A UnB reafirmou seu protagonismo na defesa do Cerrado ao participar da aprovação da Carta de Goiânia, documento que propõe a criação do Instituto Nacional do Cerrado. O encontro, realizado na Universidade Federal de Goiás (UFG), em 18 de dezembro, reuniu reitores, gestores e pesquisadores de instituições de ensino superior do bioma Cerrado.
A reitora da UnB, Rozana Naves, destacou a relevância da iniciativa: "A criação do Instituto Nacional do Cerrado está alinhada com a agenda de justiça socioambiental que buscamos promover. O encontro na UFG foi uma oportunidade singular para contribuirmos na construção desse projeto tão significativo. A UnB, com seu histórico de protagonismo nos estudos sobre o Cerrado e por meio do Centro UnB Cerrado, está preparada para agregar valor a essa iniciativa em rede."
O Instituto Nacional do Cerrado terá como missão articular a pesquisa científica e o conhecimento sobre o bioma, promovendo ações e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável, à preservação dos recursos hídricos, à produção de alimentos e à proteção das comunidades e povos tradicionais.
Além da aprovação da Carta de Goiânia, os participantes decidiram instituir um comitê para coordenar os próximos passos no processo de criação do Instituto e encaminhar a pauta à agenda do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. O objetivo é incluir a discussão na reunião do Conselho prevista para o início de 2025.
Ao lado da reitora da UnB, participou do evento o secretário de Meio Ambiente, Valdir Steinke, reforçando o apoio da Universidade às articulações. O evento também contou com contribuições virtuais de convidados, incluindo a professora da UnB Mercedes Bustamante, renomada pesquisadora do Cerrado, e lideranças científicas nacionais.
Desde agosto de 2023, a proposta de criação do Instituto vem sendo amplamente debatida sob liderança da UFG. Em março de 2024, reitores de 24 instituições situadas no bioma assinaram uma carta dirigida ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em resposta, a ministra do MCTI, Luciana Santos, comprometeu-se publicamente a apoiar a criação do Instituto Nacional do Cerrado.