O Brasil vem mostrando uma desaceleração no número de mortes por covid-19. Na última semana, a média móvel de novas mortes no país nos últimos 7 dias variou menos 12% comparada a dados das últimas 12 semanas. No entanto, ainda há muito a ser feito quanto ao combate à pandemia: mais de 3,9 milhões de brasileiros foram infectados pela doença, e o país perdeu mais de 121 mil pessoas para o vírus.
A edição de número 16 do Boletim Coes, do Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19 (Coes) da UnB, abordou o comportamento do vírus no Brasil e no mundo nos últimos dias.
>> Confira íntegra da 16ª edição do Boletim Coes
COVID-19 NO BRASIL – O Brasil vem acompanhando uma queda na média móvel de mortes nos últimos 7 dias: são menos 12% em relação aos levantamentos dos últimos 14 dias. Isso vem se refletindo também no número de mortes diárias no país. Na última segunda-feira (31), o Brasil registrou 619 óbitos em 24 horas, o menor índice desde 20 de maio. Apenas quatro estados apresentam alta de mortes (Rio de Janeiro, Amapá, Rondônia e Tocantins), 9 estados estão em estabilidade e 13 estados e DF apresentam queda.
Apesar de os números apontarem que a transmissão do novo coronavírus no Brasil pode estar, de fato, desacelerando, é importante observar os dados com cautela e manter as medidas de distanciamento social recomendadas pelos especialistas.
COVID-19 NO MUNDO – O mundo alcançou a marca de 25 milhões de casos no último dia 30 de agosto. Brasil e Estados Unidos correspondem a quatro de dez infecções em todo o planeta. Os estadunidenses atingiram o número de 6 milhões de infectados e mais de 183 mil mortos; da mesma forma que o Brasil, lá, o número de casos caiu nas últimas semanas, mas a doença segue fora de controle. No México, a covid-19 já matou mais de 62 mil pessoas; e o Canadá segue controlando a pandemia no país.
Na América do Sul, o caso do Peru tem chamado a atenção negativamente: o país andino tem a maior taxa de mortalidade por covid-19 no mundo, com 87,53 óbitos para cada 100 mil habitantes. Em números totais, o Peru perdeu mais de 28 mil pessoas, com 621 mil infectados. A Argentina, após aumento de casos, manteve as medidas de confinamento.
Na Europa, o temor de uma segunda onda de infecções permanece: Espanha, Bélgica, Países Baixos e França apresentaram aumento de casos; Alemanha e Reino Unido também identificaram um leve aumento, mas seguem com taxas mais baixas em relação a seus vizinhos. A Rússia superou a marca de 1 milhão de casos de covid-19, com mais de 17 mil mortes. O país pretende iniciar a distribuição da sua vacina no mês de setembro.
Na Ásia, o caso da Índia segue como motivo de muita preocupação, sendo o país com maior crescimento de casos: são 3,5 milhões de infectados e mais de 62 mil mortos. Mesmo com esse cenário, o governo local diminuiu as restrições de confinamento. Na China, os números seguem relativamente controlados: Wuhan, cidade origem da pandemia, reabriu as escolas. Os números seguem em queda no Japão e na Coreia do Sul.
Na África, o pior pode ter passado: segundo a OMS, o continente já pode ter superado o pico de contaminação; no entanto, o órgão afirmou que o relaxamento das medidas de confinamento podem ocasionar uma segunda onda de contaminação. A Namíbia, contudo, está na contramão, apresentando aumento no número de casos. A vizinha África do Sul corresponde à metade das infecções pelo novo coronavírus em todo o continente.
Na Oceania, a cidade de Auckland, na Nova Zelândia, segue em confinamento após o surgimento de novos casos no início de agosto; antes, o país havia conseguido ficar 102 dias sem transmissão do vírus. A Austrália registrou 41 mortes em 31 de agosto, o maior número de óbitos diários desde o início da pandemia no país: os esforços são para evitar uma segunda onda do vírus por lá.
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