SAÚDE

Atendimento dura oito semanas para cada paciente e contribui para a melhora da qualidade de vida. É necessário encaminhamento médico da rede pública

Durante o tratamento, pacientes realizam exercícios aeróbicos e de musculação. Foto: Ascom HUB

 

O motoboy Francisco José Lima, de 38 anos, foi diagnosticado com covid-19 em junho. Ficou 29 dias internado e precisou ser intubado durante 17 dias. Quando recebeu alta, percebeu que continuava fraco, sem forças para realizar atividades diárias. Por isso, foi encaminhado para o programa de reabilitação pulmonar pós-covid do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) e já percebeu melhora. “Me sinto vitorioso por estar vivo, estou batalhando pela minha saúde e só tenho a agradecer”, conta Francisco.

 

O programa de fisioterapia pulmonar pós-covid do HUB, hospital vinculado a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh/MEC), atende pacientes que, depois de recuperados da doença, apresentam cansaço muscular, falta de ar, com necessidade ou não de usar oxigênio para a realização de algumas atividades, fraqueza generalizada, perda de massa muscular ou dependência funcional. Na maioria das vezes, os sintomas são causados pela internação prolongada, que impede o paciente de se movimentar por muitos dias, e pelo uso excessivo de medicamentos.

 

“O HUB tem se destacado pela atuação interdisciplinar e cuidado integral ao paciente. O programa de reabilitação proporciona a reintegração laboral e o restabelecimento da qualidade de vida e é muito importante esse serviço estar disponível para o usuário do SUS”, afirma a chefe do Setor de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HUB, Liana Gomide.

 

O programa de reabilitação tem oito semanas de duração, com atividades três vezes por semana, sendo duas no hospital e uma em casa, com orientação do fisioterapeuta responsável. No HUB, os exercícios são realizados no ginásio da Unidade Multiprofissional, em horários exclusivos para pacientes do projeto. Para garantir a segurança de todos, a capacidade do espaço foi reduzida pela metade e a higienização foi reforçada.

 

O local conta com aparelhos para exercícios aeróbicos e de musculação, que trabalham carga e resistência. O HUB também oferece suporte de oxigênio por cateter nasal para quem ainda depende do oxigênio durante a realização das atividades. O programa conta com três fisioterapeutas, entre eles Dante Brasil. “O papel da atividade física e da fisioterapia na recuperação desses pacientes é crucial. Precisamos tratar e reabilitar essas pessoas para devolvê-las para a sociedade e para a família o quanto antes no melhor estado possível”, explica Dante. “O hospital está colaborando com o sistema de saúde do Distrito Federal no atendimento dos pacientes que tiveram sequela pós-covid”, acrescenta a responsável pelo programa, Vanessa Menezes.

 

SERVIÇO – O programa oferece 60 vagas. Para ter acesso ao tratamento, o paciente precisa de um encaminhamento de um médico da rede pública de saúde. Com o documento, ele deve procurar a Central de Marcação do HUB, de segunda a sexta, das 7h às 19h. Os pedidos são avaliados pelos profissionais da equipe e, se estiverem dentro dos critérios para a reabilitação, o atendimento é marcado. O retorno sobre o agendamento ou não do tratamento é dado ao paciente por telefone.

 

REABILITAÇÃO FUNCIONAL – O HUB também conta com um programa de reabilitação para pacientes que ficaram com dificuldades motoras após contraírem a covid, muitas vezes causadas por lesões neurológias que limitam os movimentos e reduzem a sensibilidade. Esse tratamento, no entanto, atende apenas pacientes do próprio HUB.

 

Com duração de seis a oito semanas, o programa é voltado para pessoas com dependência funcional, que não conseguem mais realizar atividades simples, como andar do quarto até o banheiro ou ficar em pé para tomar banho. “A ideia é devolver a independência funcional para retomar a rotina e contribuir na questão psicológica do paciente. Ele sai da internação com o sistema emocional fragilizado e essas dificuldades afetam o psicológico. A recuperação melhora a autoestima, motiva o paciente e garante a adesão e o resultado do tratamento”, explica o fisioterapeuta do programa Jefferson Fernandes.

 

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