Das 59 universidades brasileiras que integram o Times Higher Education World University Rankings 2022, sete desceram posições em relação à lista anterior. A Universidade de Brasília saiu da faixa 801-1.000 para a 1.001-1.200. Divulgado nesta quarta-feira (1º), o ranking traz a Universidade de Oxford, o Instituto de Tecnologia da Califórnia e a Universidade de Harvard nas primeiras colocações.
A avaliação considera 13 indicadores para medir o desempenho das instituições em pesquisa, qualidade de ensino, volume de citações em artigos científicos, projeção internacional, entre outros. De acordo com a revista britânica Times Higher Education (THE), responsável pelo levantamento, a queda das instituições brasileiras está relacionada, principalmente, ao menor volume de citações em artigos científicos.
Apenas a Universidade de Fortaleza (Unifor) subiu de posição. A instituição brasileira mais bem colocada é a Universidade de São Paulo (USP), seguida da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Além da UnB, perderam posições no ranking a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
"Boa parte das notas do THE dizem respeito a pesquisas de reputação, a cujos resultados não temos acesso, que são disponibilizados apenas mediante pagamento. Além do ataque interno às universidades públicas, a percepção negativa do país no contexto internacional respinga nas instituições de ensino", analisa a decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi.
A decana avalia a estagnação ou queda das universidades brasileiras no THE como resultado da retirada de recursos de fomento para pesquisas, de forma geral, mas ainda mais significativo nas humanidades e ciências sociais, áreas de boa parte dos pesquisadores da UnB. "Falta apoio governamental, por exemplo, para edição e editoração das revistas acadêmicas", destaca Imbroisi.
Juntem-se a isso os cortes nas bolsas de pós-graduação e os contingenciamentos de fundos que mantêm laboratórios. "A administração superior tem concentrado esforços para apoio a pesquisas e a pesquisadores, mas o cenário de escassez orçamentária não permite suprir todas as necessidades", aponta Imbroisi.
"A UnB se mantém na 6ª posição entre as universidades federais, apesar de ter caído internacionalmente, juntamente com outras universidades brasileiras. Começamos a sentir as consequências da redução do investimento permanente em pesquisa no Brasil. Se essa situação permanecer, ficará cada vez mais difícil para as universidades brasileiras se manterem competitivas mundialmente", afirma a reitora Márcia Abrahão. "Mesmo com esse cenário preocupante, não podemos desanimar. A Universidade tem todas as condições para enfrentar mais esse desafio."
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