Mais de 70 docentes da UnB foram premiados na última quinta-feira (8) no tradicional evento Parceiro da Imprensa. Trinta e cinco deles receberam troféus por sua destacada atuação. Em sua 12ª edição, a premiação, promovida pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Universidade, foi retomada em 2022 após três anos de interrupção.
O Parceiro da Imprensa é o momento em que pesquisadores de quatro grandes áreas (Exatas e Engenharias, Humanidades, Saúde e Vida e Meio Ambiente) são premiados por ajudarem a divulgar, em parceria com diferentes veículos de comunicação, o que é produzido na academia à sociedade brasileira. Pesquisadores que mais ajudaram a informar sobre temas relacionados à covid-19 e ao combate à pandemia também foram homenageados este ano em uma categoria especial.
“Essa é uma noite especial para a Universidade de Brasília porque, a despeito das adversidades que persistem, celebramos, de um lado, vitórias da ciência, das artes e da cultura e, de outro, reafirmamos o direito à informação, os princípios da comunicação pública e da democracia”, disse a secretária de Comunicação, Mônica Nogueira.
“É sobre isso o prêmio Parceiro da Imprensa, uma iniciativa da Secretaria de Comunicação para expressar o nosso reconhecimento e valorização do trabalho de excelência realizado por vocês, pesquisadores da Universidade, no atendimento à imprensa; vocês que nos últimos anos difundiram o conhecimento científico, contribuíram com o debate público, combateram a desinformação e promoveram a conscientização e mobilização da sociedade em torno de temas e ações relevantes para o bem comum”, apontou.
“A gente fica muito feliz em apoiar esse evento nos 60 anos da UnB e 30 anos da Finatec”, disse a diretora da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), Renata Aquino.
“É uma honra estar aqui hoje representando a UnB”, disse o vice-reitor Enrique Huelva. “Esse evento não seria possível sem a parceria da Finatec e o trabalho incansável da Secom, Ascom e UnBTV, ou seja, de todos os profissionais que atuam diuturnamente para que a comunicação aconteça da melhor forma possível na nossa instituição e da instituição para fora”, destacou.
Premiado na categoria Humanidades, o professor da Faculdade de Direito Welliton Caixeta reconhece a importância da divulgação científica para que o conhecimento produzido por pesquisadores extrapole os muros da Universidade. “Estou em Brasília há quase 20 anos e, desde que cheguei na UnB, me engajei em pesquisa. Foram 18 projetos em várias áreas, como antropologia, direito, sociologia e criminologia. A pesquisa sem publicidade é inócua. Estamos em uma instituição pública, gratuita, de qualidade e internacional, e é nossa obrigação enquanto pesquisadores dar essa devolutiva à sociedade brasileira. Por isso, o pouco que posso tento ajudar a UnB a cumprir a sua função ética e social, que envolve também traduzir para os cidadãos o conhecimento científico, que nem sempre está em uma linguagem acessível. Um prêmio como esse que engaja outros pesquisadores a compartilharem o seu conhecimento precisa ser enaltecido. O conhecimento tem que transcender muros”, mencionou o docente, cujos contatos com a imprensa também foram feitos como integrante do Núcleo de Estudos sobre Violência e Segurança do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Nevis/Ceam) e do Grupo Candango de Criminologia (GCCrim/FD).
Já Wildo Navegantes, da Faculdade UnB Ceilândia, esteve entre os pesquisadores que mais levaram informação à sociedade sobre a covid-19. Ele ressalta o incentivo do prêmio para que docentes sigam visibilizando a ciência junto à mídia. “Falar com a imprensa é uma devolutiva do servidor público do investimento que é feito na Universidade. Atuo na área de doenças infecciosas. No meu caso, fui muito abordado sobre a pandemia e busquei passar a informação correta à luz da ciência e tranquilizar a sociedade. A premiação para mim foi uma surpresa e, ao mesmo tempo, é um reconhecimento de vários momentos em que tivemos que prestar informação em diferentes níveis. Isso nos incentiva a continuar comunicando, no meu caso, sobre questões de saúde.”
Contemplada na mesma categoria, Larissa Polejack, professora do Instituto de Psicologia e diretora de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária, vê a imprensa como aliada das universidades na popularização do conhecimento científico. “A imprensa é uma parceira incrível porque é uma forma de a gente se aproximar da comunidade em geral. Às vezes as ações ficam muito fechadas na Universidade e a imprensa nos ajuda a transpor barreiras. Principalmente durante a pandemia de covid-19, a imprensa nos ajudou não só na divulgação das informações e ações realizadas na Universidade, mas também participou conosco do movimento cartas solidárias, em que cartas da comunidade universitária foram levadas aos profissionais que atuavam na linha de frente. É muito importante que a gente mantenha essa parceria e divulgue tudo o que a gente faz. A premiação foi uma surpresa. A gente vai atendendo as demandas justamente por acreditar nessa parceria e uma premiação como essa aquece o coração.”
Confira registros da solenidade:
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