Setenta estudantes de intercâmbio do Programa Estudante Convênio, o PEC-G, foram recebidos na UnB na última sexta (31), no auditório do Memorial Darcy Ribeiro, o Beijódromo. Organizada pelo Decanato de Ensino de Graduação (DEG), a recepção é uma oportunidade para os estudantes que estão ingressando receberem informações importantes sobre o programa, esclarecem possíveis dúvidas e conhecerem os principais serviços oferecidos pela Universidade.
Criado em 1965, o PEC-G oferece a estudantes estrangeiros de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos culturais e educacionais a oportunidade de cursar a graduação no Brasil. Atualmente, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores (MRE), 69 países participam do programa, com estudantes matriculados em mais de cem Instituições de Ensino Superior, incluindo a UnB.
“Aproveitem todas as oportunidades, a Universidade tem muito a oferecer a vocês, e vocês a essa Universidade”, disse o decano de Ensino de Graduação, Diêgo Madureira. “Como centro de excelência em ciência e referência acadêmica, cultural e artística, sabemos que não se chega a soluções para os problemas no Brasil e no mundo se não são ouvidas múltiplas experiências de diferentes lugares e contextos”, destacou.
As boas-vindas aos estudantes estrangeiros ocorrem semestralmente na UnB. Desta vez, o encontro trouxe mais informações sobre o funcionamento do programa e aspectos que precisam ser observados pelos estudantes durante o período do curso, como validade do visto, matrícula dentro do prazo na Instituição de Ensino Superior (IES) e necessidade de retorno ao país de origem para receber o diploma.
“Sem o visto, o estudante perde o direito de estar no país, e, sem a matrícula, é perdido o vínculo com a IES”, alertou Rafael Duarte, consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Ministério da Educação.
Para garantir a estadia dos discentes com segurança em saúde, os participantes têm acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). Outro benefício é a validação do diploma, oferecida ao final do programa de forma gratuita. “A única exigência é que o estudante tenha bom desempenho acadêmico e retorne ao seu país de origem para aplicar os conhecimentos adquiridos durante a graduação”, disse a coordenadora do PEC-G na Divisão de Cooperação Educacional do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Elisa Mendes.
O servidor Rogério Almeida, responsável pelo PEC-G na UnB, apresentou alguns serviços e avanços no acolhimento, como acesso dos estudantes a Restaurante Universitário (RU), auxílios socioeconômicos, vagas na Casa do Estudante Universitário (CEU), passe livre, e editais de equipamentos e tutoria. "Às vezes demorava seis meses e o aluno não conseguia utilizar o RU", lembrou. "Hoje estamos em outro patamar", comemorou. Segundo ele, um segundo encontro está previsto para falar com mais detalhes sobre os serviços oferecidos pela Universidade nos diferentes setores.
Também estiveram presentes o diretor de Acompanhamento e Integração, Acadêmica, Rafael Rocha; o coordenador de Orientação e Supervisão da Secretaria de Administração Acadêmica, Daniel Alves; o ex-aluno do programa e hoje professor da Faculdade UnB Planaltina Djiby Mane; o coordenador de Arte e Cultura da Diretoria de Esporte e Atividades Comunitárias (Deac), Marcus Vinícius Carneiro; o coordenador de Esporte e Lazer da Deac, Carlos Alberto Diniz; representantes da Associação de Estudantes do PEC-G na UnB; a coordenadora-geral de Assuntos Internacionais em Educação Superior do MEC, Jaqueline Schultz; e o diretor do Instituto Guimarães Rosa no MRE, Marco Antonio Nakata.
O angolano Lorenço Jamba Mphili (29) está no final do curso de Engenharia Eletrônica e considera que, neste semestre, mais explicações foram dadas sobre o funcionamento do programa, com esclarecimentos sobre os decretos e o processo seletivo. “Falaram mais sobre o diploma também, sobre a importância de retornar ao final do curso ao país de origem”, disse.
“Tenho muito interesse em pesquisa e na carreira acadêmica porque é uma forma de sair da rotina que a profissão exige e estar sempre conhecendo coisas novas”, contou. Lorenço acredita que há mais oportunidades nessa área no Brasil e, por isso, pensa em retornar após a formatura.
Paul Egyir (23) veio de Gana para estudar na UnB e hoje está no terceiro semestre de Odontologia. Ao chegar, começou a cursar Biologia e acabou mudando de curso. “Todos os assuntos abordados no encontro sempre nos ajudam. Eles nos escutam e, no final, os problemas são resolvidos”, disse.
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