A VII Semana dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília (UnB) ocorre ao longo desta semana, no Centro de Convivência dos Povos Indígenas do Campus Darcy Ribeiro. Na manhã de segunda-feira (10), a mesa de abertura contou com a participação da reitora Márcia Abrahão, que caracterizou a UnB como uma “universidade de vanguarda”, por ter feito “políticas de inclusão em todas as áreas”. Márcia afirmou ser uma aliada na luta pelos direitos dos povos indígenas e que fica “feliz de ver não só o ingresso, mas a permanência” desses estudantes na Universidade.
Além de promover a cultura e os saberes indígenas dentro dos espaços da Universidade, o encontro aproxima as autoridades das demandas dos estudantes. “A gente usa o evento para ampliar e fortificar as nossas reivindicações enquanto acadêmicos indígenas”, contou Fetxawewe Tapuya Guajajara, presidente da Associação dos Acadêmicos Indígenas da UnB (AAIUnB), promotora do evento.
Fetxawewe falou sobre a importância de ocuparem o ambiente acadêmico não como objetos de pesquisa, mas também como pesquisadores. “A educação é um viés e uma ferramenta de luta muito efetiva dos povos indígenas”, afirmou.
A Secretaria dos Direitos Humanos (SDH) esteve representada na mesa de abertura pela secretária Deborah Santos, que falou do trabalho no “aperfeiçoamento de políticas voltadas especificamente aos indígenas”. De acordo com a secretária, cerca de 289 estudantes de 51 etnias diferentes são acompanhados na comunidade acadêmica.
O Vestibular Indígena, como meio de ingresso, e os programas de assistência internos, principalmente aos estudantes vindos das aldeias, como bolsas emergenciais e acesso ao Restaurante Universitário (RU), tratam da democratização do ensino superior: “Estamos abertos para desenvolver políticas que garantam não só o ingresso, mas a permanência com qualidade desses estudantes na universidade”, disse Deborah Santos.
A VII Semana dos Acadêmicos Indígenas contou com apresentações culturais e mesas de conversa, em temas como Mulheres Indígenas Pesquisadoras, Futuro e representatividade e Indígenas no Judiciário e Futuro da Educação para o estudante Indígena. Estavam previstas também atividades voltadas para o público infantil relacionadas à pintura corporal indígena Ticuna Magüta.
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