A 496ª reunião do Conselho Universitário (Consuni) da Universidade de Brasília aprovou, por aclamação, proposta de concessão do título de Doutor Honoris Causa ao professor Antonio Ibañez Ruiz. O colegiado também votou nova composição prevista no regimento da Câmara de Direitos Humanos. A reunião foi realizada na última sexta (16), no Auditório Augusto Boal da Faculdade UnB Planaltina (FUP).
A reitora da UnB, Márcia Abrahão, destacou a importância de descentralizar as reuniões do Consuni, o órgão colegiado máximo da Universidade. “Para além de realizar mais uma reunião presencial do Conselho Universitário, estarmos aqui em Planaltina significa estarmos mais próximos da comunidade acadêmica de todos os campi”, disse. “Estar a par das necessidades de cada campus, de cada unidade acadêmica, é um dos nortes da nossa gestão e tem inspiração em princípios que Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira nos deixaram: Universidade para quê? Se for para poucos, não é universidade de Brasília. A UnB é para todos”, completou.
Antônio Ibañez Ruiz, professor aposentado da Universidade de Brasília desde 2013, ingressou na UnB como docente do Departamento de Engenharia Mecânica em 1967. Foi reitor da Universidade entre 1989 e 1993. Foi secretário de Educação do Governo do Distrito Federal, integrou o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e foi secretário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec-MEC). Em 2005, foi nomeado para o Conselho Nacional de Educação (CNE).
O processo de concessão da outorga apresenta uma lista de 112 professores da ativa e aposentados que expressam apoio ao professor Ibañez, além de nove despachos favoráveis à solicitação, das seguintes unidades: Instituto de Psicologia, Instituto de Ciências Sociais, Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas, Instituto de Artes, Instituto de Física, Faculdade de Educação, Faculdade de Medicina, Faculdade UnB Ceilândia e FUP.
DIREITOS HUMANOS – Na mesma reunião do Consuni, também foi aprovada nova composição prevista no regimento da Câmara de Direitos Humanos, que passa a contar com representação da Secretaria de Direitos Humanos da UnB no lugar de representante da antiga Diretoria da Diversidade. A secretária de Direitos Humanos, Deborah Silva Santos, professora da Faculdade de Ciência da Informação, assumiu a pasta em junho deste ano.
Em maio de 2022, a UnB instalou a Câmara de Direitos Humanos (CDH), órgão consultivo sobre o tema. Em junho, foi criada a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da UnB, ligada ao gabinete da Reitoria. A iniciativa pioneira tem compromisso com a diversidade da comunidade acadêmica e a missão de conscientizar, promover e garantir o cumprimento da Política de Direitos Humanos da Universidade.
OUVIDORIA – A ouvidora da UnB, Maria Ivoneide de Lima Brito, apresentou relatório sobre a atuação do órgão no ano passado, quando foram registradas 468 manifestações. Há dez anos, aponta o relatório, eram 155 registros. Além de ampliar o alcance do órgão, o tempo de resposta tem sido bastante eficiente: em vez dos 60 dias permitidos por lei, a média das respostas tem sido de menos de dez dias.
“Nós servimos ao público e o fazemos com muito comprometimento. Isso não se dá com ações de pessoas isoladas”, destacou Maria Ivoneide. “Uma andorinha só não faz verão, mas todos nós, buscando voos melhores e maiores, mas sobretudo com os pés no chão, dentro da realidade possível, procuramos construir a utopia velada que não é a dos prédios, como diz o Darcy, mas é a do nosso dia a dia da universidade concreta, que é a universidade da periferia que se concretiza na FUP, que se concretiza na UnB como um todo.”
Confira a 496ª reunião do Consuni:
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