Enquanto muitos países experimentam uma segunda onda de contaminações oriundas de retomadas de atividades precoces, o Brasil ainda patina sobre uma estabilidade preocupante do número médio de óbitos. No Distrito Federal, onde as políticas públicas começam a se alinhar com as do Governo Federal, o número de casos e mortes tem feito uma escalada preocupante.
Nesta 12ª edição do Boletim Coes, produzido pelo Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19 (Coes) da UnB, foram abordados os fatores que influenciam diretamente ou indiretamente o aumento ou estabilidade dos gráficos. Foi destaque a fragilização das medidas contra a pandemia no país. A deficiência do poder público em abordar o combate à covid-19 de forma mais agressiva é apontada pela baixa testagem; comunicação ineficiente; ausência de políticas de estimativa da magnitude da doença; baixa capacidade de rastreamento de indivíduos contaminados, entre outros problemas.
>> Confira a íntegra da 12ª edição do Boletim Coes
Chamou atenção, também, a crescente desvalorização dos profissionais da chamada “linha de frente” do combate à pandemia. São médicos, enfermeiros, assistentes sociais, gestores, equipe de higiene, entre outros, que estão expostos e atuando em ritmo de exaustão neste quarto mês de pandemia no Brasil.
O material traz ainda gráficos que relacionam os decretos do poder público e o comportamento da curva de expansão da doença, o que reforçou o descompasso entre o real fluxo da doença e as decisões de enfrentamento ao Sars-CoV2. O documento aponta para o alto risco de contaminação no DF, observando que não há perspectiva de melhora no cenário de médio prazo. Portanto, continua recomendado o uso de máscara, manutenção do distanciamento social e, por parte dos dispositivos governamentais, garantia de insumos, infraestrutura e áreas essenciais para o tratamento da covid-19.
Para o reitor em exercício e presidente do Coes Ileno Izídio, “a batalha de informações ou narrativas equivocadas está gerando confusão e não adesão às medidas essenciais de combate à covid-19, recomendadas pelos especialistas e pesquisadores. Neste momento de incertezas e explorações políticas equivocadas da saúde e do sofrimento das pessoas, somente a ciência e as pesquisas devem nortear as ações e estratégias. Caso contrário, continuaremos vivenciando esta tragédia de inúmeras mortes diárias".
O boletim trouxe também dados sobre os integrantes da comunidade acadêmica no exterior, com informações da Secretaria de Assuntos Internacionais (INT), que acompanha 134 docentes, técnicos e discentes espalhados em 22 países.
Além dos Estados Unidos, são notáveis os casos de óbito em México, Chile e África do Sul – ainda abaixo da média móvel de mortes registrada no Brasil.
A publicação deu destaque para o projeto UnB Solidária nos Hospitais, realizado em parceria com o Hospital Universitário de Brasília (HUB/UnB/Ebserh) e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), que forneceu 15 tablets para garantir a comunicação entre pacientes e familiares. Até agora, seis tablets foram encaminhados ao HUB, e oito, à Gerência de Serviço de Psicologia da SES-DF.
MANUTENÇÃO – A coordenação de Administração Predial (CAP/PRC/Dirad) informou que no último dia 22 de julho foi iniciada a segunda fase de manutenção de banheiros, que abrange agora aqueles que ainda não tinham sido alvo das intervenções. Além disso, banheiros dos prédios da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (FACE) e dos institutos de Ciência Política (IPOL) e de Relações Internacionais (IREL) foram devidamente vistoriados.
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