A Universidade vai passar a discutir de modo contínuo questões relacionadas à construção e à manutenção de prédios. Inspirado no Comitê de Segurança, o Comitê Consultivo Permanente de Infraestrutura foi instituído na semana passada. O grupo tem representação de todas as áreas administrativas envolvidas no assunto, dos decanatos de Administração (DAF) e Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) e de docentes ex-diretores de unidades acadêmicas ou com experiência em obras de eficiência energética.

"Nosso principal objetivo é pensar as políticas de maneira mais estratégica, com a integração entre os setores e melhor uso de nossas capacidades técnicas e acadêmicas", explicou a reitora Márcia Abrahão. Uma das possibilidades a serem discutidas pelo comitê, por exemplo, é o envolvimento de professores e estudantes na busca de soluções para problemas concretos associados ao assunto.

Quinze pessoas integram o grupo. Além da reitora e das decanas do DAF, Rozana Naves, e do DPO, Denise Imbroisi; o vice-reitor, Enrique Huelva; o chefe de Gabinete, Paulo César Marques; o assessor Estratégico do Gabinete, Benny Schvarsberg; os docentes Araken dos Santos Werneck, José Manuel Sanchez e Marcelo Bizerril, ex-diretores da Faculdade UnB Ceilândia (FCE), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e Faculdade UnB Planaltina (FUP), respectivamente. A professora Loana Velasco, da Faculdade UnB Gama (FGA), que atua com obras de eficiência energética, também está no comitê.

Entre os gestores de áreas administrativas, estão: o secretário de Tecnologia da Informação, Jacir Bordim; o secretário de Infraestrutura, Augusto César Dias; o secretário de Meio Ambiente, Pedro Zuchi; a secretária de Patrimônio Imobiliário, Viviane Costa; e o prefeito da UnB, Valdeci Reis.

"Nossa expectativa é muito grande. Tanto a comunidade quanto a administração têm a ânsia de melhor organizar o ciclo de vida de construção e manutenção do patrimônio imobiliário da UnB", comentou o secretário de Infraestrutura. "Faço parte do comitê de segurança, criado nestes mesmos moldes, e sei o quanto o trabalho tem dado êxito", completou o prefeito.

INTEGRAÇÃO – O comitê deve se reunir a cada 15 dias. Na primeira reunião, realizada na última sexta-feira (9), houve a apresentação do projeto Smart Campus, uma plataforma de inteligência geográfica que busca agregar dados de infraestrutura em tempo real, para permitir uma gestão mais inteligente.

"Trabalhamos com as pessoas, os agentes de fiscalização e cartografia colaborativa. Qualquer um poderá, usando ferramentas já disponíveis pelo projeto, apoiar a iniciativa, apontando problemas de infraestrutura, esgoto, gestão de resíduos", detalhou o coordenador do Smart Campus, professor Edilson Bias, do Instituto de Geociências (IG). A mesma plataforma permite o despacho dos pedidos de execução de serviços e o acompanhamento.

"Vejo esse projeto com enorme potencial, no sentido de oferecer conjunto de ferramentas integrado para melhorar a gestão na Universidade. Temos muitos levantamentos, é claro, mas ainda usamos ferramentas, digamos, neolíticas", pontuou o vice-reitor. O comitê criou uma comissão para avaliar a institucionalização da plataforma, presidida pelo professor Pedro Zuchi, da Sema.

Leia também: