Entre as 20 nações com os maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), o Japão figura como uma referência internacional em termos de desenvolvimento social e tecnológico. O país, portanto, está na posição de inspirar aqueles que ainda estão em avanço, como o Brasil. A Universidade de Brasília (UnB), nesse sentido, tem atuado para facilitar o intercâmbio de experiências entre as nações.
Uma iniciativa recente que merece destaque é a cooperação da Universidade com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) para a criação de cátedra sobre modernização japonesa no Núcleo de Estudos Asiáticos (Neasia), do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam) da UnB. No momento, além da instituição, a Jica também está em tratativas com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
A Agência de Cooperação Internacional do Japão é vinculada ao governo japonês e responsável por apoiar o crescimento e a estabilidade socioeconômica dos países em desenvolvimento. Em 17 de novembro, a Secretaria de Assuntos Internacionais (INT) da Universidade recebeu a visita de uma comitiva da Jica. Entre os temas do encontro, estiveram a apresentação das atividades da agência no Brasil e o processo de instalação de cátedra no Núcleo de Estudos Asiáticos.
Participaram Virgílio Almeida, diretor da INT; Jica Masayuki Eguchi, representante chefe da Jica no Brasil; Shinji Sato representante sênior da Jica no Brasil; Marcus Lira, coordenador do Núcleo de Estudos Asiáticos; Maria Cláudia Candeia, futura Coordenadora do Núcleo de Estudos Asiáticos; e Alice Joko, representante do curso de licenciatura em Letras – Japonês.
BENEFÍCIO INSTITUCIONAL – O professor Marcus Lira destaca que a vantagem da criação da cátedra se deve a promover a reunião de pessoas de diferentes áreas do conhecimento para que interajam e troquem experiências. “É o lugar onde uma economista e uma pedagoga possam trocar informações sobre uma área específica, e temos obtido todo o apoio da direção [do Ceam], hoje na figura da professora Viviane Melo Resende, para implementação desta e de outras cátedras”, ressalta.
O docente entende que os benefícios não se limitam ao Ceam, mas se estendem a toda a Universidade de Brasília. Segundo ele, a parceria promove desde o fortalecimento do programa de internacionalização, através de pontes construídas nesses projetos, até o aumento de oportunidades de intercâmbio e aprendizagem aos alunos.
“A intenção que temos é a de que a cátedra seja como uma semente que germine no Neasia e traga frutos não só para o Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, do qual fazemos parte, mas para a Universidade como um todo”, afirma Marcus. Outras duas cátedras, também de países asiáticos, estão planeadas pela INT.
CONHECIMENTO AGREGADOR – O encontro também tratou de parcerias anteriores. Foram apresentados relatos sobre a atividade de extensão Sete Capítulos sobre a Modernização Japonesa, realizada numa parceria da Agência de Cooperação Internacional do Japão com o Núcleo de Estudos Asiáticos e o curso de licenciatura em Língua e Literatura Japonesa da UnB.
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Por meio da atividade, a comunidade local pôde aprender mais sobre a modernização do Japão. “São várias horas de conteúdo que explicam, de maneira detalhada, mas introdutória, como foi a experiência da modernização e da reconstrução do pós-guerra no Japão”, explica Marcus. “Com professores japoneses de diferentes áreas como administração, história e ciências políticas, [o minicurso] trabalha a diferente correlação de fatores e experiências que fizeram do Japão uma potência”, sintetiza.
*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.
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