A Secretaria de Comunicação (Secom) da UnB publica uma série de matérias para dar visibilidade às ações da campanha institucional A UnB quem faz é a gente voltadas aos diferentes segmentos universitários. O intuito é mobilizar esforços coletivos que contribuam para manter a Universidade cada vez mais viva neste momento ímpar de recuperação da pandemia de covid-19. A seguir, entenda como o apoio acadêmico, psicossocial e em prevenção ao novo coronavírus tem sido fundamental para o desempenho dos estudantes neste semestre letivo.
A pandemia de covid-19 é responsável por inúmeras mudanças no cotidiano das pessoas e dentro do ambiente acadêmico não seria diferente. Com as aulas presenciais suspensas, os estudantes precisaram adaptar suas rotinas para conseguir acompanhar as atividades no formato remoto emergencial. A familiaridade com as plataformas institucionais, os recursos e as questões sobre a saúde mental foram alguns dos desafios encontrados, e por conta disso, a UnB desenvolveu ações para ajudar quem precisasse neste momento de pandemia viral.
Para promover o acolhimento e a solidariedade entre a comunidade acadêmica, foi idealizada a campanha institucional A UnB quem faz é a gente. Organizada em torno de quatro eixos norteadores, a iniciativa promove a atuação coletiva para a superação de desafios que surgiram com a pandemia. Os eixos são: Apoio Físico e Psicológico; Apoio Acadêmico e Administrativo; Prevenção e Protocolos de Segurança; e Ensino, Pesquisa e Extensão contra a covid-19.
>> Campanha institucional promove acolhimento e solidariedade entre a comunidade acadêmica
O acolhimento aos estudantes está sendo feito de diferentes formas: no eixo de Apoio Físico e Psicológico, as atividades realizadas pela Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC), que coordena o Subcomitê de Saúde Mental e Apoio Psicossocial, tem tido destaque por agregar, além do segmento, toda a comunidade acadêmica (incluindo técnicos e docentes). A Dasu tem promovido terapia comunitária on-line e organizou a oferta de uma disciplina de autocuidado, em que os alunos participam da prática e recebem crédito por isso. Uma rede de psicólogos voluntários auxiliam no atendimento e na oferta de grupos terapêuticos.
“As ações só têm sido possíveis pela disponibilidade das pessoas em oferecer atividades e oficinas, além de ajudar a pensar as estratégias. A campanha a UnB quem faz é a gente está completamente alinhada com os princípios da Universidade Promotora de Saúde porque um dos grandes pilares desse movimento é a mobilização e a participação comunitária, tanto na identificação de problemas como também na construção de respostas", disse Larissa Polejack, diretora da Dasu.
"Então, eu acho que a Dasu e o Subcomitê têm sido essenciais no enfrentamento à pandemia e têm servido de inspiração para outras universidades. A saúde mental precisa ser considerada como um dos eixos de intervenção e, na UnB, ela veio sendo considerada desde o início da pandemia, para a gente minimizar o impacto dessa crise em nossa comunidade”, completou.
AUXÍLIO – Os estudantes também vêm recebendo apoio voltado às atividades não presenciais por meio de orientações, editais que visam a inclusão e auxílios emergenciais. Existem iniciativas como o Núcleo de Apoio às Atividades Acadêmicas Remotas que contam com a ajuda de estudantes para sanar dúvidas da comunidade acadêmica relacionadas às plataformas utilizadas no ensino remoto emergencial.
“Os estudantes foram incluídos em todos os comitês e discussões colegiadas para poder contribuir com sua percepção das dificuldades que estavam sendo enfrentadas. A UnB acabou sendo uma das universidades que respondeu com os melhores índices e ações. Das ações emergenciais que fizemos, duas foram cruciais: o auxílio-alimentação emergencial e o auxílio inclusão. Esse último foi uma das iniciativas mais exitosas pois não só o recurso próprio da Universidade foi colocado nessa ação, como também mobilizamos a comunidade para fazer doações e empréstimos, aderimos ao programa do MEC para conseguir mais chips de internet. E é uma ação que está sendo contínua”, destacou Ileno Izídio, decano de Assuntos Comunitários e presidente do Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19 (Coes) da UnB.
Alguns estudantes, infelizmente, tiveram mais dificuldades no acompanhamento das aulas na modalidade remota emergencial por conta do acesso aos recursos necessários. “Uma porcentagem [de estudantes] que não tinha qualquer tipo de equipamento ou conexão, ou que achava que seu equipamento estava muito defasado, foi apoiada pela UnB por meio de várias campanhas e doações de equipamento, dinheiro, etc. O mais importante a ser destacado é o esforço dos professores e o apoio de departamentos, como o Cead [Centro de Educação a Distância] e o DEG [Decanato de Ensino de Graduação], para a mudança de paradigma e quebra de barreiras quanto ao ensino remoto emergencial”, mencionou Ricardo Abrantes, da Coordenação de Tecnologia da Informação e Comunicação do Cead.
