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Ao completar dois anos nesta segunda-feira (3), a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da UnB reforça sua atuação e planeja ampliar os mais de 600 atendimentos anuais, após a reforma de sua sede no Instituto Central de Ciências (ICC), prevista para ser concluída este mês. Composta por quatro coordenações – Mulheres (Codim), Negra (Coquen), Indígenas (Coquei) e LGBT (CoLGBT) –, a SDH busca fomentar políticas institucionais, capacitar a comunidade e promover a equidade, o respeito à diversidade, o enfrentamento ao racismo e ao preconceito, além de incentivar a cultura de paz.
“É um grande orgulho para a Universidade ter a SDH. Sabemos que ainda há muito a ser feito, mas, apesar de todas as limitações e desafios orçamentários e de pessoal, não abrimos mão do nosso compromisso com os direitos humanos. Está no DNA da UnB ser uma instituição de vanguarda, que valoriza as pessoas, respeita as diferenças e promove um ambiente acolhedor”, salienta a reitora Márcia Abrahão.
Criada pela reitora como órgão assessor do Gabinete, a SDH é um braço executor da Política de Direitos Humanos, aprovada em 2021 pelo Conselho Universitário (Consuni), e das políticas aprovadas pela Câmara de Direitos Humanos (CDH). “Trabalhar em prol dos direitos é um compromisso contínuo e multifacetado, pois envolve legislação, educação, monitoramento e cooperação institucional. São esforços atentos, coordenados para que possamos garantir, proteger e promover o direito de todos os grupos", diz a secretária de Direitos Humanos, Deborah Santos.
Desde 2022, a secretaria colabora com o desenvolvimento e a implementação de políticas importantes no âmbito dos direitos humanos na UnB. Por exemplo, a SDH está estabelecendo o fluxo processual para a Política de Prevenção e Combate ao Assédio Moral, Assédio Sexual, Discriminações e Outras Violências, que, aprovada pelo Conselho de Administração (CAD), está em vias de ser aprovada na CDH. A secretaria também atua junto ao grupo de mães da UnB, formado por docentes, discentes e servidoras técnico-administrativas, que estão elaborando uma Política para as Mães na Universidade.
Nestes dois anos de existência, as ações de acolhimento da SDH somam mais de 1,2 mil. Destaca-se ainda a instalação de mais de 40 fraldários nos banheiros masculinos e femininos nos campi. Em fase de licitação, Salas de Amamentação serão colocadas na Reitoria, ICC, Biblioteca, RU, nos três campi, entre outros espaços de grande circulação de pessoas.
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Com objetivo de fomentar cada vez mais ações de ensino, pesquisa e extensão em direitos humanos, a SDH tem concedido, como determinação da CDH, os prêmios Anuais de Direitos Humanos Anísio Teixeira e de Educação em Direitos Humanos Mireya Suárez, que destacam iniciativas na UnB realizadas por estudantes, técnicos e professores. Além do edital Mulheres e Meninas na Ciência.
Na lista das mais de 20 atividades anuais que marcam as ações das coordenações, podem ser colocadas em relevo, entre outras, a recepção dos estudantes calouros indígenas e dos estudantes cotistas negros e negras; a Parada do Orgulho LGBT; a Semana da Visibilidade Trans; o #8M UnB, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher; a Semana Cultural Indígena em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas; e o Novembro Negro, em comemoração ao Dia da Consciência Negra.
A SDH também já deu início a cursos de capacitação para servidores docentes e técnico-administrativos, com o lançamento do Maria da Penha vai à Universidade. A iniciativa é realizada em parceria com o Decanato de Extensão (DEX) e com o Decanato de Gestão de Pessoas (DGP) e com o apoio do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A SDH é, ainda, parceira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em um projeto piloto no Judiciário: a oferta de vagas de estágio exclusivas para estudantes indígenas da UnB.
Matéria editada em 5/6 para alteração da arte.