A reitora Márcia Abrahão participou, nesta terça-feira (1), de diálogo virtual com servidores do Decanato de Administração (DAF). A reunião reuniu mais de cem participantes, entre membros da gestão e servidores do decanato.

A reitora falou sobre o panorama atual da situação orçamentária da Universidade, que teve redução de 8,2% nos recursos para despesas discricionárias este ano, na comparação com 2020.

“É uma situação dramática. Se a gente analisar a série histórica, olhando dados de 2013, vemos que há redução de 70% no orçamento discricionário", observou. "É importante que a comunidade vá para fora da Universidade para tentar reverter a situação”, disse, referindo-se às articulações institucionais e de entidades representativas para a recomposição do orçamento.

A decana de Administração, Rozana Naves, falou sobre os principais objetivos do setor. “São duas grandes pretensões: a primeira é estabelecer uma estreita relação com as unidades que demandam o nosso serviço. A segunda é oferecer à administração as melhores práticas de gestão administrativa, considerando as nossas especificidades como instituição de educação superior, que tem necessidades diferentes de outras instituições do governo federal”, disse.

O servidor Neander Nazário apontou uma maior necessidade de transparência nas comunicações entre o DAF e o Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO). Em sua opinião, algumas percepções, especialmente sobre a governança da Universidade, ficam muito restritas aos níveis de gestão.

“A cada dia, vejo que a gestão está crescendo mais e mais em nível de governança, mas entendo que é necessário haver uma comunicação entre o que tem sido feito no DAF e no DPO. Quem está de fora das conversas a nível de gestão não percebe a conexão entre os dois decanatos para a questão das compras, por exemplo. Uma maior transparência facilitaria muito”, sugeriu.

Para Ricardo de Oliveira, diretor de Compras do DAF, é preciso haver a elaboração de um documento único que verse sobre o processo de compras e contratações da UnB. “Nós não temos um documento específico que materialize a governança de contratações da Universidade, definindo quais são as unidades envolvidas, as responsabilidades de cada setor e quais são os instrumentos utilizados nesse sentido”, pontuou.

Ao comentar os assuntos, a decana do DPO, Denise Imbroisi, sinalizou que as sistematizações sobre os processos de governança estão sendo realizadas. “Nós estamos respondendo a um grande questionário que trata de governança institucional. As perguntas são desmembradas por áreas, e as áreas respondem com a colocação de evidências do que a Universidade faz. São evidências dinâmicas e cada vez mais robustas à luz dos normativos e leis que regem esses temas”, explicou.

Nas últimas semanas, a reitora esteve com servidores da Secretaria de Assuntos Internacionais e da Secretaria de Patrimônio Imobiliário para ouvir suas demandas. Os diálogos com a reitora acontecem desde a gestão anterior e têm como objetivo aproximar a alta gestão dos servidores da Universidade e promover espaços para esclarecimento de dúvidas e integração das equipes.

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