CIÊNCIA VALORIZADA

A partir de segunda (6), evento da Associação Brasileira de Revistas Estudantis promove conversas com especialistas e discussões de trabalhos acadêmicos

Estudantes da UnB e editores-chefe da Revista de Estudantes de Direito da Universidade de Brasília estão à frente da entidade organizadora do congresso. Arte: Divulgação

 

O potencial de danos do crescimento de movimentos negacionistas ganhou destaque no debate público recente, sobretudo após a explosão de casos de covid-19 e a necessidade de medidas de restrição de deslocamento. Por outro lado, o período de emergência em saúde pública também foi marcado pela valorização da ciência como guia para tomada de decisões e questionamento de ações governamentais.

 

Os resultados da pandemia na produção científica, sejam evoluções ou retrações, deverão ser escrutinados pela academia para que se planejem ações futuras. A fim de avaliar esse cenário sob a perspectivas dos estudantes, o 1º Congresso Nacional da Associação Brasileira de Revistas Estudantis (Conabre) conta com uma extensa programação de debates sobre desempenho do Brasil diante da pandemia, os desafios enfrentados por pesquisadores e as perspectivas de desenvolvimento científico em um mundo pós-pandemia.

 

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DISCUSSÃO – O evento, interdisciplinar, organizado pela Associação Brasileira de Revistas Estudantis (Abre) tem início na próxima segunda-feira (6) e vai até sexta (10). A participação é gratuita, e as discussões poderão ser acompanhadas pela internet. Presidente da Abre e editor-chefe da Revista dos Estudantes de Direito da Universidade de Brasília (RED/UnB), Matheus Dapiere divide o comando da associação com o graduando em Direito da UnB Pedro Gonet. Ele explica que a iniciativa busca, de alguma forma, pautar o debate em torno da valorização da ciência.

Matheus Dapiere destaca o objetivo de pautar o debate em torno da valorização da ciência. Foto: Arquivo pessoal

 

“O Conabre, de uma maneira geral, tem dois principais pilares. O primeiro deles é fomentar o protagonismo estudantil e incentivar a pesquisa acadêmica desde muito cedo na graduação. O segundo pilar é justamente o da valorização da ciência nas faculdades de todo Brasil”, pondera o egresso do curso de Direito da UnB.

 

O evento divide-se em dois momentos: o primeiro consiste em um ciclo de debates e palestras com grandes especialistas; e o segundo, em uma discussão de trabalhos submetidos por estudantes. A mediação dos encontros também terá protagonismo dos discentes.

 

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OBSTÁCULOS NA PESQUISA – Matheus afirma que na academia existem barreiras para a entrada e o desenvolvimento de pesquisadores ainda no começo da carreira. Ele exemplifica a situação com o fato de algumas publicações exigirem titulação mínima de mestrado ou doutorado. “É muito importante que, desde o início da graduação, se incentive o aluno a seguir nessa área”, defende.

 

A desvalorização da educação e da ciência, representada pelos cortes na destinação de verbas às universidades, também influenciou a decisão de instalar a Abre e, consequentemente, o congresso. “Hoje só se pode falar em desenvolvimento de um país passando pela questão de investimento e desenvolvimento na ciência e na educação”, ressalta Matheus.

 

DIFUSÃO DE CONHECIMENTO – A Abre conta com a cooperação de 15 periódicos estudantis de diferentes estados brasileiros. A ideia da associação surgiu da demanda por uma troca de informações mais efetiva entre os estudantes que estavam à frente da gestão de revistas estudantis.

 

A RED já publicou artigos, por exemplo, de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e professores da Universidade de Harvard. “Depois que a RED já estava estabelecida, a gente percebeu que várias revistas do país, todas geridas por estudantes, estavam nos procurando para trocar ideias e informações”, relata o editor-chefe da revista. A Abre busca fomentar a pesquisa e criar uma rede de apoio para revistas comandadas por estudantes.

 

*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.

 

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