BALANÇO

Oficinas, palestras e práticas para o bem-estar incluíram-se às 127 iniciativas oferecidas na FGA, FCE e FUP. Público escolar marcou presença nas atividades

Na FCE, público aproveitou atividades voltadas à promoção do bem-estar e da saúde. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom

 

É chegado o fim da Semana Universitária 2022. Nesta edição, o evento proporcionou ao público a participação presencial em atividades com temáticas variadas nos campi Gama, Ceilândia e Planaltina. Comunidade acadêmica, alunos e professores de ensino fundamental e médio, além de moradores dessas regiões, circularam por ações com foco em saúde, tecnologia, meio ambiente e outros assuntos. Ao todo, foram cerca de 6 mil inscritos – 1.509 na Faculdade UnB Gama (FGA), 3.708 na Faculdade UnB Ceilândia (FCE) e 745 na Faculdade UnB Planaltina (FUP) – nas 127 atividades que as unidades ofertaram. 

 

O decano de Extensão em exercício, Alexandre Pilati, visitou os campi ao longo da semana para conhecer projetos de ensino, pesquisa e extensão que aproximam a sociedade da Universidade. Ele avalia como positivo o balanço das programações. “Em todos os campi foi marcante a presença de estudantes de escolas públicas participando de atividades e conhecendo os cursos e as oportunidades de formação oferecidas pela UnB nos territórios. São atividades que integram a ciência, o conhecimento, a cultura, a arte e o pensamento crítico e que se relacionam com as características dos diversos projetos e cursos dos campi. É bom ver a UnB de novo ocupada pela energia da juventude que nos visita através da extensão na Semuni”, comenta.

Projeto Catavento aproxima estudantes de ensino médio e Universidade por meio de iniciativas de sustentabilidade. Foto: Mozaniel Silva/Secom UnB

 

CUIDADO AMBIENTAL E DIVERSÃO – Meio Ambiente e tecnologia foram áreas transversais na programação da Faculdade UnB Gama (FGA). Com foco na sustentabilidade, o Projeto Catavento esteve com estande na entrada do prédio da Unidade Acadêmica (UAC) para que o público pudesse obter mais informações sobre a iniciativa. O projeto oferece a alunos de ensino médio e de instituições próximas ao campus oficinas e ações educativas que fomentam o senso crítico e a conscientização acerca do consumo e da produção sustentável de energia. No estande, também era possível conferir um painel, feito por alunos do Centro de Ensino Médio (CEM) 404 de Santa Maria, vencedor do concurso artístico promovido pelo Catavento.

 

Desde 2015, o projeto mantém uma parceria com a escola e, na segunda-feira (29), os alunos foram à Semuni para assistir à palestra sobre o futuro do hidrogênio verde proferida pela professora Paula Meyer Soares, coordenadora do Catavento. “A ideia é plantar essa sementinha, no sentido de mostrar a importância de se usar da forma correta, racional e econômica os recursos energéticos”, afirma a docente. O CEM 404 foi uma das dez escolas que passaram pela FGA durante a Semuni.

 

Na área de tecnologia, estudantes de Engenharia de Software e simpatizantes puderam colocar os conhecimentos sobre desenvolvimento de jogos à prova no Game Jam FGA 2022. O evento, dividido em quatro dias, é uma pequena competição com grupos de quatro pessoas que procuram elaborar um jogo com um tema estabelecido. No primeiro dia, os inscritos aprenderam as regras e foram separados por grupos. Nos dias seguintes, eles puderam desenvolver os jogos e, na sexta-feira, apresentaram os projetos e foram classificados.

 

Matheus Pimentel Leal é estudante de Engenharia de Software e tutor da atividade. Segundo ele, “o objetivo da Game Jam é incentivar o desenvolvimento de jogos e administrar esses talentos que temos aqui na FGA”. Matheus relembra que disciplinas relacionadas ao desenvolvimento de games foram retiradas do currículo no campus do Gama, e afirma que iniciativas como a Game Jam incentivam o retorno delas. “Além do objetivo principal, ela vai ajudar o nosso professor orientador, Edson da Costa Junior, a ter mais base para fazer com que essas matérias voltem a ser ofertadas”, reitera Matheus.

 

SAÚDE E BEM-ESTAR – Os visitantes da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) tiveram a oportunidade de participar de atividades sobre saúde mental e autocuidado. O Programa Universidade do Envelhecer (UniSer) realiza ações educativas e integrativas com o objetivo de ampliar capacidades e habilidades na vida adulta e dos idosos da comunidade, visando a adoção de comportamentos que estimulem a cidadania, o empoderamento e o desenvolvimento humano e social.

