Tecnologia desenvolvida na UnB gera dados e mapa de deslocamento da pessoa testada positivamente para a doença

 

Projeto da UnB desenvolve aplicativo para mapear os contatos sociais de pessoas que testaram positivo para Covid-19. Imagem: Divulgação

 

O deslocamento da pessoa que testou positivo para a Covid-19 é um dos grandes desafios para o controle do contágio no novo coronavírus. Como identificar os locais e os indivíduos que entraram em contato com a pessoa contaminada? Essa é e será uma das questões mais sensíveis na contenção da doença e no desenvolvimento de protocolos de segurança, enquanto não houver medidas de imunização contra o Sars-Cov2.

 

Na UnB, professores, pesquisadores, estudantes e técnicos administrativos dos departamentos de Engenharia Elétrica (ENE/FT), Ciências da Computação (CIC) e da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) buscam uma solução para enfrentar esse problema desenvolvendo o aplicativo Coraticum, cujo nome significa “ação que vem do coração" e está na origem da palavra coragem.

Professor Renato Alves Borges (ENE/FT) é coordenador do projeto. Foto: Divulgação

   

“O principal objetivo do nosso projeto é prover uma ferramenta para melhorar a eficiência de estratégias de testagem da população, auxiliando na elaboração de políticas públicas para combate à Covid-19. Esses dados vão avaliar a eficácia de planejamentos para retomada das atividades em cenário pós-pandemia”, explica o professor e coordenador do projeto, Renato Alves Borges, também chefe do departamento de Engenharia Elétrica da UnB.

 

JANELA DE CONTÁGIO – O app executa o mapeamento dos contatos sociais de uma pessoa que testou positivo para a Covid-19. Baixado com o consentimento do paciente, o Coraticum gera dados para o desenho da chamada janela de contágio.

 

Esse mapeamento de contatos é apontado como uma das melhores abordagens para registrar possíveis interações sociais e fornecer às autoridades de saúde pública o controle central da situação. “Nesse sentido, o aplicativo Coraticum torna-se estratégico para subsidiar o poder público em suas tomadas de decisão”, observa o coordenador da pesquisa.

 

A arquitetura do Coraticum se baseia na interatividade de dados entre os celulares por meio de sinais bluetooth. O professor Renato Alves Borges destaca aspectos funcionais do Coraticum, a exemplo da simplicidade e da facilidade de uso, ressaltando que a necessidade de intervenção é mínima por parte do usuário. “A solução proposta é versátil, permitindo a integração de diferentes funcionalidades de acordo com a demanda dos profissionais da saúde”, frisa.

 

ESCOLAS PARTICULARES – Composta por oito pessoas – entre professores, técnicos e alunos da Universidade de Brasília –, a equipe de pesquisa mantém reuniões com parceiros externos das iniciativas privada e pública. O intuito é ampliar o alcance da solução proposta, melhorar o entendimento da evolução da pandemia, tanto no país quanto exterior, e compartilhar experiências e informações relevantes ao desenvolvimento do trabalho.

 

Integram a equipe: João Gondim (CIC/UnB), Daniel Café (ENE/UnB), Macelo Karam (STI/UnB), Rogério Sousa (STI/UnB), Marina Holanda (ENE/UnB), Flávio Silva (CIC/UnB) e Vinícius Modesto (ENE/UnB).

Em desenvolvimento por equipe de docentes, técnicos e estudantes da UnB, o aplicativo Coraticum gera dados para o desenho da chamada janela de contágio. Foto: Divulgação

 

“Estamos há dois meses trabalhando no Coraticum, com reuniões virtuais semanais para controle do andamento, testes preliminares, e realização de melhorias buscando sempre aumentar a eficácia do projeto”, conta Renato. 

 

O grupo está próximo de fechar o protótipo com todas as funcionalidades previstas e iniciar testes, inclusive em escala, para avaliar atributos como confiabilidade, eficiência e manutenibilidade. “A percepção até o momento é muito positiva, inclusive despertando o interesse da sociedade. Fomos recentemente contatados por uma empresa de consultoria interessada em usar o protótipo em produção em escolas particulares do DF”, comemora o coordenador da pesquisa.

 

COMBATE À COVID – Identificada em edital como “Covid-19 Tracker”, a pesquisa realizada pela equipe do professor Renato Alves Borges é um dos 115 projetos com foco no combate à Covid-19 aprovados em chamada pública realizada pelo Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI), pelo Decanato de Extensão (DEX) e pelo Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão de combate à Covid-19 (Copei) da Universidade de Brasília.

 

No final de abril, foi lançado um segundo edital, em fluxo contínuo, para selecionar outras propostas contra a pandemia e suas consequências.

 

>> Confira edital

 

Parceiros interessados em entrar em contato com o projeto podem enviar e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

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