Atípico e sem precedentes, o ano de 2020 tem exigido adaptabilidade dos indivíduos, na esfera pessoal e na profissional. Na Universidade de Brasília, enquanto se equilibram em questões familiares, de saúde e emocionais, servidores técnicos e docentes não param, dia após dia, de cooperar para que a instituição se mantenha atuante e relevante na sociedade.
Neste mês de outubro, em que se comemora tanto o dia do professor (15) quanto do servidor público (28), é justo parar um instante e homenagear esse time coeso que ajuda a UnB a seguir sua jornada de excelência apesar da pandemia de covid-19. Afinal, tanto interna quanto externamente, a Universidade de Brasília não parou.
O calendário acadêmico do 1°/2020 da UnB foi retomado em 17 de agosto com atividades remotas, após ter sido suspenso em março por conta do agravamento da pandemia de covid-19 no DF e no Brasil. Nestes cinco meses de intervalo, os trabalhadores da Universidade não reduziram o ritmo.
Técnicos tiveram de ajustar suas rotinas e desenvolver formas de atuar remotamente, dando continuidade ao funcionamento administrativo da instituição. Boa parcela de docentes prontamente desenvolveu projetos de pesquisa relacionados ao combate à covid-19, que prosseguem em andamento.
“A Universidade de Brasília é uma das melhores instituições de ensino superior do país, com crescente excelência acadêmica e grande compromisso com a sociedade. Isso ficou ainda mais evidenciado com a chegada da pandemia do novo coronavírus ao país. Nossos professores, técnicos e estudantes não se acanharam e desenvolveram projetos de grande qualidade com foco no combate à covid-19. Foram quase 200 aprovados”, frisa a reitora Márcia Abrahão.
Agora, esse mesmo conjunto de servidores está mobilizado em ajudar a UnB a cumprir o calendário acadêmico de 2020 diante dos desafios que estão postos e sem prazo para terminar. Um dos inúmeros exemplos de professores que estão realizando um trabalho diferenciado para ajudar na integração de estudantes é Marcelo Cigales, da Sociologia.
Antes do início das aulas, o docente aplicou um questionário para tentar entender as relações do público discente com o qual lidaria e os desafios impostos pela pandemia a esse público. A iniciativa do docente corrobora a importância da pesquisa institucional que foi feita com todos os segmentos da UnB antes da retomada.
“Compreender esse cenário, seus desafios e o que pode ser melhorado é fundamental para pensarmos os próximos semestres também, porque essa pandemia não tem um prazo de validade”, analisa Cigales.
Pelo lado do corpo técnico, quem pode exemplificar bem o mesmo espírito de auxílio, organização e mobilização para prosseguir é a servidora do Centro de Educação a Distância (Cead) Lívia Veleda. Em conjunto com outros colegas, ela tem atuado em várias frentes para orientar professores e estudantes a extrair o melhor das ferramentas virtuais disponíveis neste período de ensino e aprendizagem remota.
"Tem ocorrido um trabalho intenso relacionado a fortalecimento do ambiente virtual de aprendizagem, formações, desenvolvimento de conteúdos orientadores, suporte aos professores e também acompanhamento, criação e desenvolvimento de disciplinas e estratégias didáticas. Além de muita colaboração nos espaços institucionais, incluindo os colegiados da UnB, com a discussão sobre novos formatos de aula, utilização de tecnologias no ensino nas modalidades presencial e a distância. Os técnicos participam, planejam, desenvolvem e executam todas essas ações", conta Lívia.
Como exemplo dessas iniciativas, a servidora técnica menciona o projeto Rotas de Inovação Universitária (RIU), pelo qual os servidores da unidade disponibilizam conteúdos diversos em lives, tutoriais, e-books, cursos, entre outros, para apoiar os professores na elaboração de novos formatos de aula, no uso de tecnologias para produção de conteúdo digital e no acompanhamento e avaliação da aprendizagem.
Desde a suspensão das atividades presenciais na Universidade, os técnicos do Cead também têm oferecido suporte para a realização das bancas de avaliação na pós-graduação de forma remota.