 

Na terça-feira (30), os projetos ofertados pela UniSer foram apresentados aos alunos do programa e à comunidade externa. Eles puderam sugerir ideias para melhoria das atividades desenvolvidas. Ao final da apresentação, os alunos da UniSer plantaram uma muda de girassol em um canteiro em frente à Unidade Acadêmica da FCE. A ideia é que eles mesmos cuidem, como estímulo para promover o bem-estar mental.

Victor Jiménez ministrou palestra sobre as experiências de pessoas que vivenciam o Parkinson. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom

 

A comunidade universitária da FCE também pôde utilizar recursos artísticos para o acesso ao inconsciente nas atividades do Polo de Cuidado da UnB. Na Oficina de arteterapia, realizada na terça-feira (30), a proposta era pintar o que viesse à cabeça, sem se preocupar com a estética final. Pela tarde, os estudantes tiveram contato com a dobradura em papel, e, na tarde seguinte, uma atividade de meditação foi mote para promover saúde.

 

Realizado no Auditório da UAC, o evento Vivendo com Parkinson: aplicativo de orientação sobre doença de Parkinson divulgou e discutiu os principais aspectos e cuidados relacionados à doença. Organizado pela professora de Fonoaudiologia Naira Pereira, a ação convidou o egresso Victor Jiménez, formado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília e em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (Ceub), diagnosticado com a doença desde 2013. Jiménez ministrou a palestra Vivência da doença de Parkinson na visão de um parkinsoniano, na qual pôde compartilhar técnicas utilizadas para melhorar a qualidade de vida, mesmo sob a condição de progressão da enfermidade. As experiências também são compartilhadas em seu canal no YouTube.

 

O Vivendo com Parkinson surgiu do trabalho de conclusão de curso em Fonoaudiologia da professora Naira Pereira. Um dos resultados é um manual de orientações sobre a doença, desenvolvido em parceria com a Associação Parkinson Brasília e disponível na Biblioteca Central (BCE). Há também uma versão em formato de e-book, acessada gratuitamente. Durante a pandemia e graças ao aumento crescente do uso de tecnologias móveis, o manual também foi adaptado para aplicativo, disponível para os aparelhos Android.

 

VISITAS ESCOLARES – Estudantes de quatro escolas públicas de Planaltina e região conheceram a FUP e participaram de atividades durante a Semana Universitária. Eles conheceram os laboratórios de Geologia Ambiental e Didático de Biologia, e participaram de discussões sobre a produção de conhecimento científico, de uma caminhada pelo Cerrado e de dinâmicas em um planetário móvel instalado no prédio principal do campus.

Laboratório Geologia Ambiental foi um dos espaços da FUP visitados por estudantes de ensino médio. Foto: Paulo Santos/FUP

 

Para Marcos Almeida, professor de História e coordenador da Educação em Tempo Integral do Centro de Ensino Fundamental 03 de Planaltina, é essencial que os estudantes conheçam a Universidade, com um campus na cidade-satélite, e a ciência produzida nela. “Essa experiência de saber da importância do ensino superior e de conhecer um lugar que é acessível é essencial para a formação deles”, reitera o professor, graduado e mestre em História pela UnB.

 

Quem participou da Semana Universitária na FUP também pôde conferir a Feira de produtos da sociobiodiversidade do território Kalunga, parte da oficina do projeto Agroextrativismo e comercialização de produtos da sociobiodiversidade no território Kalunga (ACSBio). Promovida na terça-feira (30), a iniciativa estimulou a troca de saberes e de experiências sobre o uso de produtos desenvolvidos por uma das comunidades quilombolas da Chapada dos Veadeiros. Na feira, foram expostos alimentos como pequi, baru torrado, farinhas de mandioca e de jatobá, tapioca de lobo e baunilha do cerrado.

 

Na quinta-feira (1º), houve o lançamento da cátedra Vivenciar Paulo Freire e Outras Práxis Emancipatórias, resultado de articulação com grupos sociais. “Essa cátedra é uma construção que tem sido feito coletivamente por movimentos sociais do Distrito Federal e do Entorno. Com essa cátedra, nós pretendemos ampliar o espaço de participação e de construção de uma política de formação da juventude e das pessoas em práxis freirianas. Quando eu falo de formação, falo de teoria, mas falo de vivência porque Paulo Freire é principalmente vivência”, explica Maria Osanette de Medeiros, professora da FUP. Com a participação da comunidade interna e de diferentes segmentos da sociedade organizada, o evento incluiu a realização de ciclos de falas, palestras, grupos de trabalho e apresentação cultural de artistas locais.

 

 

*estagiário em Jornalismo na Secom/UnB.

 

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