A ampliação da transferência de tecnologia para a sociedade foi um assunto destacado do debate entre professores, estudantes e técnicos do Instituto de Química (IQ) e representantes da administração da UnB, na última sexta-feira (15). A unidade acadêmica recebeu a visita da equipe de gestores e decanos, que tem percorrido institutos e faculdades para ouvir demandas da comunidade.
“Temos leis que travam o andamento da pesquisa, sobretudo nessa interlocução com a sociedade. Trata-se de uma preocupação de todas as universidades”, afirmou a decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Walter. O desafio de ampliar a transferência de tecnologia ao setor produtivo foi elencado como uma prioridade ao diretor do IQ, Marcos Prauchner.
Passa por isso, entre outros aspectos, o investimento na empresa júnior da unidade, a Consultoria e Serviços em Tecnologias Químicas (CSTQ) – maior EJ do país no ramo, que alcançou um faturamento de cerca de R$ 95 mil em 2017. “É motivo de muito orgulho vermos os nossos estudantes tão envolvidos com projetos como esse”, disse a reitora Márcia Abrahão.
Presidente da empresa, a estudante Emanuella Ribeiro Luz enumerou entraves à continuidade do desenvolvimento da CSTQ, como espaço físico reduzido e ausência de formalização para utilização dos equipamentos do IQ. “Essas questões podem atrapalhar nosso crescimento”, disse.
A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, lembrou que as unidades acadêmicas receberam um aporte de recursos em 2018, em média, 20% maior do que em 2017. Ela disse que o recurso poderia ser utilizado na ampliação do espaço físico, caso fosse interesse da administração local.
O IQ tem um orçamento de cerca de R$ 650 mil, mas apenas 23,4% desse total foram empenhados até o momento. O diretor Marcos Prauchner afirmou estar contando com o recurso para a aquisição de um gerador. A falta do equipamento foi apontada como uma das principais preocupações da unidade.
“Temos equipamentos de valores elevados. A cada pico de energia, tememos danos em nosso parque”, relatou Prauchner. O docente acrescentou que a simples compra do aparelho não basta – é necessária a instalação de um quadro de energia, para ligar o gerador à rede elétrica do instituto.
Outra reivindicação foi sobre a colocação de fitas adesivas em uma das rampas do prédio, que já ocasionou acidentes por ser escorregadia. A presença de pombos no IQ foi outro apontamento da comunidade. “A dedetização é feita anualmente, mas não tem resolvido essa questão”, reclamou o professor Jez Batista Braga.
O prefeito do Campus, Valdeci Reis, explicou que um pregão para o serviço de dedetização deve ocorrer nos próximos dias. Ele também se comprometeu a dar encaminhamento à demanda relativa ao gerador. “Temos várias unidades enfrentando dificuldades com isso. Vamos constituir uma força-tarefa que deixe as estruturas em condições de ter esses equipamentos funcionando”, garantiu.
Outra tarefa foi assumida pelo secretário de Infraestrutura, Alberto de Faria. “A demanda para a colocação das fitas de segurança acabou ficando anexada a um outro processo. Vamos separar os dois pedidos para resolver de forma pontual”, informou.
As visitas às unidades acadêmicas são uma iniciativa da administração da UnB para ouvir as demandas da comunidade em seus ambientes cotidianos. “É importante que professores, estudantes e técnicos conheçam nossa equipe. Todos estamos na gestão para cumprir a missão da Universidade: ensino, pesquisa e extensão de qualidade”, disse a reitora Márcia Abrahão.
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