Em março de 2021, o Parque Científico e Tecnológico da UnB (PCTec) completa três anos de atuação com status de órgão complementar da Universidade. Neste período, a unidade assinou parcerias com quatro das sete empresas que lá atuam hoje. O lançamento frequente de editais é uma das estratégias que ajudam a garantir que o órgão esteja de portas abertas para estabelecer cooperações que impactem positivamente a sociedade.
Entre os marcos dessa história, a professora da Faculdade UnB Planaltina (FUP) Renata Aquino, que dirigiu o Parque nos últimos três anos, destaca o avanço no posicionamento do PCTec como um espaço de inovação no Distrito Federal (DF).
“Nesse triênio, o Parque conseguiu posicionar-se, sobretudo no ecossistema de inovação no DF, e apresentar-se como instância na construção e consolidação dessa dimensão da inovação na Universidade, sendo parceiro do Decanato de Pesquisa e Inovação e do Núcleo de Inovação Tecnológica”, conta.
O PCTec já existia desde 2007. Em março de 2018, o Conselho Universitário (Consuni) elevou a posição da unidade à órgão complementar. Na prática, isso deu ao Parque a possibilidade de ampliar sua atuação, concorrendo a editais de fomento e financiamento em áreas de inovação.
“A gente percebe que, por sua visibilidade no ecossistema local e nacional, o PCTec tornou-se, de fato, uma instância conhecida, o que acaba atraindo o interesse dos alunos e dos professores para o Parque. Vai começar, agora, um novo ciclo, onde temos todas as estruturas estabelecidas”, completa.
Essa visibilidade confirma-se com a participação do órgão em eventos de inovação como a Campus Party e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, bem como nas parcerias realizadas com empresas do setor público e privado. O vínculo com empresas privadas possibilitou a realização de maratonas de inovação, os chamados hackathons.
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“Nós tivemos um protocolo de intenções assinado com o Banco do Brasil que hoje está resultando na proposta de um centro de pesquisa em inteligência artificial e tivemos também algumas parcerias interessantes com o setor produtivo. Então, empresas residentes como a Brasal, realizaram eventos, hackathons, e nos propuseram a estruturação de uma rodada de eventos de inovação”, conta Renata Aquino.
FUTURO – Empossado como diretor do PCTec no início de março, o professor da UnB Carlos Alberto Gurgel Veras aponta para um horizonte de ainda mais consolidação do Parque, reunindo os porta-vozes da inovação e com a atração de investidores.
Os planos futuros caminham para estabelecer o órgão como um instrumento que permita unir os públicos estratégicos típicos de um parque tecnológico: pesquisadores, cientistas e empresas fundamentalmente de base tecnológica que tenham afinidade com as iniciativas conduzidas na Universidade de Brasília.
"Hoje, o Parque tem uma estrutura administrativa, um plano diretor, tem as suas atribuições muito bem definidas. Agora, nós vamos entrar numa fase de aumentar a permeabilidade, não só internamente, mas ao atrair investidores e empresas para residirem no Parque, e com isso, facilitar esse processo de inovação”, vislumbra.
O fortalecimento da reputação do PCTec no meio de inovação rendeu boas parcerias. Recentemente, o Parque assinou acordos com Banco do Brasil, Fundação Certi e Ordem dos Economistas do Brasil.
PANDEMIA – Durante a pandemia do novo coronavírus, as atividades do PCTec tiveram que se remodelar, mas não pararam. No ano passado, o Parque promoveu a maratona de inovação Covidas, um evento voltado para o desenvolvimento de soluções para a retomada das atividades universitárias no contexto da pandemia da covid-19.
Também passou a abrigar a Sala de Situação (SDS) da UnB, que atua no monitoramento, na análise e na definição de ações em saúde junto aos estudantes e gestores em saúde, para a tomada de decisão durante a atual crise sanitária.
“A parceria foi estruturada com a Faculdade de Ciências da Saúde e a Fiocruz. Isso permitiu que o Parque abrigasse uma sala de situação para a covid-19. Estamos trabalhando para manter esse ambiente operacional, dando o que for possível para que esse grupo possa atender a essas demandas cada vez mais emergenciais da covid-19”, conclui Carlos Gurgel.
MARATONA – Dando continuidade ao cenário de inovação, acontece, em abril, uma nova edição de hackathon promovida pelo PCTec em parceria com o Instituto de Letras (IL) da UnB. O evento é voltado para o desenvolvimento de soluções com foco na superação das barreiras de comunicação linguística para imigrantes, indígenas e surdos no acesso às demandas cotidianas e às políticas públicas no contexto da pandemia.
Os participantes devem desenvolver um aplicativo para que esse público possa ter acesso a uma mediação linguística na comunicação com agentes públicos. As inscrições estão abertas até 31 de março e podem ser feitas em grupo ou individualmente. O prêmio para a equipe vencedora é de R$ 5 mil.
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