GESTÃO

Técnicos da Secretaria de Infraestrutura falaram sobre desejo de reestruturação interna e possível fusão com a área de manutenção da Universidade

Reitora Márcia Abrahão segue com rodas de conversa com diversos setores da Universidade. Durante a pandemia do novo coronavírus, os encontros têm sido realizados por meio de conferências on-line. Desta vez, a reunião foi com a Secretaria de Infraestrutura (Infra). Imagem: Reprodução

 

Reestruturação interna, aquisição de softwares e vantagens e desafios de uma possível fusão com a área responsável pelos serviços de manutenção da Universidade de Brasília foram alguns dos assuntos debatidos durante conversa dos técnicos da Secretaria de Infraestrutura (Infra) com a reitora Márcia Abrahão. O diálogo foi realizado por meio de uma plataforma virtual na última quarta-feira (3).

 

Bruno Guimarães, diretor do Centro de Planejamento Oscar Niemeyer (Ceplan, que integra a Infra), pediu que a estrutura da secretaria passasse a ser mais "verticalizada". "Somos 45 servidores, mas apenas dois diretores e uma secretária. Essa estrutura, muito horizontal, traz desafios em termos de acompanhamento da atuação dos técnicos e do andamento dos processos", relatou.

 

Opinião semelhante foi compartilhada por outros presentes, como a arquiteta Natália Cabral, também do Ceplan. "Existem coordenações dentro das diretorias no SEI, mas não há coordenadores. Não queremos criar novas estruturas, mas regulamentar o que já existe para que possamos trabalhar melhor e nos resguardar como profissionais", disse. A secretária de Infraestrutura, Helena Zanella, não pôde participar do diálogo por motivos pessoais e foi representada pelo diretor do Ceplan e pelo diretor de Obras, Augusto César Dias.

 

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A reitora sugeriu que os técnicos elaborassem proposta de reorganização interna, a exemplo do que já fizeram outros setores da Universidade. "Esse passo depende muito de vocês. Infelizmente, contudo, não temos funções gratificadas disponíveis. Talvez uma reorganização interna ou o uso de FGs 2 possa ajudar", comentou. O decano de Gestão de Pessoas, Carlos Mota, acrescentou que a instituição renova com frequência pedidos por mais FGs ao Ministério da Educação, "assim como por mais vagas de técnicos".

 

A gestora da UnB também lembrou a reestruturação feita na área de obras e infraestrutura da Universidade nos últimos três anos. "Nós criamos a Infra, em 2017. Antes, o Ceplan e a Diretoria de Obras eram órgãos independentes, vinculados ao Decanato de Administração", recordou. "Essa foi uma decisão muito acertada. Como passamos a estar mais próximos fisicamente, os fiscais nos enriquecem com informações. Com isso, conseguimos planejar algo mais 'amarrado', facilitando a execução dos projetos", opinou a arquiteta Clarissa Belle Cerqueira.

 

INTEGRAÇÃO – A conversa também avançou um tema sensível: a possível fusão entre a Infra e o setor responsável pela manutenção da Universidade, hoje abrigado na Prefeitura da UnB (PRC). "Quanto mais próximos estivermos, melhor será o fluxo dos nossos processos", defendeu o arquiteto Danilo Vieira de Carvalho. "Seria um ganho incrível para todas as áreas, mas a discussão se esvaiu", completou Natália Cabral.

 

O assunto foi pautado pela Administração em 2017, mas não houve avanços. "Pedi, à época, para PRC e Infra pensarem sobre isso, porque não gosto de impor as coisas. Mas o que conseguimos foi um termo de corresponsabilização das duas áreas [que estabelece quais são as atribuições de cada uma]", contou a reitora. "Sou totalmente favorável à fusão, mas essa proposta precisa amadurecer nos setores, caso contrário, não vai funcionar", destacou.

 

Representantes da PRC que estavam presentes no diálogo ficaram entusiasmados com a ideia. "Já venho dizendo ao prefeito que precisamos repensar o fato de termos muitos engenheiros distribuídos", disse João Victor Cavalcante Barros. A diretora de Administração da Prefeitura, Ana Cristina Silva, lembrou que a forma de contratação de mão de obra mudou no ano passado e o novo modelo, baseado em demanda, pode facilitar a fusão entre as áreas, embora classifique o tema como "complexo".

 

SOFTWARES – Outra questão debatida no diálogo com a reitora foi a aquisição de softwares para os técnicos da Infra. "Há uma demanda reprimida de atualização de ferramentas de trabalho. Até agora, os recursos necessários não puderam ser assumidos pela matriz orçamentária da Infra", explicou o diretor de Obras, Augusto César Dias. A reitora se surpreendeu com a informação e pediu para os gestores recuperarem os processos, de modo a dar andamento às aquisições.

 

Presente na conversa, a diretora de Inovação do Decanato de Pesquisa e Inovação, Claudia Amorim, comentou que a Infra "pode e deve fomentar parcerias de trabalho com institutos e faculdades, para que sejam articuladas maneiras de qualificar seus técnicos através de participação em experiências inovadoras". Recentemente, parceria entre o Instituto de Geociências, as faculdades de Tecnologia e Arquitetura e Urbanismo e a secretaria resultou na concessão de prêmio nacional para construção de um edifício eficiente no campus Darcy Ribeiro.

 

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