A Universidade de Brasília passa a contar com um novo sistema de prioridades para matrícula em disciplinas a partir do próximo semestre (1º/2021). Aprovadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), as novas regras estabelecem que, dentro dos critérios de desempate, estudantes com necessidades educacionais específicas que possuam cadastro aprovado na Diretoria de Acessibilidade do Decanato de Assuntos Comunitários (Daces/DAC) tenham preferência no processamento de matrículas.
"Iniciamos uma discussão ampla a respeito desses critérios e consideramos a diversidade e as necessidades educacionais específicas, tendo em mente as condições de desenvolvimento acadêmico de estudantes", resume a coordenadora de Gestão de Atividades na Graduação do Decanato de Ensino de Graduação, Kerlei Sonaglio.
Ela enfatiza ainda que a proposição dos critérios que irão nortear os próximos processos de matrícula segue na esteira dos avanços nas discussões promovidas no âmbito da Política de Acessibilidade da UnB. "Estamos ajudando a garantir a prática cidadã de acessibilidade e a atenção às necessidades, que ultrapassam a questão da mobilidade."
A diretora de Acessibilidade da UnB, Sinara Zardo, acredita que a prioridade de matrícula dos estudantes com necessidades educacionais específicas atendidos pela Daces representa o reconhecimento institucional dos direitos acadêmicos desses discentes. "Os novos critérios também irão viabilizar a antecipação de informações aos docentes e coordenadores de curso quanto à participação dos estudantes nas turmas", acrescenta.
DESEMPATE – Além da prioridade dada a estudantes com necessidades educacionais específicas, o texto da resolução aprovada no Cepe estabelece que os critérios para a priorização nas matrículas passam a ser a condição de calouro(a); componente curricular obrigatório para o curso; componente curricular optativo para o curso; e módulo livre para o curso.
Já em termos de desempate também estão previstos como prioridade ser provável formando(a); proximidade da conclusão do curso; aderência ao fluxo; e Índice de Rendimento Acadêmico (IRA).
"Desde o final do último processo de matrícula, temos uma equipe trabalhando diariamente para desenvolver soluções para aperfeiçoar esse processo e adaptá-lo às necessidades do momento atual", afirma o decano de Ensino de Graduação, Diêgo Madureira.
É possível conferir informações sobre os novos critérios e outros assuntos importantes nos perfis do Decanato de Ensino de Graduação (DEG) no Facebook, Twitter e Instagram. Na página do DEG também foram disponibilizados tutoriais para ajudar os estudantes no processo de matrícula. Confira aqui.
CONSTRUÇÃO COLETIVA – O trabalho que levou ao estabelecimento desses novos critérios passou por diferentes instâncias dentro da Universidade e evidencia que a questão norteadora para a proposta foi o interesse coletivo. "Esses critérios são de grande importância para garantir regras justas para todos, já que, em alguns casos, a demanda por matrícula é maior que a oferta de vagas", ressalta Diêgo Madureira.
Antes de ser aprovado no Cepe, o texto já havia passado pela Câmara de Ensino de Graduação (CEG) e sido discutido no âmbito do Comitê Gestor do Sistema Integrado de Gestão das Atividades Acadêmicas (Sigaa) na UnB, que conta com representantes do DEG e das secretarias de Administração Acadêmica (SAA), de Tecnologia da Informação (STI) e de Comunicação (Secom).
O decano considera que a demanda por vagas foi acentuada pela retirada de disciplinas durante a pandemia. Ele explica que, com base nas sugestões e reclamações recebidas ao longo do semestre, foi possível sugerir critérios que levassem em consideração as atuais condições excepcionais. "A forma tradicionalmente aplicada, por exemplo, prejudicava estudantes que saíram do fluxo contra sua vontade por conta de disciplinas obrigatórias que deixaram de ser ofertadas", pontua.
"Pela experiência das matrículas anteriores, percebeu-se a necessidade de rever os critérios inseridos no sistema. Dessa forma, a comissão do Sigaa optou por alterar os critérios, que agora estão na resolução", afirma o secretário de Administração Acadêmica, Henrique Soares. "A aderência ao fluxo passa a ser o penúltimo item de desempate, uma vez que poderia prejudicar estudantes que saíram do fluxo em razão da não oferta de componentes curriculares obrigatórios durante a pandemia", completa.
Henrique lembra que a priorização de disciplinas obrigatórias, por exemplo, busca evitar prejuízos na conclusão do curso. "Há um leque de componentes optativos que o estudante pode cursar. Já os obrigatórios travam o fluxo."
SERVIÇO – O período de matrículas do primeiro semestre de 2021 vai de 10 a 16 de junho. O resultado dessa primeira etapa será divulgado a partir das 18 horas do dia 21 do mesmo mês. Entre 29 de junho e 1° de julho, os estudantes podem solicitar a rematrícula em disciplinas. Após o resultado dessa etapa, que sai a partir das 18 horas do dia 6 de julho, abre-se o prazo para a matrícula extraordinária em componentes curriculares para os quais ainda houver vagas, entre 12 e 16 de julho. O 1º/2021 começa em 19 de julho e se encerra em 6 de novembro.
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