Pela primeira vez, o Departamento de Matemática (MAT) da Universidade de Brasília organiza o Colóquio de Matemática da Região Centro-Oeste, o maior da área na localidade. Em sua sexta edição, o evento é realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e acontecerá entre os dias 17 e 21 de maio, com programação on-line. As inscrições são gratuitas e podem ser efetuadas até um dia antes do início do colóquio. Há atividades para profissionais da área e comunidade em geral.
A edição terá nove minicursos, que contemplarão as diferentes áreas da matemática; plenárias; palestras de divulgação matemática; sessões técnicas e de pôsteres; mesas-redondas; e atividades culturais. As palestras terão a participação dos professores Daniel Cordeiro, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e da licenciada em Matemática pela Universidade de São Paulo Júlia Jaccoud, que trabalha com divulgação matemática em seu canal no YouTube, o Matemaníaca.
Das mesas-redondas, uma terá como tema Mídias Sociais em prol da diversidade: realidade ou utopia?, em homenagem ao Dia das Mulheres na Matemática, celebrado em 12 de maio. A atividade terá como convidadas as professoras Lola Aronovich (Universidade Federal do Ceará), Camila Lainetti (Universidade de São Paulo) e Nadia Junqueira (Universidade Estadual de Campinas) e será mediada pela pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) Carolina Tokarski.
"Estamos muito felizes por organizar, pela primeira vez, o colóquio na Universidade de Brasília. É o maior evento nacional de matemática promovido na região Centro-Oeste. Estão todo(a)s convidado(a)s a participar e se inscrever em nosso evento", incentiva a participação a organizadora da edição e professora do MAT, Jaqueline Mesquita.
PANDEMIA EM DEBATE – Um dos destaques da programação é a sessão temática Matemática e Covid-19, que acontecerá nos dias 20 e 21 de maio, às 14h. "Para essa sessão, foram convidados pesquisadores que estão trabalhando de alguma forma com o tema", resume a coordenadora da atividade e docente do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), Dayse Pastore. A professora Jaqueline Mesquita acrescenta que a discussão de pesquisas matemáticas recentes sobre a pandemia trará "contribuições muito importantes para a comunidade".
A sessão será aberta pelo pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Sérgio Muniz Oliva, que trabalha com a dinâmica espacial da covid-19, utilizando dados anonimizados de mobilidade no Brasil, provenientes de celulares, para explorar alguns aspectos da pandemia. Ainda no dia 20, a pesquisadora Juliana Oliveira, da Fundação Oswaldo Cruz da Bahia (Fiocruz-BA), apresentará um modelo matemático que pode antecipar as necessidades de hospitalizações relacionadas à covid-19, além de ser usado como ferramenta para informar as ações públicas de mitigação da transmissão da doença.
Na sequência, dois pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Erlandson Ferreira Saraiva e Leandro Sauer, que trabalham juntos com os dados da covid-19 da Secretária de Saúde de Campo Grande, também abordarão o assunto da perspectiva matemática.
No dia 21, a pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Cláudia Sagastizábal mostrará diferentes modelos desenvolvidos para lidar com a dispersão geográfica da doença e a disponibilidade limitada de testes e vacinas. Representando a UnB, o pesquisador Tarcísio Rocha Filho também trará resultados de estimativas quanto à imunização contra covid-19 no país. "Ele usará dados reais para mostrar prognósticos com diferentes cenários de vacinação no Brasil, estados e algumas cidades", aponta Dayse.
Em seguida, a pesquisadora Cláudia Mazza Dias, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), analisará o impacto da grande pressão política para que medidas de bloqueio da mobilidade da população, mesmo que parciais, sejam suspensas e como isso influencia o declínio da pandemia.
A sessão será finalizada pela professora Cristiane Batistela, da USP, que vai apresentar modelo com estimativas de duração de picos relacionados à propagação da doença segundo dados de três grandes cidades do estado de São Paulo: a capital, Santos e Campinas. "O estudo realizado por ela revela que a imunidade temporária favorece uma segunda onda de infecção e depende do intervalo de tempo para que uma pessoa recuperada esteja suscetível novamente", detalha a coordenadora da sessão.
*Matéria atualizada em 10 de maio, para acréscimo de informações.
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