O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade de Brasília (UnB) iniciou, nesta quinta-feira (29), as discussões sobre o formato em que será realizado o 2º semestre letivo de 2020, marcado para começar em 1º de fevereiro de 2021. Os conselheiros tiveram acesso a uma primeira minuta de resolução sobre o tema. O texto deve voltar a ser debatido pelo colegiado dentro de duas semanas.
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"Iniciamos hoje a apreciação desta minuta, em um processo análogo ao que fizemos para a resolução que orientou a retomada das atividades do semestre atualmente em curso", contextualizou o vice-reitor, Enrique Huelva. Ele lembrou que o Comitê de Coordenação das Ações de Recuperação (Ccar) encaminhou, no último dia 12 de outubro, documento às unidades acadêmicas solicitando contribuições para a realização do próximo semestre. Na semana passada, o tema também foi assunto de uma reunião com diretores de institutos e faculdades.
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A minuta apresentada ao Cepe prevê que as atividades acadêmicas sejam realizadas preferencialmente em modo não presencial, em consonância com a Etapa 2 do Plano de Retomada da UnB. A oferta de disciplinas presenciais indispensáveis deve ser analisada pelo colegiado de cada curso de graduação. O texto estabelece, ainda, que o avanço para as Etapas 3 e 4 do Plano de Retomada ou a eventual regressão para as Etapas 1 e 0 dependerá da avaliação do cenário da pandemia no Distrito Federal e no Brasil, além de uma resolução específica do Cepe.
O decano de Ensino de Graduação, Sérgio Freitas, explicou que a minuta foi construída tendo como base a legislação vigente e o parecer n.15/2020 do Conselho Nacional de Educação, que traz diretrizes para o ensino no país no cenário de crise na saúde pública. Ele também destacou que a minuta apresentada ao Cepe mantém as flexibilizações de regras acadêmicas para que a comunidade da UnB "passe por este momento atípico em casa".
AVALIAÇÃO – Outra preocupação que aparece na proposta levada ao Cepe diz respeito ao acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem por parte das unidades acadêmicas, com participação estudantil. "É preciso que tenhamos um diálogo constante com os estudantes, para que eles possam apresentar suas dificuldades e que, juntos, busquemos soluções. O ensino remoto nos trouxe grandes desafios e aprendizados, que são muito diversos em toda a Universidade", observou o decano.
O Cepe deve se debruçar, ainda, sobre as possibilidades para o calendário acadêmico do 2º semestre letivo de 2020 e para o ano letivo de 2021. Uma das alternativas é reduzir o número de dias letivos dos tradicionais cem para 90, sem prejuízo da carga horária. "Com o cenário de calamidade pública, o Conselho Nacional de Educação dispensou as instituições de ensino superior de cumprir o mínimo de cem dias por semestre, desde que observadas diretrizes curriculares de cada curso e a preservação dos conteúdos necessários ao exercício de cada profissão", detalhou o decano do DEG.
Caso seja aprovada essa proposta, o 2º semestre de 2020 terminaria em 21 de maio de 2021. O 1º semestre de 2021 seria de 28 de junho a 11 de outubro de 2021 e o 2º semestre de 2021, entre 16 de novembro de 2021 e 7 de março de 2022. O assunto também deve ser debatido pelo Cepe daqui a duas semanas.
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