De acordo com a avaliação World University Rankings by Subjects do Times Higher Education (THE), a Universidade de Brasília (UnB) é a terceira melhor universidade federal na área de Administração e Economia e a oitava quando comparada a todas as instituições de ensino superior brasileiras, públicas ou privadas. Em relação ao ranking anterior, a classificação representa um crescimento de quatro posições em nível nacional e de cinco entre federais.
A Universidade ainda avançou nas áreas de Engenharia – passando da 25ª posição para a 21ª de todo o Brasil, e da 18ª para 16ª entre federais – e na de Ciências da Vida – saindo do 28º lugar para o 20º entre brasileiras, e do 20º para 14º quando comparada somente às federais.
Já nas áreas de Artes e Humanidades, Saúde, Ciências da Computação, Educação, Direito, Ciências da Vida, Psicologia e Ciências Sociais, a UnB regrediu em comparação a outras universidades brasileiras, mas ainda manteve excelentes pontuações. A Universidade foi classificada entre as dez melhores federais em quase todos os campos de conhecimento, com exceção de Ciências da Computação, em 20º lugar.
Em nível mundial, a UnB manteve as posições na maioria das áreas, mas teve queda em Saúde, Engenharia, Ciências da Vida e Direito. A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, explica que as quedas são relacionadas ao desempenho da Universidade no ranking mundial geral da consultoria – o World University Rankings.
Para essa avaliação geral são utilizados 13 indicadores, divididos em cinco campos: Ensino, Pesquisa, Citações, Reconhecimento Internacional e Renda com a Indústria. O THE Subjects utiliza os mesmos indicadores, mas com pesos calibrados para cada área do conhecimento.
A edição 2023 do THE World University Rankings foi divulgada no início deste mês e a UnB teve uma queda de 32,86% na pontuação do indicador de Citações, o que explicaria a queda de posições em algumas áreas no THE Subjects. Apesar disso, a Universidade ainda foi classificada como a sétima melhor instituição federal e a 14ª melhor quando comparada a todas as universidades brasileiras, entre públicas e privadas.
A decana afirma que já estão sendo implementadas ações com o objetivo de aprimorar a excelência acadêmica da UnB. “Estamos apoiando nossos pesquisadores no financiamento de publicações científicas por meio de editais, no pagamento de bolsas a estudantes de pós-graduação, entre outras iniciativas. Vamos também orientar a nossa comunidade sobre a melhor forma de citar a UnB nos artigos científicos internacionais, recomendando também a padronização na forma de citação de nomes dos autores.”
Denise Imbroisi diz que os recentes cortes orçamentários também afetam esses campos. “Todas as áreas de pesquisa sofrem com corte de recursos, mas áreas com alta demanda de investimentos, principalmente aquelas que contam com laboratórios de grande porte, têm sido ainda mais impactadas pelos cortes na ciência, tecnologia e inovação. É um desafio gigantesco, mas continuaremos a priorizar os investimentos em nossas atividades-fim.”
A reitora Márcia Abrahão afirma que o reconhecimento de rankings como o THE é muito importante e demonstra o compromisso da Universidade de Brasília em se colocar com excelência no cenário internacional. “Infelizmente, com sucessivos cortes orçamentários e ataques às universidades públicas, tudo demanda muito mais esforço. Trabalhamos continuamente para ampliarmos o alcance e impacto das nossas ações, fortalecendo ainda mais o ensino, a pesquisa e a extensão de qualidade na UnB.”
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