O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade de Brasília votou, nesta quinta-feira (1º), pela manutenção das atividades acadêmicas em modo remoto no próximo semestre letivo, previsto para começar em 19 de julho. A decisão segue orientação do Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 da UnB (Coes).
O documento apresentado pelo professor Wildo Navegantes, presidente do Coes, recomenda que o avanço para a segunda etapa do Plano de Retomada das Atividades só aconteça quando 70% da comunidade acadêmica (professores, servidores, estudantes e terceirizados) estiver completamente imunizada contra a covid-19.
No documento, o Comitê também apresenta outras recomendações para garantir retorno ao presencial: taxa de ocupação de UTI abaixo de 85%, de forma sustentada por mais de oito semanas; taxa de reprodução básica abaixo de 1, de forma sustentada por mais de oito semanas; além de adequação de infraestrutura e disponibilização de equipamentos de proteção individual para toda a comunidade.
“O entendimento do Coes é de que só a vacina não dá conta. É necessário 70% de vacinação e oferta contínua de EPIs, além de reduzir a quantidade de pessoas por sala. Enquanto houver fora do campus uma alta transmissibilidade das doenças, com novas variantes, eu não recomendaria que a gente voltasse à presencialidade”, disse o professor Wildo Navegantes.
Na avaliação do vice-reitor da UnB, Enrique Huelva, a Universidade já tomou todas as ações que poderia para atender às recomendações dos planos de contingência. No entanto, outras melhorias que permitam a volta das atividades presenciais não dependem da UnB.
“A Universidade fez o seu dever de casa. Temos todos os planos de contingência, todo o mapeamento e categorização do uso de espaços em cada uma das fases dos planos, aquisição de materiais, EPIs e dispensers de álcool em gel. O nosso próximo passo é o treinamento e a mudança de cultura individual e coletiva”, explicou o vice-reitor.
O vice-reitor reiterou que a situação epidemiológica continuará a ser acompanhada cotidianamente pela Universidade, a fim de avaliar a possibilidade de avanço para a segunda fase do Plano de Retomada elaborado pelo Comitê de Coordenação das Ações de Recuperação (Ccar), que prevê a volta gradual das atividades acadêmicas e administrativas de forma presencial.
PÓS-GRADUAÇÃO – Na mesma reunião, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão aprovou uma resolução que regulamenta a prorrogação de defesas de teses e dissertações, assim como o desligamento de estudantes da pós-graduação durante a pandemia de covid-19.
Desta forma, estudantes regularmente matriculados nos programas de pós-graduação nos dois semestres de 2020 que não tenham solicitado prorrogação de prazo e o façam agora deverão ser tratados de maneira igual aos deferimentos já aprovados. A resolução também suspende o desligamento de estudantes que tenham sido retirados dos programas de pós em decorrência de duas reprovações em disciplinas, duas reprovações no exame de qualificação ou por ter ultrapassado o período máximo de permanência no curso.
Confira a 627ª reunião do Cepe:
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