o dia 26

 

Docentes também devem responder à pesquisa social da UnB, que visa ajudar no planejamento de eventual retomada do semestre letivo. Arte: Secretaria de Comunicação da UnB

 

Dez minutos. Este é o tempo aproximado que um docente leva para responder à pesquisa social da Universidade de Brasília, que pretende identificar as condições deste grupo para desempenhar as atividades de maneira remota. A iniciativa integra levantamento com toda a comunidade universitária para planejar a fase de recuperação da pandemia de covid-19 e a retomada do calendário acadêmico, ainda sem data definida.

 

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Com 43 perguntas, o questionário específico para professores tem o objetivo de levantar informações socioeconômicas, demográficas, de saúde e sobre acesso e utilização de tecnologias de ensino e aprendizagem. Até o final da manhã de sexta-feira (19), cerca de 55% dos 2.818 docentes da UnB já haviam respondido à pesquisa, aplicada exclusivamente on-line. Entre os 48.045 estudantes de graduação e pós-graduação e os 3.171 técnicos administrativos da Universidade, as porcentagens de resposta eram de 40% e 30%, respectivamente, na mesma data.

 

De acordo com o diretor do Instituto de Ciência Política (Ipol/UnB) e coordenador do subcomitê de Pesquisa e Social do Comitê de Coordenação de Acompanhamento das Ações de Recuperação (CCAR), Lúcio Rennó, as taxas de resposta já são altas para uma pesquisa autoadministrada – em que a própria pessoa preenche o questionário on-line –, mas é importante buscar o máximo de retorno possível.

 

“Estamos tendo resposta bastante considerável da comunidade, isso precisa ser valorizado. Como é uma demanda da nossa Universidade e trata de uma temática importantíssima para pensarmos o futuro imediato da instituição, podemos trabalhar para melhorar ainda mais. O ideal é que a pesquisa tenha a maior representatividade possível. Vamos insistir para que as pessoas expressem suas vozes e nos digam como estão suas condições de trabalho para que a Universidade possa se organizar ainda melhor”, afirma.

 

No caso da avaliação entre docentes, as perguntas visam entender a experiência que eles possuem quanto ao uso de ferramentas remotas para a comunicação com os estudantes e a frequência de utilização delas.

 

“Queremos saber o quanto os professores conhecem das ferramentas de ensino remoto, como a plataforma Moodle Aprender e outras ferramentas de comunicação, a experiência que têm de preparo de material on-line, a frequência de participação em conferências na web e outras formas de reunião remota. Então, queremos avaliar o quanto nossa comunidade docente tem de experiência prática com a realização dessas atividades”, detalha o coordenador da pesquisa.

 

Lúcio Rennó ressalta que essas respostas são importantes, por exemplo, para que a Universidade consiga pensar em treinamento e capacitação adequados à realidade dos professores para o uso de tais ferramentas, identificar quais são as mais adotadas e quais delas as pessoas teriam mais facilidade de uso para aprimorar a comunicação com o aluno fora da sala de aula. Após a fase de campo da pesquisa, que será estendida até 26 de junho, o subcomitê responsável fará um relatório que auxiliará a gestão da UnB na tomada de decisões.

Levantamento auxiliará a identificar as necessidades dos docentes para a realização de atividades remotas. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

“O relatório vai ampliar a quantidade de informações que temos para a tomada de decisão, que depois será realizada de forma colegiada, como todas as decisões de relevância na UnB. Vai ajudar para que decidam os melhores caminhos, com o cuidado para não aprofundar a desigualdade. O lema é: não deixar ninguém para trás", ressalta Rennó.

 

“As iniciativas têm de levar em consideração acesso desigual à internet, condições de infraestrutura doméstica variadas, o que envolve acesso a equipamentos e a espaços adequados para trabalho remoto. Todos esses elementos foram considerados no questionário”, destaca o docente do Ipol à frente do estudo.

 

CONCEPÇÃO – A pesquisa social da UnB foi elaborada por seis professores do subcomitê de Pesquisa e Social do CCAR – dois do departamento de Estatística do Instituto de Ciências Exatas (Est/IE), um do departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia (PST/IP), dois do Instituto de Ciência Política (Ipol) e um da Faculdade de Direito (FD). Todos trabalham frequentemente com a elaboração de pesquisas e na aplicação de questionários.

 

O grupo foi montado com o intuito de rapidamente desenvolver esse instrumento de pesquisa para fornecer mais informações à Universidade nessa fase de planejamento das ações para retorno às atividades. Os questionários (para docentes, estudantes e técnicos administrativos) foram apresentados não só à administração superior da UnB, como também ao Conselho Universitário (Consuni), ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), ao Fórum Estudantil, à Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) e ao Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub).

 

“Os questionários receberam críticas e avaliações desses grupos antes de serem encaminhados, e também foram pré-testados com alunos, servidores e professores antes de ir a campo”, assegura Lúcio Rennó.

 

O vice-reitor Enrique Huelva, que preside o CCAR, afirma que o levantamento realizado neste primeiro momento fornece elementos para avaliar dois aspectos importantes. “Primeiro, a disposição da comunidade acadêmica da UnB para uma eventual retomada do semestre letivo. Segundo, o que deve ser feito pela administração superior para que a retomada seja realizada nas melhores condições possíveis”, declara.

 

PARTICIPAÇÃO – O convite para responder aos questionários foi enviado para o e-mail institucional dos públicos-alvo da pesquisa. Também é possível acessá-los pela página www.questionarios.unb.br. Dificuldades no acesso podem ser relatadas para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

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