O Instituto de Ciências Exatas (IE) recebeu, na última sexta-feira (20), a visita da reitora Márcia Abrahão e da equipe de decanos e gestores. Na reunião, docentes da unidade apresentaram demandas variadas como de infraestrutura, integração entre os cursos e solução para as festas organizadas por estudantes nas dependências do Instituto Central de Ciências (ICC).
O diretor do instituto, Ricardo Ruviaro, deu início ao encontro com uma apresentação em que evidenciou recentes atuações do IE. Entre os pontos de destaque, os indicadores acadêmicos alcançados pelo instituto e a inauguração do novo site, feito totalmente por servidores da unidade, Ruviaro ressaltou, ainda, o sucesso do Projeto Elos, um programa de aprendizagem e acompanhamento continuado que tem por finalidade a orientação guiada em disciplinas específicas, avaliadas historicamente como mais dificultosas.
“Nós do IE, além de prezarmos pela qualificação de nossos docentes e discentes, temos grande preocupação com a excelência e o cuidado para com essa academia, por isso, acredito que este encontro é muito importante”, disse Ruviaro.
A reitora afirmou que as visitas são oportunidades essenciais para estreitar laços entre a comunidade acadêmica e a administração superior, tornando a relação mais igualitária e democrática. “Esses encontros são importantes para que todos entendam que somos colegas. Hoje estamos ocupando a administração, mas em algum momento voltaremos para nossa unidade e outros assumirão este cargo. Sabemos que ainda temos muitos desafios no IE. Queremos escutar o que vocês têm a dizer.”
De modo enfático, os docentes pediram solução para as festas realizadas por estudantes no Instituto Central de Ciências (ICC), que atrapalham bastante o andamento das aulas, especialmente no turno da noite. A reitora reiterou que a função da UnB é fazer ensino, pesquisa e extensão. "Temos de atuar de forma conjunta para que essas atividades-fim não sejam prejudicadas, mas priorizadas", frisou.
Uma das dificuldades levantadas pelos docentes durante a visita foi com infraestrutura e segurança. Segundo a equipe da unidade, o laboratório de informática (módulo 19) é utilizado em cursos noturnos e, após as 20h30, encontra-se sem vigilância. A infiltração em alguns laboratórios também foi mencionada.
Matheus Gabriel, estudante de Ciência da Computação e presidente da Atlética Aplicada, defendeu a necessidade de integrar mais os estudantes e docentes do instituto, que possui seis cursos. Para isso, sugeriu a criação de uma iniciativa de recepção de calouros que ofereça imersão e unificação dos cursos do IE.
Professores também demonstraram preocupação com o rendimento dos estudantes pós-pandemia. “As atividades pedagógicas foram muito afetadas. Tanto para quem ingressa agora, quanto para quem já é veterano. Queremos o apoio da administração para encarar isso de frente”, solicitou o professor da Matemática Mauro Patrão.
A comunidade do IE também manifestou a necessidade de mais bolsas para a pós-graduação. A reitora afirmou que esse tem sido um empenho da gestão. “Temos feito esforços para conseguir emendas parlamentares que seriam direcionadas para o incentivo à pesquisa. Foi assim que conseguimos mais bolsas em 2022.”
Além disso, foi reforçada a necessidade de ampliar o investimento em internacionalização e a oferta de bolsas para estudantes estrangeiros por parte dos programas de pós-graduação.
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