Com as atividades acadêmicas e administrativas afetadas pelo avanço da pandemia de covid-19 no Distrito Federal, a Universidade de Brasília precisou se remodelar para conseguir atender a todas as necessidades impostas pelo momento crítico. Foi preciso unir esforços para orientar e auxiliar a comunidade, interna e externa, com a divulgação de informações sobre a situação epidemiológica, como medidas de prevenção à covid-19, sintomas e atualização dos dados sobre o cenário, bem como sobre o funcionamento das atividades da instituição.
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Na tentativa de otimizar as iniciativas de combate ao novo coronavírus, a UnB criou comitês institucionais, para acompanhar o avanço da pandemia, planejar ações e promover pesquisa, extensão e inovação. A fim de monitorar diariamente dados, evidências e estudos científicos sobre o quadro pandêmico e de fornecer informações seguras, o Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) criou o Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 (Coes). A instância é presidida pelo professor da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) Wildo Navegantes e é composta por mais 12 participantes, de diversas áreas do conhecimento.
Para o docente, o Coes cumpre o papel de centralizar demandas relacionadas à atuação da UnB no atual contexto e identificar formas para melhor respondê-las. “No momento de uma epidemia, ou uma pandemia, precisamos reorganizar as nossas tradicionais estruturas para mobilizar organização e resposta, sem que as tradicionais atividades sejam interrompidas” explica Navegantes sobre a necessidade de criação do Coes.
O comitê acompanha a evolução da pandemia em três níveis: o mundial, o nacional e o local. As orientações destinadas à comunidade acadêmica são elaboradas a partir do conhecimento gerado por meio de estudos, de maneira que elas possam ser entendidas por estudantes, docentes e técnicos.
Nesse sentido, foi sistematizado o Guia de Recomendações de Biossegurança, Prevenção e Controle da Covid-19 na UnB, com informações para prevenção, minimização de riscos e cuidados neste momento de pandemia, sobretudo diante de eventual retorno às atividades presenciais – por enquanto, não há previsão.
Além disso, o Coes assessora a Universidade, em especial, a administração superior, na gestão da pandemia. Quinzenalmente, o comitê publica boletim com dados atualizados sobre a situação da crise sanitária no Brasil e no mundo, além de evidenciar ações da Universidade de enfrentamento à covid-19.
ATUAÇÃO ACADÊMICA – A UnB também se articulou para incentivar a produção acadêmica, de forma a prover soluções à pandemia e a seus efeitos. Pensado com esse propósito, o Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão de combate à covid-19 (Copei) visa planejar, sistematizar e buscar viabilizar a execução de projetos de pesquisa, extensão e inovação na temática.
As ações do Copei seguem em conformidade com as orientações do Coes. O comitê atua por meio da indução de projetos e a partir de análises de propostas das unidades acadêmicas e administrativas. Além disso, busca parcerias com instituições públicas e privadas e demais interessados, para tornar possível o andamento desses projetos.
“As ações existiriam, provavelmente, de qualquer maneira, mas o Copei ajudou a mobilizar maior participação, inclusive em áreas que não se viam contribuindo para mitigar a pandemia e suas consequências, e de repente se viram estimuladas a participar”, explicita Claudia Amorim, presidente do Copei.
A atual estrutura do comitê conta com 33 participantes, de diferentes áreas do conhecimento. A instância atua por meio de grupos de trabalho, com ações complementares a três subcomitês: de Projetos, Acompanhamento e Execução; de Infraestrutura e Recursos Humanos; e de Parcerias Institucionais.
Em 2020, o comitê desenvolveu um portfólio para apresentar à sociedade os projetos da UnB de combate à covid-19 aprovados em chamadas prospectivas lançadas pelo Copei, em conjunto com os decanatos de Pesquisa e Inovação (DPI) e de Extensão (DEX). Desde então, o documento é atualizado com novas iniciativas.
O intuito é que a compilação amplie a visibilidade dos projetos junto a futuros apoiadores e entidades públicas e privadas, de forma a contribuir para a captação de recursos. Detalhes sobre essas ações também podem ser conferidos no repositório digital Covid-19: UnB em Ação.
Em convênio com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) foi criado, ainda, um fundo para doações a essas iniciativas. Pessoas físicas e jurídicas do Brasil ou o do exterior podem destinar recursos, por boleto, depósito bancário, cartão de crédito ou PayPal, ao acessar o link: https://www.finatec.org.br/doacaoprojetos/form.
Outra mobilização do Copei também incentivou a doação à projetos de combate à covid-19 com o apoio de artistas locais. “A cadeia de de ações foi esta: prospectar e selecionar projetos para compor um portfólio, divulgar o portfólio e captar recursos e gerenciar os recursos captados. Essas são as ações estruturantes do Copei”, enfatiza Amorim.
RETOMADA – Para planejar as ações institucionais na fase de recuperação da pandemia, foi criado o Comitê de Acompanhamento das Ações de Recuperação (Ccar). Este coleta informações das diversas unidades acadêmicas e administrativas, além de reunir orientações do Coes e do Copei, com intenção de alinhar estratégias para nortear os passos em cada etapa.
“O Ccar tem essa função básica, é um comitê de coordenação de atividades que, em si, estão distribuídas em diferentes áreas administrativas e são coordenadas de tal forma que a preparação para a futura retomada [presencial] da Universidade seja possível”, detalha Enrique Huelva, vice-reitor e presidente do Ccar.
Entre as iniciativas do comitê está a elaboração do Plano Geral de Retomada das Atividades, que apresenta as diretrizes e ações institucionais para garantir o funcionamento adequado da Universidade em cada fase da pandemia, bem como o zelo pela saúde da comunidade acadêmica.
O Ccar é organizado em seis subcomitês temáticos: de Compras e Contratos Administrativos; de Gestão de Pessoas; de Atividades Acadêmicas; de Atividades Administrativas; de Comunicação; e de Pesquisa Social. As ações seguem de acordo com boas práticas nacionais e internacionais na área da saúde e com as orientações do Coes.
O vice-reitor Enrique Huelva salienta que a criação de comitês fez-se necessária para que fossem organizadas e coordenadas as diversas ações que têm viabilizado a superação do cenário de pandemia na Universidade, principalmente com a preparação para a retomada das atividades em modo presencial. Além disso, ele pontua que essa estruturação mostra que uma gestão eficiente da pandemia, baseada no conhecimento, pode contribuir muito para a comunidade acadêmica.
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