COVID-19

Carta destaca necessidade de agentes decisores ouvirem a comunidade científica

 

 

Um grupo de pesquisadores de diferentes instituições enviou na quarta-feira, 29, carta a todos os governadores do Brasil com alerta sobre a gravidade da crise da Covid-19. O documento, assinado por 18 cientistas, expressa a preocupação da comunidade científica com a pandemia no país.

 

A carta foi redigida após a realização da conferência Covid-19 – Modeling Infection Dynamics, um workshop internacional realizado pelo Instituto Internacional de Física (IIF) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Além dos cientistas brasileiros, pesquisadores da China, Israel e Espanha também participaram do evento realizado por conferências on-line.

Para Tarcísio da Rocha Filho, é fundamental que os governantes escutem a comunidade científica

 

De acordo com o professor Tarcísio da Rocha Filho do Instituto de Física (IF/UnB), um dos pontos centrais da carta é a necessidade de que especialistas da comunidade científica sejam ouvidos pelos governantes. 

 

“Essa conversa deve acontecer com vários especialistas, de várias áreas do conhecimento. Não é escolher uma única pessoa que vai fazer uma consultoria. É um conjunto de especialistas para traçar um panorama e dar alternativas de enfrentamento da pandemia. Isso é feito em outros países, como na França e nos Estados Unidos. Quem detém o conhecimento é que pode melhor aconselhar para que os agentes públicos possam tomar decisões corretas baseadas no melhor conhecimento científico”, defende.

 

Especificamente sobre a situação do Distrito Federal, Tarcísio defende que estamos muito longe de poder afrouxar as medidas de distanciamento social, e que o pico de contaminação pela Covid-19 se dará a partir do final de maio.

 

“Avalio que o pico da pandemia deve ocorrer daqui para o final do mês. O pico não é fixado, se você isolar mais ou menos, o pico vai se mover. A ideia é fazer crescer mais devagar porque se lotarmos os hospitais, mais pessoas vão morrer, seja de Covid-19 ou de outras doenças que precisam de leito hospitalar”, explica.

 

As experiências trazidas de outros países e os estudos realizados pelos cientistas brasileiros apontam também para algumas outras ações que apresentaram resultados positivos ao redor do mundo, como a melhoria do acesso a dados confiáveis sobre os casos no país e o recrutamento de novos profissionais de saúde. São medidas que buscam evitar que o Brasil se torne o próximo epicentro do novo coronavírus no mundo.

 

Leia a íntegra da carta.

 

*Com informações da UFRN

 

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