A Faculdade de Educação (FE) da Universidade de Brasília realizou cerimônia de lançamento da pedra fundamental do novo edifício FE-07. O arquiteto da Secretaria de Infraestrutura (Infra) Lucas Rezende apresentou a projeção, que preserva características das edificações históricas da FE, promove o trânsito de pedestres, incorpora elementos, como os cobogós, além de prever a expansão da faculdade (veja aqui). O evento ocorreu no dia 17.
Participaram do ato os parlamentares que destinaram emendas, o deputado distrital Gabriel Magno (PT), a deputada federal Erika Kokay (PT) e o representante do deputado federal Reginaldo Veras (PV), Josafá Santana; a diretora da FE, Liliane Machado; a reitora Márcia Abrahão e a comunidade acadêmica.
“Decidimos lançar a pedra fundamental agora, durante esta gestão, como um gesto de justiça. O prédio está incluído no Plano de Obras aprovado pelo Conselho de Administração [CAD], com metade do recurso proveniente de emendas parlamentares e a outra metade já prevista para o próximo ano. Essa conquista é fruto de uma luta coletiva, envolvendo antigas gestões da FE, docentes, técnicos, estudantes, a Administração Superior e os parlamentares que nos apoiam”, afirmou a diretora da FE, Liliane Machado.
A estimativa é que o prédio equipado tenha um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões. Cerca de R$ 10 milhões estão destinados nas emendas parlamentares dos deputados, mas ainda aguardam liberação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A reitora Márcia Abrahão destacou a importância do projeto, elaborado por arquitetos da UnB, e parabenizou a equipe da Secretaria de Infraestrutura. “Isso demonstra a competência do nosso quadro técnico. Celebramos a possibilidade de nossos técnicos, docentes, estudantes e egressos elaborarem projetos. O Plano Diretor da UnB, recentemente aprovado de forma democrática, é um exemplo disso”, ressaltou.
A deputada federal Érika Kokay, egressa da UnB e expulsa no período da ditadura militar, recordou a pandemia de covid-19 e o período de cortes orçamentários com os governos Bolsonaro e Temer. “A reitora Márcia esteve à frente da UnB quando eles elegeram como inimigas imaginárias as universidades públicas. Márcia esteve inúmeras vezes na bancada porque foram as emendas que garantiram a assistência estudantil. Aqui, na Universidade de Anísio, Darcy e Honestino, que foi a primeira a instituir as cotas raciais. Portanto, temos muita história. História que começou neste espaço, na FE, que abrigou a reitoria da Universidade de Brasília. É muito bom estar aqui para dizer que vai ter prédio novo na Faculdade de Educação da UnB, sim! A FE vai crescer!”, comemorou a deputada.
O deputado distrital Gabriel Magno, egresso da UnB, fez referência a Anísio Teixeira, reconhecido como “patrono da escola pública”, ressaltando a importância de estar na “casa” de Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro, educadores fundamentais para o Brasil. “A FE tem contribuído significativamente para o debate sobre políticas públicas de educação, como a necessidade de incluir a educação antirracista e a educação sexual nos currículos, a liberdade de cátedra e a gestão democrática. Educação de qualidade precisa de infraestrutura”, afirmou.
Josafá Santana, representante do deputado Reginaldo Veras (PV), justificou a ausência do parlamentar e recordou o esforço dos deputados para destinar a emenda. “Assim que a obra começar, será mais fácil garantir recursos na bancada distrital para a conclusão. Estamos de braços dados com a FE. Eu e o deputado Reginaldo somos ex-alunos da UnB e estamos devolvendo à Universidade tudo o que ela nos proporcionou em nossa formação”, disse Santana.