Promover um momento de integração da comunidade da Universidade de Brasília neste período de isolamento social devido à pandemia da covid-19. Essa foi a proposta da terceira edição do sarau do projeto Pontos e Encontros, organizado por parceria entre Decanato de Assuntos Comunitários (DAC), Decanato de Extensão (DEX) e Cerimonial (Ceri). O evento reuniu artistas da música e da poesia na manhã de sexta-feira (10). A atividade ocorreu de forma remota, com transmissão pelo canal da UnBTV no YouTube.
A reitora Márcia Abrahão prestigiou a programação. Ao saudar os artistas e o público que acompanhava o sarau pela internet, ela lamentou a morte de tantos brasileiros por causa da pandemia da covid-19. “É um momento muito difícil pelo qual passamos. Quero dizer que a Universidade de Brasília tem trabalhado fortemente para reduzir essa situação dramática pela qual passa a sociedade brasileira e a humanidade. Estamos avançando da forma que é possível.”
Durante a sessão virtual, servidores técnico-administrativos puderam aproveitar as atrações culturais e compartilhar depoimentos sobre as rotinas de trabalho neste período de pandemia. Entre os desafios, os técnicos abordaram a conciliação das atividades pessoais e domésticas com o trabalho.
ATRAÇÕES – O grupo Hallana e os Candangos abriu esta edição do sarau com as músicas Taj Mahal, de Jorge Ben Jor, e Olhos Coloridos, de Sandra de Sá. Hallana Moreira é estudante de Jornalismo e iniciou seus estudos de canto aos nove anos de idade, na Escola de Música de Brasília. A artista cresceu sob influência do soul, jazz e blues.
Para celebrar sua ancestralidade, inclui no repertório o samba e a música popular brasileira. Hallana estava acompanhada dos músicos e estudantes da UnB Misael Magalhães, do Departamento de Música, e Victor Hugo, do curso de Serviço Social.
O grupo também encantou a audiência com músicas de Nina Sinome (Feeling good), Milton Nascimento (Maria Maria), Linniker e os Caramelows (Tua), Alcione (Não deixe o samba morrer) e Adoniram Barbosa (Trem das onze). Para finalizar a sessão, Hallana cantou Como nossos pais, composição de Belchior, eternizada na voz de Elis Regina.
Além de apresentações musicais, o sarau contou com momento poético partilhado por Renes Costa, servidora técnico-administrativa da Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC). Renes recita poesias desde pequena e sempre declamava na igreja e na escola, fosse em peças teatrais ou em trabalhos escolares.
Apaixonada por Carlos Drumond de Andrade e Cecília Meireles, a servidora começou a recitar poesias espontaneamente para os colegas no trabalho, o que a levou ao Pontos e Encontros para compartilhar seu talento com toda a Universidade.
Renes apresentou o poema Canção dos Tamanquinhos, de Cecília Meireles, que aborda questões do cotidiano. “Ele me lembra os momentos que vivenciei ao ver todos os dias minha mãe sair para trabalhar”, destaca a poetisa. Ela também recitou texto de Cora Coralina chamado Saber Viver, para reverenciar o cotidiano das mulheres.
*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB
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