PARCERIA

Objetivo da cooperação é o desenvolvimento de novas tecnologias nas áreas de energia, água, geologia marinha e sustentabilidade

Parceria entre UnB e CPRM vai permitir o aumento da inovação nas pesquisas das duas instituições. Foto: Reprodução

 

A Universidade de Brasília e o Serviço Geológico do Brasil, também conhecido como CPRM (em referência à Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais), assinaram, nesta quinta-feira (5), um acordo de cooperação técnico-científica para o uso compartilhado de laboratórios no desenvolvimento conjunto de novas tecnologias e projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), nas áreas de energia, água, geologia marinha e sustentabilidade.

 

O acordo prevê também troca de conhecimentos, informações e dados científicos. UnB e CPRM vão dividir, por exemplo, preparação de amostras e logística de coleta de dados, além de realizar eventos e reuniões de trabalho. A partir do acordo, três pesquisadores do CPRM passarão a atuar dentro do Laboratório de Geocronologia da UnB.

 

No evento de assinatura da parceria, a reitora Márcia Abrahão, que é geóloga, ressaltou a importância de se expandir a pesquisa geocientífica realizada no país, para, assim, alcançar patamares internacionais. “É um momento de muita alegria para o setor mineral e a ciência brasileira. Precisamos, cada vez mais, aprofundar nosso conhecimento sobre a Amazônia Azul, porque é um horizonte de grande futuro. Precisamos estar nesse movimento, já feito internacionalmente há muitos anos”, disse a reitora, se referindo à geologia marinha.

 

Para o diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil, Esteves Colnago, o acordo assinado nesta quinta-feira é um grande passo na integração entre academia, governo e mercado. “A cooperação com a UnB visa desenvolver um robusto portfólio de projetos, que devem, preferencialmente, ser financiados pelo setor produtivo, potencializando o trabalho entre os três setores”, afirmou.

 

A realidade internacional de parceria entre instituições acadêmicas e serviços geológicos foi lembrada pelo diretor do Instituto de Geociências (IG) da UnB, José Elói Campos. “Todos os países que têm um serviço geológico possuem vínculo fortíssimo com as universidades. O Laboratório de Geocronologia da UnB, o principal envolvido no acordo, é um dos nossos principais laboratórios de geração de dados, o principal canal de internacionalização do Instituto de Geociências”, afirmou. Segundo o diretor, o acordo vai permitir mais tempo de análise e produção de dados, o que beneficiará tanto a UnB quanto o CPRM.

 

Para o professor do IG Roberto Ventura, a cooperação permitirá que pesquisadores tenham acesso a equipamentos de alta complexidade. “É a primeira vez que temos laboratórios compartilhados entre o serviço geológico e uma universidade no Brasil. Isso é muito importante, considerando que são equipamentos caros, complexos, e que assim a gente maximiza o uso desses equipamentos”, pontuou. O pesquisador acredita que a parceria vai elevar o patamar do laboratório e aumentar as chances de desenvolvimento de trabalhos com mais inovação.

 

O presidente do CNPq, Evaldo Vilela, e o chefe do Centro de Geociências Aplicadas do Serviço Geológico do Brasil, Noevaldo Teixeira, também prestigiaram o evento virtual que marcou a assinatura do acordo.

 

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