ANTROPOLOGIA

Projeto de divulgação científica está disponível para visitação no Museu Virtual de Ciência e Tecnologia da Universidade de Brasília

Registros do cotidiano dos Bororo e de seu ritual fúnebre estão presentes em exposição on-line de viés antropológico no Museu Virtual da UnB. Foto: Kim-Ir-Sen Pires Leal

 

Organizada por pesquisadores da UnB, a exposição virtual Funeral Bororo tem como elemento central a digitalização de uma coleção de fotos inédita e única no mundo, realizada pelo fotógrafo goiano Kim-Ir-Sen Pires Leal no início dos anos 1980: o registro completo da última realização de que se tem notícia do mais longo e significativo ritual fúnebre desse povo indígena do coração do país. Além de uma impressionante galeria de fotos, a mostra traz uma contextualização antropológica que ajuda o público a compreender melhor a riqueza da cultura indígena no Brasil.

>> Acesse aqui a exposição Funeral Bororo

“Para que a exposição virtual fosse viável, foi realizado um trabalho de engenharia de um dispositivo digital, sob a forma de um portal, onde é feita uma contextualização geral do povo Bororo: sua história, a evolução de sua ocupação do território do Centro-Oeste e, eventualmente, disponibilização de imagens fotográficas e vídeo gráficas dos Bororo na atualidade”, explica o professor da Faculdade de Educação da UnB e coordenador do projeto, Lúcio Teles.

A pesquisa científica que culminou na exposição chama-se Bororo Vive – Projeto de Divulgação Científica para o Museu Virtual de Ciência e Tecnologia da Universidade de Brasília e foi financiada com recursos da Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação do Distrito Federal (FAP-DF), em edital de 2016. O estudo foi realizado em duas dimensões diferentes: desenvolvimento dos aspectos geográficos, culturais, pesquisas antropológicas; fotografias dos cerimoniais, rituais e cotidiano da tribo.

Os índios Bororo são dotados de uma rica vida cerimonial, tendo os rituais uma forte presença na construção de sua identidade e cultura. Os ritos de passagem, eventos em que os indivíduos passam de uma categoria social a outra, têm especial lugar de destaque entre as cerimônias Bororo. Entre os principais estão a nominação, a iniciação e o funeral. Os índios dessa etnia habitavam toda a região Centro-Oeste do Brasil, mas atualmente estão confinados em reservas, especialmente no estado do Mato Grosso.

A finalidade de produzir uma exposição virtual é divulgar e compartilhar a cultura indígena brasileira com o público, especialmente com professores e estudantes, aumentando o potencial de divulgação científica aliada à tecnologia e à internet. Além do enfoque na área da fotografia, a mostra on-line também desperta interesse em outras áreas, como sociologia, história e geografia.

O professor Lúcio Teles lembra que, além da exposição sobre os Bororo, há outras disponíveis para visitação no acervo do Museu Virtual de Ciência e Tecnologia da UnB. “O museu virtual vem levando adiante sua missão de promover a ciência e a tecnologia junto ao grande público, nas mais diversas áreas do conhecimento. Essas exposições virtuais abordam temas dos campos da geografia, biologia, educação científica, educação patrimonial, astronomia, história, dentre outros”, destaca.

Saiba mais sobre outras exposições do Museu Virtual:
>> Antártica
>> Pelos caminhos de Darwin
>> Vida de inseto

 

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ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.