PRESENÇA DISCENTE – De forma ativa, os estudantes participaram do processo de criação das várias ações que buscam auxiliar a comunidade discente nesse momento de pandemia. Editais de inclusão digital foram realizados para sanar as necessidades dos estudantes: ao todo, foram sete editais para a distribuição de auxílio pecúnia no valor de R$ 1.500, para compras de equipamentos. Também foram realizados editais para empréstimo e doações de computadores, além de outras ações para a inclusão digital.
>> Relembre: UnB amplia inclusão digital para estudantes durante a pandemia
“O auxílio-alimentação foi a primeira ação, que, na verdade, foi demandada pelos estudantes participantes dos programas de assistência. Eles se organizaram numa espécie de coletivo para poder acompanhar, denunciar, solicitar e também ajudar a formular as políticas necessárias para as realidades dos estudantes”, destacou Bruno Kaito Almeida, estudante de Geografia que foi contemplado pelo edital de inclusão digital da Diretoria de Desenvolvimento Social (DDS/DAC).
“Acho que a UnB foi pioneira. Em nenhuma outra universidade do Brasil acompanhamos um processamento de tutoria tão grande como foi o realizado na Universidade de Brasília, e a assistência estudantil foi quem destacou tudo isso. Temos mais de 6 mil estudantes que têm o perfil de assistência estudantil e não teriam como caminhar pelo modo de ensino remoto emergencial no mesmo ritmo dos estudantes que socialmente já eram mais privilegiados. Então, a UnB ter pautado essas atividades para a assistência estudantil demonstrou responsabilidade com os estudantes mais pobres e mais vulneráveis”, acrescentou Bruno.
Para a estudante de Letras Tradução-Francês Cecília Carvalho, as medidas de auxílio demonstram o cuidado da instituição com quem a mantém pulsando. “Estamos acostumados a esperar pouco ou apenas o óbvio de quem toma as grandes decisões. O que vimos, contudo, foi um olhar mais humano da alta administração. A reitoria se posicionou e inspirou seus colaboradores para que pudéssemos ter uma volta mais cautelosa. Todas as preparações, antes do retorno às aulas em modo remoto, foram extremamente importantes para que traçássemos principalmente o perfil de quem move a UnB e, particularmente, para que essas pessoas não fossem negligenciadas pelas ações de quem norteia a instituição".
A tecnóloga em Recursos Humanos na Central de Acolhimento ao Estudante (CAEs) Josilene Cardoso da Silva teve visão positiva do processo. “A minha percepção foi que a UnB realizou o possível, e até mesmo o limite do possível, com várias ações lançadas. Uma das ações que considero extraordinária foi a Busca Ativa, que teve que ser acionada para prestar apoio aos discentes do Ledoc [Licenciatura em Educação do Campo], a fim de que pudessem ter conhecimento do edital de auxílios emergenciais de apoio à inclusão digital. Projeto ambicioso que envolveu a Reitoria, servidores e estagiários da CAEs que dedicaram tempo integral, inclusive aos finais de semana, utilizando meios e recursos para que fosse alcançado o maior número de discentes possível”, frisou.
ORIENTAÇÃO E PREVENÇÃO – Também foram repassadas recomendações e realizadas estratégias para conter a disseminação da covid-19. O aplicativo Guardiões da Saúde foi uma das táticas adotadas pela Universidade. O engajamento no app foi incentivado com a criação uma disciplina de módulo livre para que todos os estudantes pudessem participar e ganhar créditos ao final do semestre, depois de cumprirem os critérios exigidos.
Para discutir os próximos passos da instituição, foi desenvolvido um Plano Geral de Retomada das Atividades, elaborado a partir de critérios técnicos para garantir o funcionamento adequado da Universidade em cada fase de evolução da pandemia. Outros materiais com diretrizes de saúde e biossegurança estão sendo desenvolvidos para apoiar a comunidade nas próximas etapas da recuperação. Nos campos do ensino e da pesquisa, foram oferecidas duas disciplinas para incentivar o contato de estudantes dos mais diversos cursos com as pesquisas sobre a covid-19: Pesquisa Científica em Grandes Temas 1 e 2.
“A UnB não parou. Continuou firme. Houve envolvimento de todos os integrantes (técnicos, professores e discentes) que se dedicam a esta Universidade, procurando torná-la cada dia melhor. Tivemos diversas reuniões on-line para resolver problemas. A Prefeitura da UnB continuou executando algumas obras pensando na acessibilidade. A Secretaria de Tecnologia buscou aprimorar sistemas para que as atividades pudessem ser realizadas remotamente. A Biblioteca Central estava ativa no recebimento de materiais e equipamentos e prestando assistência remotamente. Enfim, juntos estamos fazendo a diferença”, comentou Kátia Rejane Liberal, assistente em administração da CAEs.
Assista ao vídeo da campanha A UnB quem faz é a gente:
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