Tendo em vista o atual contexto da Universidade, marcado pelo enfrentamento à covid-19, foi lançada a edição 64 da Revista Humanidades, uma publicação da Editora UnB (EDU). Com o tema Brasil Pandêmico: O espanto e a dor diante da Covid-19, a edição traz relatos de brasileiros a partir do cenário atual.
>> Confira aqui a íntegra da edição 64 da Revista Humanidades
“A ideia de fazer um número sobre a covid-19 e suas consequências foi-nos imposta pelo momento. De fato, a pandemia invadiu e tomou conta de todos, literalmente todos, os aspectos de nossas vidas, da vida doméstica à universitária, do trabalho ao lazer. Tudo foi impactado. Não dava para deixar passar sem comentar”, destacou Germana Henriques, diretora da EDU.
Segundo Inês Ulhôa, editora do periódico, as páginas da Revista Humanidades enriquecem o debate relacionado a questões emergentes. Para ela, a edição especial exalta os anseios, dores e surpresas que cercam tudo o que envolve o Sars-Cov-2.
“A Revista Humanidades foi escolhida para agrupar os fios das diversas narrativas possíveis, seja nas declarações do cotidiano, nas alterações das rotinas, tão cheias de nuances, seja nos artigos e ensaios da ciência, nos resultados de estudos que visam combater à covid-19”, destacou Ulhôa.
OLHARES PLURAIS – A edição 64 conta com mais de cem colaborações, envolvendo diversas tipologias textuais, entre elas: narrativas, versos, artigos acadêmicos, ensaios, contos, além de relatos testemunhais. Foi feita uma curadoria para que o conteúdo pudesse traduzir as impressões a respeito deste momento de pandemia.
Em junho de 2020, foi feita uma chamada para publicação, em que a Revista Humanidades fez um convite para que integrantes da comunidade universitária e de outras instituições de ensino e pesquisa públicas e privadas, jornalistas, poetas, desenhistas etc., pudessem refletir sobre o contexto em que se encontram.
“Os textos nos conduzem à compreensão de que o elemento essencial que interliga essas narrativas, nessa corrente viva de lembranças cotidianas, é o sentimento de identidade, tanto individual quanto coletiva. Assim, torna-nos possível então entendê-la como um registro histórico de fundamental importância para a compreensão deste tempo tão desafiador para o pensamento crítico, que se opõe aos fundamentalismos de ocasião que buscam obscurecer as luzes da ciência”, afirmou a editora da revista.
“Como registro do contexto histórico, este número ganha em importância. Ao mesmo tempo em que revisita o presente pelos testemunhos, pelas artes, também pensa o futuro pós pandemia pelos ensaios e pesquisas científicas sobre o tema”, complementou Germana.
NOSSA REALIDADE – Para contribuir com o desenvolvimento de pesquisas e de ações de ensino e de extensão, a UnB vem tomando várias medidas. Uma delas foi a Pesquisa Social UnB para avaliar as condições para a retomada do calendário acadêmico, que coletou dados a partir de questionário destinado a três setores da comunidade universitária (técnicos, docentes e discentes). Os temas tratados foram saúde, condições de trabalho em domicílio, disponibilidade de equipamentos de informática, acesso à internet e familiaridade com as ferramentas digitais empregadas para ensino e pesquisa.
>> Relembre: Pesquisa traça perfil socioeconômico inédito da comunidade universitária
É com base nessa pesquisa que a revista apresenta um artigo que lança um olhar acerca das desigualdades sociais e econômicas presentes no cotidiano. De acordo com a diretora da Editora UnB, a Pesquisa Social UnB “traz também uma espécie de testemunho científico de nossa realidade, e por aí é também histórica”.
“Somente um evento desse porte poderia gerar uma pesquisa de tal importância e impacto. A UnB, como a maior universidade do centro-oeste, e também como um centro inovador de pesquisas, não poderia deixar de atuar no tempo presente, analisando o momento histórico e seu impacto em nossas vidas e suas consequências futuras”, afirmou Germana Henriques.
Ainda, segundo a diretora, a pesquisa é capaz de trazer um conhecimento inestimável em relação à realidade sociocultural, à inclusão digital, à acessibilidade e ao Distrito Federal. “É um número para guardar com carinho, sobretudo devido às belas e impactantes imagens da artista plástica Regina Pouchain e do belo projeto de edição de Inês Ulhôa e de diagramação de Cláudia Dias”, completou.
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