Foram três anos de preparação e muito esforço de técnicos administrativos, professores, estudantes e gestores, até que o resultado esperado foi publicado no Diário Oficial da União: a Universidade de Brasília está recredenciada pelo Ministério da Educação (MEC) como instituição de educação superior. Embora seja protocolar entre universidades, o processo foi inédito na história da UnB. O próximo recredenciamento deve acontecer em dez anos.
Dos 48 indicadores avaliados entre 2018 e 2020, a Universidade tirou nota máxima (5) em 45 deles; nos outros três, a nota foi 4. “Isso é reconhecimento da qualidade da UnB nos cinco eixos avaliados”, afirma a decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, ao se referir aos eixos de planejamento e avaliação institucional; desenvolvimento institucional; políticas acadêmicas; políticas de gestão e infraestrutura.
“A UnB nunca tinha passado por um processo de recredenciamento, que se mostrou longo e árduo – envolvendo coleta, sistematização, resposta a questionários do MEC e disponibilização de informações. Foi também uma oportunidade de demonstrarmos, mais uma vez, a excelência de nossa instituição”, comenta a decana.
A reitora Márcia Abrahão parabeniza a comunidade acadêmica pela conquista: “As credenciais da UnB são garantidas pelo esforço de todos – técnicos, estudantes e professores. A felicidade dessa conquista, portanto, é ampla e compartilhada. Nos quase 60 anos da Universidade, renovamos a qualidade do serviço prestado à sociedade que nos financia para oferecer ensino, pesquisa e extensão comprometidos com o desenvolvimento do país”.
O PROCESSO – Presidente da Comissão Própria de Avaliação da UnB (CPA), a professora Andrea Cabello lembra que foram preenchidos diversos relatórios, um para cada um dos 48 quesitos. “Em cada um deles nós tínhamos que descrever detalhadamente como a Universidade formulava suas políticas e, para que atingisse a nota 5, demonstrar que suas ações estavam alinhadas a essas políticas, com ações verdadeiramente exitosas, de forma comprovada em nossos documentos institucionais”, relembra ela, que é docente no Departamento de Economia da UnB.
“Esse foi um processo prazeroso, mas, ao mesmo tempo, exaustivo, pois observamos como a UnB é ampla, diversificada e, sobretudo, uma instituição com políticas modernas e ações definitivamente exitosas, mas que estavam registradas de forma bastante difusa”, conclui.
Andrea ressalta que a nota máxima em quase todos os indicadores exigidos pelo Ministério da Educação evidencia o esforço conjunto das diversas áreas da Universidade que trabalharam incansavelmente para esse resultado.
“Gostaria de mencionar especialmente os trabalhos do Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO), do Decanato de Ensino de Graduação (DEG), do Decanato de Gestão de Pessoas (DGP), da Prefeitura (PRC), da Secretaria de Infraestrutura (Infra), do Gabinete da Reitora (GRE), do Arquivo Central (ACE), da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), que atuaram na linha de frente da preparação, sistematização e disponibilização documentos, além dos demais decanatos e unidades administrativas e acadêmicas, pois se tratou, de fato, de um processo longo e colaborativo de toda a Universidade.”
Para o decano de Ensino de Graduação (DEG) da UnB, Diêgo Madureira, a nota máxima na avaliação não é um objetivo em si, mas fruto de um grande esforço de toda a comunidade envolvida. “É consequência de um compromisso institucional com a excelência e a responsabilidade social. Como a UnB tem mostrado, em sua história, que tem nesses princípios pilares fundamentais, estou certo de que temos plenas condições de manter esse desempenho nas próximas avaliações."
O servidor Danilo Prata atua como Procurador Educacional Institucional da UnB – responsável por dialogar com o MEC e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) sobre avaliação e regulação da educação superior. Ele explica que as instituições devem aproveitar o momento de avaliação para refletir sobre seus próprios processos, verificar o que pode melhorar e como manter essa excelência.
“Algumas instituições, quando são consideradas fracas, recebem pouco investimento. No entanto, quando são consideradas com nível de excelência, têm mais possibilidades de adesão a editais de apoio financeiro nas agências que investem em pesquisa”, explica Danilo Prata.
“Essa nota não diz respeito apenas à instituição, mas ao seu corpo técnico e docente altamente capacitado, aos seus estudantes superempenhados e com diferencial do restante do país, garantindo esse nível de excelência. A avaliação é muito importante para que a gente reflita e verifique estratégias possíveis para manter esse status sem perder a qualidade”, afirma o procurador educacional.
O recredenciamento institucional leva em consideração todos os conceitos obtidos na avaliação e, no caso da Universidade de Brasília, é válido pelo prazo máximo: dez anos. Para se manter no topo daqui até lá, a UnB deverá traçar uma trajetória que leve em consideração não apenas o contexto político e educacional do período, mas também o papel desempenhado por todos os atores envolvidos, acredita Danilo Prata.
“Muita coisa ainda vai acontecer. Vão mudar os governos, o investimento em educação pode ser que mude. Mas o mais importante é que vamos entender que esta avaliação que temos é um retrato e que ano após ano esse retrato pode ser mudado e vai depender muito mais da atitude de cada um: servidor, estudante, professor. Cada um de nós tem responsabilidade na sua esfera para garantir a manutenção deste conceito”, analisa.
“É uma tarefa árdua, principalmente num cenário pouco promissor, mas, como bons brasileiros, queremos sonhar. Essa UnB de Darcy Ribeiro nos inspira a ir mais além. Caminhando juntos construímos uma UnB melhor, com o mesmo propósito, com os mesmos princípios éticos que são preconizados na missão da Universidade de Brasília”, opina Prata.
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