A reitora Márcia Abrahão lembra que um bom exemplo desta capacidade de adaptação da comunidade acadêmica foi dado durante a 20ª Semana Universitária, realizada em setembro. “Pela primeira vez na história, a Semana Universitária foi realizada 100% em modo on-line. Um sucesso, com público recorde de mais de 26 mil pessoas. Conquistas assim nos enchem de orgulho e nos fazem ter a certeza da relevância da UnB para o avanço do país”, celebra.
PUJANÇA APESAR DA COVID-19 – Um dos símbolos da atuação em pesquisa científica da Universidade de Brasília contra a covid-19, o epidemiologista Jonas Brant, professor na Faculdade de Ciências da Saúde (FS), tem estado especialmente envolvido com o turbilhão eclodido em março.
Ele coordena a Sala de Situação da UnB, que tem sido neste ano um ponto central para o monitoramento da covid-19 no DF e no Brasil, reunindo também outros projetos na área. É a Sala de Situação que administra o repositório institucional de ações da UnB no combate à pandemia, entre outras ações.
“Temos um grande desafio pela frente. Dados sugerem que a pandemia não vai passar rápido. Então construir estratégias com colegas professores, alunos e técnicos da Universidade é um trabalho relevante, que estamos fazendo bem. A sociedade inteira está tendo que mudar, então não é uma tarefa fácil. Ajudar o outro é fundamental nesse momento”, reforça Brant.
Na UnB, o decano de Gestão de Pessoas é um servidor técnico de carreira há mais de três décadas na instituição. Carlos Vieira Mota está em seu terceiro ano à frente do decanato e, embora viva os desafios de liderar em um momento mundialmente difícil, tem pontos positivos a observar sobre a força de trabalho da Universidade.
“O teletrabalho, tal como está acontecendo, se apresentou a todos nós de uma maneira que não esperávamos. Estamos nos estruturando para formalizar o teletrabalho na UnB, então os erros e acertos desse tempo nos ajudarão a chegar nessa nova etapa de forma consistente”, observa. “Temos dado suporte aos nossos trabalhadores, buscando compreender suas necessidades e dando condições para que exerçam seus papéis da melhor forma possível”, complementa o decano.
Esses e outros relatos de professores, técnicos, pesquisadores e gestores que fazem parte do cotidiano da instituição comprovam que, por mais ameaças que a pandemia de covid-19 traga aos tempos atuais, ela jamais poderá fragilizar a essência da Universidade de Brasília. Afinal, a UnB não é feita apenas de livros ou de prédios, mas de pessoas. E apesar das limitações de interação social, os servidores continuam dando tudo de si pela instituição – seja nos laboratórios de pesquisa, em testes de vacina, ou em casa, alimentando planilhas em frente a computadores.
Por isso e por tanto:
Leia também:
>> A teoria vivida: antropóloga Mariza Peirano torna-se professora emérita da UnB
>> UnB e Hospital Universitário realizam curso de formação para médicos da Nicarágua
>> 23ª edição do Boletim Coes apresenta dados atualizados sobre impactos da pandemia
>> Procuradora federal Soraya Marciano é agraciada com Mérito Universitário pela UnB
>> Estudo da UnB busca caracterizar percepções sobre sofrimento psíquico decorrente da pandemia
>> UnB se une a projeto para a inclusão de pessoas com deficiência
>> Pesquisa conduzida pela UnB analisa manifestações orais relacionadas à covid-19
>> Pesquisa pretende identificar impacto da pandemia entre mulheres no DF
>> Pesquisa mapeia práticas de enfermagem na Atenção Primária à Saúde
>> Disciplina incentiva adesão dos estudantes ao aplicativo Guardiões da Saúde
>> DEG lança cartilha para orientar retorno às atividades não presenciais
>> Campanhas de solidariedade da UnB continuam contando com você
>> Webinário apresenta à sociedade projetos de combate à covid-19
>> Copei divulga orientações para trabalho em laboratórios da UnB durante a pandemia de covid-19
>> Coes publica cartilha com orientações em caso de contágio pelo novo coronavírus