Com o objetivo de atuar no desenvolvimento de políticas institucionais de enfrentamento a desigualdades, assédios, discriminações, preconceitos e violências, a transformação da Diretoria da Diversidade (DIV), vinculada ao Decanato de Assuntos Comunitários (DAC), em Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da UnB, diretamente vinculada ao Gabinete da Reitoria (GRE), completou um ano no começo de junho.
Neste período, a SDH realizou cerca de 680 acolhimentos em suas quatro coordenações – LGBT+, das Mulheres, Indígena e Negra. “Uma secretaria traz fluidez e, principalmente, a possibilidade de firmar parcerias com decanatos, unidades administrativas e acadêmicas”, explica a secretária de Direitos Humanos, Deborah Santos.
Na ampla busca da SDH pela promoção de uma cultura de respeito aos direitos humanos e de paz, a secretária destaca a efetivação dos prêmios Anísio Teixeira e Mireya Suárez, voltados para iniciativas e práticas pedagógicas desenvolvidas na UnB por estudantes, técnicos e professores.
“Temos muitas pessoas comprometidas com os direitos humanos dentro da Universidade, e o prêmio é um incentivador e divulgador das ações de ensino, pesquisa e extensão. Neste ano, esperamos ter mais projetos concorrendo”, diz Deborah Santos.
A autonomia adquirida pela SDH permitiu a ampliação do ingresso de estudantes quilombolas, ciganos e pessoas trans aos programas de permanência. Outro feito da secretaria é a participação na cátedra de Direitos Humanos da Associação das Universidades do Grande Montevidéu (AUGM) – que abrange universidades da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
A secretaria é o braço executivo da Câmara de Direitos Humanos. Atualmente está coordenando a elaboração de proposta de fluxo para implementação da Política de Prevenção e Combate ao Assédio Moral, Sexual, Discriminações e Outras Violências, aprovada pelo Conselho de Administração (CAD) neste ano.
“A Universidade, hoje, é diversa. É importante que os professores, gestores e servidores estejam conscientes disso. Durante um bom tempo, todo mundo a entendeu só como local para os estudantes, mas não: além de um lugar educacional, a universidade é um ambiente de trabalho”, defende Deborah Santos.
Composta por 17 servidores, a SDH tem como principais desafios, no futuro próximo, a implementação de cursos de conscientização e o aumento da equipe para atendimento nos campi de Ceilândia, Gama e Planaltina.
A SDH lança neste segundo semestre o curso Maria da Penha Vai à Universidade, voltado para gestores e coordenadores, em parceria com o Decanato de Gestão de Pessoas (DGP), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).